5º PROGRAMA__________________________________________________________
Meus amigões e meus Irmãos,
DEUS ESTÁ PRESENTE! VIVA
JESUS!
Conforme nossa promessa de
ontem, vamos ver o que significa espiritualmente
o dia do
senhor.
Afinal, a que dia se refere esta designação: – dia do senhor? Qual o significado desta
expressão: – dia do senhor?
Vocês sabem muito bem que
quatro posições são tomadas por quatro classes diferentes de pessoas
espiritualizadas:
1 – uma classe
defende que a expressão dia
do senhor abrange
toda a dispensação cristã; não significa qualquer dia particular de 24 horas;
2 – outra
classe já opina que o dia
do senhor é o
dia do Juízo Final, o futuro dia do senhor, a que tantas vezes se faz referência nas Escrituras Sagradas, isto é,
na Bíblia – A Palavra de Deus;
3 – o terceiro
ponto de vista, talvez o mais geralmente admitido, é o daqueles que afirmam que
a expressão se refere ao domingo – 1º dia da semana;
4 – quarto e
último ponto de vista que outra classe mantém; significa o sétimo dia – o Sábado do Senhor.
Então vamos logicar, como
diria o saudoso Leopoldo Machado, o Legionário número 2, vamos raciocinar:
I – à primeira destas
posições, basta responder que o Livro do Apocalipse é datado pelo seu autor,
João, o Evangelista, na ilha de Patmos, do dia do senhor. Prestem bem atenção! O autor, o lugar onde foi
escrito, o dia em que foi datado têm uma existência real e não apenas uma
existência simbólica ou mística. Mas, se dizemos que o dia significa a
dispensação cristã, então damo-lhe um significado simbólico, ou místico, o que
não seria admissível. Além disto, esta posição implica o absurdo de fazer João
Evangelista dizer, sessenta e cinco anos depois da “morte” do Cristo – vejam bem! –, que a visão relatada foi vista por ele na
dispensação cristã! Como se algum cristão pudesse ignorar esse fato! Sai dessa!
Não tem saída!
II – a segunda posição, a de
que se refere ao Dia do Juízo, do Julgamento – não pode ser correta. Muito
embora João possa haver tido uma visão acerca do Dia do Juízo, não podia ter
nesse dia. Por quê? Porque era ainda futuro! A palavra traduzida por “em” no grego original, quando se refere
a tempo, é definida pelo famoso Robinson nos termos seguintes: “Tempo em que: um ponto ou período
definido em, durante o qual alguma coisa tem lugar”. Nunca
significa “acerca de”, nunca
significa “sobre”. Sendo assim, os
que referem esta expressão ao Dia do Juízo, ou contradizem a linguagem usada,
fazendo-a significar “acerca” em vez
de “em”, ou fazem João afirmar uma
estranha falsidade, dizendo que teve uma visão na ilha de Patmos, há
aproximadamente dezenove séculos, no Dia do Juízo, que era ainda era futuro. Isto é muito importante!
III – para o terceiro ponto
de vista, que é o geralmente seguido, diga-se de passagem, o dia do senhor significa o domingo,
primeiro dia da semana. Desejaríamos, entretanto, uma prova. Que evidência
temos nós para fazer semelhante afirmação? O próprio texto não define a
expressão dia do
senhor. Por
isso, se significa o primeiro dia da semana, devemos procurar noutra parte da
Bíblia a prova de que este dia da semana é sempre assim designado. Os únicos
outros escritores inspirados que falam do primeiro dia são – Mateus, Marcos,
Lucas e Paulo Apóstolo. E falam dele simplesmente como “primeiro dia da
semana”. Nunca falam dele distinguindo-o de qualquer outro dos seis dias de
trabalho. Isto é notável, para o ponto de vista popular, porque três deles
falam desse dia na própria altura em que se diz ter-se tornado o dia do senhor, por se haver realizado
nele a ressurreição de Jesus, e dois deles mencionam
cerca de 30 anos depois desse acontecimento. Aos que afirmam que dia do senhor era a expressão usual para
o primeiro dia da semana no tempo de João, o Evangelista, então nós
perguntamos: Onde está a prova disso? Onde? Em que lugar? Não se pode
encontrar. Mas nós temos a prova, justamente, do contrário: basta ver A
História do Sábado de J.N. Andrews, e, ali, o assunto é esclarecido de uma
forma contundente. Se esta fosse a designação universal do primeiro dia da
semana, na altura em que o Apocalipse foi escrito, o mesmo autor devia,
certamente, chamá-lo assim em todos os seus escritos posteriores. Ora, João escreveu o Evangelho depois de ter
escrito o Apocalipse, e quase ninguém sabe disso. Todavia, no Evangelho,
que é o Quarto Evangelho, ele chama, ao primeiro dia da semana, não dia do senhor, mas, simplesmente, o
primeiro dia da semana – é o domingo. Isto é muito importante! As provas de que
o Evangelho foi escrito depois do Apocalipse estão nas Notas de Barnes
(Evangelhos), nos Dicionários Bíblicos, Bíblias anotadas por especialistas
notáveis: Bloomfield, Hales, Horne, Nevins e muitos outros. E o que mais ainda
contraria a pretensão em favor do primeiro dia, é o fato de que nem o Pai nem o
Filho jamais reclamaram ao atribuído a qualquer dos outros dias de trabalho.
