quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Apocalipse Revelado por Alziro Zarur - 1967 - Programa 07

7º PROGRAMA__________________________________________________________


Meus amigos e meus Irmãos,

DEUS ESTÁ PRESENTE! VIVA JESUS!


Nossa invencível lbv, sabotada por todos os meios e modos pelos involuídos mentais, mas sempre de pé para servir a Deus e ao nosso Brasil e também a toda Humanidade. E dando agora este recado que é o mais importante de todos da Humanidade inteira: A MENSAGEM DO APOCALIPSE, o Livro das Profecias Finais, que nos revela o que vai acontecer até ao final deste ciclo: o grande Planejamento de Jesus para todo este milênio. Quem é que pode governar a sua casa ignorando estas verdades? Qual o Presidente que pode governar uma nação se ignorar este Planejamento do Cristo? Pois, se a boa regra de governar é SABER PARA PREVER; PREVER PARA PROVER. Quem não sabe não pode prever. Se não sabe prever não pode prover! Portanto, só aquele que estuda o Evangelho e o Apocalipse – porque ambos são inseparáveis – será o vencedor de que Jesus fala neste capítulo 2 do seu Apocalipse segundo São João, o Discípulo Amado, a reencarnação de Daniel.

Ao vencedor é prometido que há de comer o fruto da Árvore da Vida que cresce no meio do Paraíso ou Jardim de Deus.
Temos que estar aqui vendo sempre a Bíblia, mesmo ao pé da letra, e pouco a pouco tirar o véu da letra para que todos entendam bem a maior mensagem de todos os milênios.
Onde está, afinal, esse Paraíso?
A resposta mais clara é do Apóstolo São Paulo: NO TERCEIRO CÉU. O Apóstolo dos gentios, na sua segunda Epístola aos Coríntios, capítulo 12, escreve que conheceu um homem (e referindo-se a si mesmo), que havia sido arrebatado até ao terceiro céu. No versículo 4, ele chama, ao mesmo lugar – paraíso –, permitindo a conclusão de que esse Paraíso está no terceiro céu. Nesse Paraíso se encontra a árvore da vida. Ora, na Bíblia não se fala senão de uma árvore da vida. É mencionada seis vezes (três no Gênesis de Moisés e três neste Apocalipse), mas é apresentada sempre com o artigo definido “a”: A Árvore da Vida, no primeiro livro da Bíblia; A Árvore da Vida, no último, o Apocalipse. A Árvore da Vida no Paraíso do Éden (Septuagina, no princípio), e A Árvore da Vida no Paraíso, de que agora João fala, no céu. Isto é muito importante! Depois saberemos por quê.
Se há apenas uma árvore, e ela esteve primeiro na terra, perguntar-se-á: Como pode estar agora no céu? A resposta é que deve ter sido levada ou transladada para o Paraíso Celeste. Não há maneira possível de um mesmo corpo situado num lugar passar para outro lugar senão pelo seu transporte material para lá. E além da necessária conclusão deste argumento, há muito boa razão para crer que a árvore da vida tenha sido levada da terra para o céu. Entenda-se este simbolismo, por favor.
No segundo livro de Esdras (o apócrifo), lá no capítulo 7, versículo 26, aparece esta linguagem: “Eis, que tempo virá em que estes sinais que eu tenho dito hão de acontecer, e aparecerá a esposa. E, ao vir, há de ser vista a que agora está retirada da Terra”. Há aqui uma alusão à esposa, à mulher do Cordeiro de Deus (como vamos ver no Apocalipse, capítulo 21, versículo 9): É a Santa Cidade, a Nova Jerusalém (no versículo 10). E também da parte de São Paulo, a Epístola aos Gálatas, capítulo 4, versículo 26, na qual está a árvore da vida (Apocalipse 22, versículo 2), que agora está retirada da Terra, mas que na devida altura, aparecerá e será colocada entre os homens. Onde é que está isto? Exatamente, neste Apocalipse, capítulo 21, versículos 2 e 3 – é a restauração final, um novo céu e uma nova terra. Ou seríamos débeis mentais para pensar apenas em ser político, entrar na política, pleitear um cargo no governo? Seria isto mais importante do que pregar a Palavra de Deus, através do Evangelho, através do Apocalipse? Evidentemente não! TUDO PASSA, MENOS O CRISTO DE DEUS. PASSARÁ O CÉU, PASSARÁ A TERRA, MAS AS MINHAS PALAVRAS NÃO PASSARÃO. Quem o afirma é o próprio Jesus que segue na vanguarda da lbv – a Instituição mais importante da Humanidade em todos os tempos! Sim, eu posso dizer: o Legionário está integrado no Apocalipse; o Legionário é o espírito mais avançado que há na face da Terra. Do contrário, não poderia entrar numa Instituição em que se abraçam pessoas de Deus de todas as religiões e filosofias do mundo. É preciso ter um espírito muito ventilado, muito arejado, muito evoluído para se inscrever Legionário e viver o Novo Mandamento, que é uma antecipação do Espírito Perfeito: AMAI-VOS UNS AOS OUTROS COMO EU VOS AMEI. Espírito tacanho não pode ser Legionário. Espírito estreito, fechado, quadrado não pode ser Legionário, Não tem alma para sentir o ecumenismo autêntico do CRISTO PLANETÁRIO. E o que é ecumênico é isto: UNIVERSAL. Graças a Deus, assim é a lbv – Luz, Bondade e Verdade no engrandecimento da vida.
Mas, ainda sobre este ponto, podemos citar o parágrafo muito importante da História Sagrada, de Kurts, na página 50 (e cada um pode verificar):