Isto é muito importante! Deus
não disse: “Esse é o meu dia”. Só o fez
com o sábado.
Prestem atenção! Peguem os
Mandamentos! Isso passa despercebido, porque a treva sabe trabalhar muito bem.
Joga areia nos olhos de muita gente desavisada: o único dia de que Deus faz questão é o sábado. Isso foi por acaso? E, por acaso, entraria nos
Mandamentos, na Tábua das Leis – São os Dez Mandamentos? Isto é muito
importante!
Meus amigos, se devesse
chamar-se dia do
senhor por se
ter realizado no domingo a ressurreição de Jesus, a Inspiração nos teria, sem dúvida, informado disso. Mas há outros
acontecimentos igualmente essenciais ao plano da salvação, como, por exemplo, a
crucificação, a ascensão aos céus. E, na ausência de qualquer instrução sobre
este ponto, por que não chamaremos ao dia, em que qualquer deles ocorreu, o dia do senhor? E com tanta razão como ao
dia em que Ele
ressuscitou dentre os mortos.
Aí temos que dizer
francamente que Deus é maior do que Jesus. Ou será que o próprio Jesus não ensinou assim: que o
Pai é maior do que Ele? Por que esta confusão dos que querem fazer de Jesus o próprio Pai, quando Jesus é o Filho Unigênito?! Isto
é muito importante! Está radicado, vinculado ao Sábado, nós vamos chegar lá.
IV – Postas de lado as três
posições já examinadas, reclama agora a nossa atenção a quarta – que identifica
o dia do senhor com o sábado do senhor e que é suscetível da mais
clara e definitiva prova:
1 - quando Deus, no princípio, deu ao homem seis dias na semana
para trabalhar, expressamente reservou para Si o sétimo dia, colocou sobre ele
a Sua Benção e o reclamou como Seu Santo Dia. Ou será que Deus é volúvel e hoje diz uma
coisa, amanhã diz outra? Não tem saída!
2 – Moisés disse a Israel,
no deserto, no sexto dia da semana: “Amanhã
é repouso, é o Santo Sábado do Senhor”. Chegamos ao Sinai onde o grande
Legislador hebreu proclamou os Seus preceitos morais com terrível solenidade. E
nesse supremo código assim reclama o Seu Santo Dia: “O sétimo dia é o Sábado do Senhor teu Deus...
porque em seis dias fez o Senhor o céu, a terra, o mar, e tudo o que neles há,
e ao sétimo dia descansou: portanto, abençoou o Senhor o dia do sábado e o
santificou”.
Pelo profeta Isaías, cerca de oitocentos anos mais tarde, falou Deus nos seguintes termos: “Se desviares o teu pé do sábado e de fazeres
a tua vontade no meu Santo Dia... então te alegrarás no Senhor, te deleitarás
no Senhor” (está no Livro de Isaías, capítulo 58, versículo 13, para
quem quiser verificar). E Isaías foi praticamente o quinto evangelista. Profeta
extraordinário! Previu tudo o que aconteceria com Jesus, e aconteceu.
Chegamos aos tempos do Novo
Testamento, e Aquele que é UM COM O PAI – pois Ele disse: Eu e o Pai somos um –
declara expressamente: O FILHO DO HOMEM É SENHOR DO SÁBADO. Pode alguém negar
que o dia de que Ele enfaticamente declarou que era Senhor, seja de fato o dia do senhor? Vemos assim que – quer
esse título se refira ao Pai ou ao Filho – nenhum outro dia pode ser chamado dia do senhor, senão o Sábado. Mais um
pensamento, prestem atenção!
Deixamos aqui este ponto
para novas considerações: Nesta dispensação há um dia distinto acima dos outros
dias da semana como sendo o dia do senhor. Este fato desaprova a pretensão de alguns que afirmam não haver Sábado
nesta dispensação, mas que todos os dias são iguais. Denominam-no – o dia do senhor. Podemos acrescentar um
pensamento adicional ao que foi dito acerca da pretensão de que o dia do senhor, no versículo 10, se refere
ao primeiro dia da semana. Se, em vez de o Cristo dizer: “O Filho do Homem até do Sábado é Senhor”, como está no
Evangelho segundo São Mateus, capítulo 12, versículo 8, se Ele tivesse dito: O
Filho do Homem até do primeiro dia da semana é Senhor, não seria isto hoje
apresentado como prova conclusiva de que o primeiro dia da semana é o dia do senhor? Eis aí, e naturalmente com
boa razão. Então deve concordar-se que tem o mesmo peso para o sétimo dia, em
relação ao qual foram pronunciadas estas palavras: O Senhor é, também, o Senhor do sábado! Até do sábado o Filho do Homem
é Senhor!
Meus amigos, meus Irmãos,
pode parecer assim extemporâneo tratar da questão do Sábado quando ela parece
liquidada; há dois mil anos liquidada – muita gente fala. Mas não está, não!
Muita coisa que parece verdadeira está errada e, também, dura 2.000 anos,
talvez mais. Ou será que nós podemos mudar os pensamentos de Deus? Evidentemente, não! De
modo que guardem bem estas palavras sobre o Sábado, porque depois vão
compreender por quê. Hoje, foi assim “en
passant”, foi de raspão. Por quê? Porque João, o Evangelista, de passagem
diz: No dia do
senhor eu tive
esta visão assim, assim, na Ilha de Patmos, no dia do senhor.
Mas vamos seguindo, no
versículo 11 até ao 18:
11 – [uma voz] que dizia: O que vês, escreve-o num
livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiátira,
Sardo, Filadélfia e Laodicéia. 12 – Então virei-me para ver quem falava comigo.
E, virando-me, vi sete castiçais de ouro; 13 – E no meio dos sete castiçais um
semelhante ao Filho do Homem, vestido até aos pés com uma veste talar (isto é, uma veste comprida), e
cingido pelos peitos com um cinto de ouro. 14 – Sua cabeça e seus cabelos eram
brancos como a lã branca, como a neve. Seus olhos eram como a chama de fogo; 15
– E os seus pés semelhantes ao latão reluzente, como se tivessem sido refinados
numa fornalha. Sua voz era como a voz de muitas águas. 16 – E Ele tinha na sua
destra sete estrelas; da sua boca saía uma aguda espada de dois fios. Seu rosto
era como o sol, quando na sua força resplandece. 17 – E eu, quando o vi, caí a
seus pés como morto. Então Ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não
temas; Eu sou o primeiro e o último; 18 – aquele que vive. Eu fui morto, mas
eis aqui estou vivo para todo o sempre, e tenho as chaves da morte e as chaves
do inferno.
Virei-me para ver quem falava
Isto é, a pessoa de quem
vinha a voz.
Sete castiçais de ouro
Que significam? Estes não
podem ser o antítipo do castiçal de ouro do antigo serviço típico do Templo.
Por que? Porque esse era apenas um
castiçal com sete braços. Fala-se sempre dele no singular. Mas aqui não, são
apresentados sete. E estes são, com mais propriedade, suportes de lâmpadas do
que simplesmente castiçais. Suportes sobre os quais são postas lâmpadas para
iluminarem o quarto. E não têm semelhança com o antigo castiçal. Pelo
contrário: os suportes são tão distintos, tão separados uns dos outros, que se
vê o Filho do Homem – isto é, Jesus,
o Deus feito Homem – a andar pelo
meio deles.