“O ato de Deus, colocando os querubins para guardar o caminho da árvore da vida [como está no Gênesis de Moisés, capítulo 3, versículo 24] no Jardim do Éden, apresenta-se, não só com o aspecto que indica severidade, como também com outro que implica uma promessa de consolação. O bendito lugar de onde é expulso o homem não é aniquilado nem abandonado à desolação e ruína, mas retirado do Mundo e da Humanidade e confiado aos cuidados das mais perfeitas criaturas de Deus, para ser restituído ao homem depois de redimido, [ou remido, ou salvo, isto é, liberto da ignorância pelo conhecimento da Verdade e do Apocalipse]”.

O Jardim, como existia, antes de Deus o plantar ou adornar, caiu na maldição do resto do mundo. Mas a edição celestial e paradisíaca foi isenta e confiada aos querubins. O verdadeiro Paraíso encontra-se agora transladado para o mundo invisível. Pelo menos uma cópia simbólica deste, estabelecido no lugar santíssimo do tabernáculo, foi concedida ao povo de Israel, segundo o modelo que Moisés viu no Monte Sinai. E o próprio original, como a restaurada habitação do homem remido, descerá depois à Terra. Quem o diz é o Cristo de Deus, porque está neste Apocalipse, capítulo 21, versículo 10. Vejam como isto é importante! Ao vencedor é, portanto, prometida uma restituição superior a tudo aquilo que Adão perdeu, isto é, que os nossos ancestrais perderam. Adão é o símbolo da raça adâmica. Não houve apenas um casal no princípio do mundo. Isto é simbólico. Houve muitos casais. Adão é o símbolo de muitos espíritos; Eva, o símbolo de muitos outros espíritos. E assim Caim não precisou se casar com sua própria irmã, como afirmam tantos ignorantes da Bíblia Sagrada. Espíritos incestuosos e acham que Deus devia criar a incestuosidade. Mas não criou, não! Deus não seria tão imprevidente, pois se Deus é Onisciente, como é que ELE ia dizer “crescei e multiplicai-vos”, se nós só tínhamos um casal na face da Terra? Reduzir Deus a esta insignificância é próprio dos insignificantes, esses que combatem a lbv, porque sua missão é esta: é entronizar a insignificância, a mesquinharia, a mediocridade, até aquele dia que já está muito próximo, graças a Deus!
Isto é muito importante! Ao vencedor é prometida esta glória: uma restituição superior a tudo que Adão perdeu. Não apenas aos vencedores daquele período da Igreja, mas a todos os vencedores de todos os tempos, porque nas grandes recompensas do céu não há restrições. Eis porque cada Legionário da Boa Vontade se esforça, mas se esforça mesmo, se esforça decididamente para conquistar a árvore da vida como um VENCEDOR. Aquela Árvore que está no meio do Paraíso de Deus, porque quem comer do fruto dessa Árvore, não morrerá mais: essa Árvore é O NOVO MANDAMENTO. Vejam bem que Jesus quando deu o Seu Novo Mandamento, advertiu: QUEM GUARDA O MEU NOVO MANDAMENTO NÃO MORRERÁ MAIS, isto é, quem se alimenta deste Mandamento Novo, desta concepção de Fraternidade Real, não morrerá mais, porque quando os homens compreenderem o que está neste Novo Mandamento, não haverá mais guerra, não haverá mais rico nem pobre, nem patrão nem empregado, nem preto nem branco, nem senhor nem escravo; não haverá mais nada que faça o homem sofrer. É o Comunismo Divino, porque nesse eu acredito, e esse eu quero. Somos rigorosamente iguais diante de Deus, cada um sendo experimentado, hora como patrão, hora como empregado; hora como preto, hora como branco; hora como fanático, hora como mártir, e assim vai. Tudo aquilo que você faz de mau, você vai pagar; tudo aquilo que você faz outrem sofrer, você terá de sofrer, porque esta é a Lei do Retorno, e ninguém escapa à implacável Lei do Retorno. Que o diz é o próprio São Paulo – Ninguém se iluda, porque Deus não se deixa escarnecer: aquilo que o homem semear, isso mesmo terá de colher.