Filho do homem
Já que tocamos neste ponto:
a figura central e absorvente da cena agora patenteada a João é a majestosa
forma de alguém semelhante ao Filho do Homem, representando o Cristo. A descrição feita d’Ele
aqui, com as Suas ondulantes vestes, com o Seu cabelo branco, não pela idade mas
pelo brilho da glória celestial, Seus olhos irradiando fogo, Seus pés
fulgurantes como metal reluzente, Sua voz como o som de muitas águas (é o que
está aqui no texto) é de uma grandiosidade e de uma sublimidade realmente
inexcedíveis. Que espetáculo extraordinário! Eis aqui uma coisa que a televisão
jamais poderia fazer. Mas vocês com a imaginação compõem esse quadro belíssimo.
Subjugado pela presença desta Augusta Entidade, deste Ser incomparável, que
aconteceu? João caiu a Seus pés como morto. Mas, confortadora mão coloca-se
sobre ele e uma voz de doce conforto lhe diz que não tema. Também os cristãos
têm hoje o privilégio de sentir essa mão sobre eles, fortalecendo-os,
confortando-os em horas de provas e aflições. Cada cristão, inclusive eu nas
minhas provas terríveis, ouço a mesma voz a me dizer: NÃO TEMAS.
A gente às vezes esquece que
Deus está vendo estas coisas.
Mas, a mais alegre certeza, em todas estas palavras de conforto, é a declaração
da grande Entidade, do Ser extraordinário que vive para todo o sempre, e que é
o árbitro da morte e da sepultura, porque Ele diz: Eu tenho as chaves da morte e
do hades, isto
é, da sepultura, no grego original.
A morte é um tirano vencido.
Ela pode aplicar-se à sua
macabra tarefa de amontoar nos sepulcros, através dos séculos, as preciosidades
da Terra. Pode envaidecer-se durante certo tempo com seu triunfo aparente. Mas,
na verdade, realiza um trabalho infrutífero; porque a chave da sua escura
prisão foi arrebatada das suas garras e está, agora, segura nas mãos de Alguém
mais poderoso que a morte. Ela é obrigada a depositar os seus troféus num
terreno onde outro tem absoluto domínio. E este é o imutável Amigo, este é o
AMIGO ÚNICO, de todas as horas, principalmente as más, das horas ruins, das
horas tristes da solidão e do abandono. Este
é o REDENTOR daqueles que O amam. Vós, portanto, não vos entristeçais. E,
também, não choreis os justos que partiram antes de vós. Eles estão num porto
seguro. Durante um pouco de tempo o inimigo o retém. Mas um AMIGO DE FORÇA MAIOR
possui a chave da prisão; esse AMIGO é Jesus que venceu a morte! E cada um
de nós também vai vencer a morte com o poder de Jesus.
Finalmente o versículo 19:
19 – Escreve as coisas que tens visto, e as
que são e as que, depois destas, hão de acontecer.
Neste versículo é dado a
João, o Evangelista, na ilha de Patmos, desterrado por causa do seu testemunho
da Palavra de Deus, uma ordem peremptória para
escrever toda a Revelação – que se referia principalmente a acontecimentos que
estavam no futuro, portanto, até ao fim
do ciclo, deste ciclo em que nós estamos. Nalguns casos raríssimos, haveria
referências a acontecimentos então passados ou presentes. Mas, estas
referências tinham apenas o fim de preparar o caminho para acontecimentos que
deviam realizar-se depois daquele tempo, de modo que nenhum elo pudesse faltar
na corrente.
Agora vamos entrar mesmo no
significado importantíssimo: as mensagens às sete igrejas. E vocês vão ver quanta
coisa preciosa está oculta, até hoje, aos olhos dos que não tem olhos de ver.
E, entretanto, pregam o Evangelho sem saber Apocalipse. Não! Hoje, quem não
sabe Apocalipse já não sabe Evangelho. Este é o outro Evangelho. É o reverso. Temos que unir o verso e o reverso, porque
ambos são inseparáveis.
Sim, meus amigos e meus Irmãos,
aguardem atentamente o significado destas mensagens às Sete Igrejas, que na
verdade são mensagens a todos os cristãos da Humanidade.
Que a PAZ de DEUS esteja com
todos, agora e sempre!
Glória a DEUS nas alturas,
PAZ na terra aos homens e
mulheres da BOA VONTADE DE DEUS!
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