Pode considerar-se o tempo abrangido por esta primeira igreja – Éfeso – como se estendendo desde a ressurreição do Cristo até ao fim do primeiro século, ou melhor ainda, digamos, até a morte do último dos Apóstolos a morrer que foi exatamente João, o Evangelista, que desencarnou já quase centenário, quase 100 anos de vida. Glória a Deus nas alturas!

Nos versículos 8 a 11, vamos encontrar:

8 – Ao Anjo da igreja que está em Esmirna escreve: Isto diz o primeiro e o último, o que foi morto e reviveu: 9 – Eu sei as tuas obras, tribulação e pobreza, mas tu és rico, e a blasfêmia dos que se dizem judeus e não o são, porque são a sinagoga de satanás. 10 – Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que todos vós sejais tentados. Tereis uma tribulação de dez dias. Se fiel até a morte e eu te darei a coroa da vida. 11 – Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas do Senhor. O que vencer não receberá o dano da segunda morte.

Note-se que Jesus, o Senhor, se apresenta a cada Igreja mencionando algumas das Suas características que Lhe atribuem particular autoridade para lhes levar o testemunho que profere.
À igreja de Esmirna, já prestes a passar pela prova da perseguição, sim senhor, da perseguição da falsa igreja, revela-se como o que foi morto e reviveu. Também foi Ele perseguido e pela verdade foi crucificado como ladrão, sedutor de mulheres, explorador de damas virtuosas, herege, feiticeiro, bruxo... tudo o que vocês possam imaginar disseram que Jesus era. E o que é que vão dizer de mim? Jesus não tinha pecado, Jesus era perfeito, já era o Cristo e podia dizer: EU E O PAI SOMOS UM. Se Dele disseram estas “belezas”, que é que não vão dizer de mim? Mas estou aqui, não estou? Não estou pregando? Vou pregar muito mais! Vou pregar até ao fim do mundo! Porque esta é minha missão e NINGUÉM me demoverá da minha missão! Louvado seja Deus!

O que foi morto e reviveu.
O que venceu a morte, e que também nos ensinou a vencer a morte. Os que fossem chamados a selar com sangue o seu testemunho, deviam lembrar-se que repousavam sobre eles os olhos de Alguém que partilhou a mesma sorte, mas triunfou sobre a morte, e podia faze-los sair das suas sepulturas de mártires do verdadeiro Cristianismo. Porque há o cristianismo dos sacerdotes, e há o CRISTIANISMO DO CRISTO, o meu é este, não tem nada com sacerdotes de nenhuma religião. Eu quero o Cristianismo do Cristo, não administrado por homens de espécie alguma, porque onde o homem bota a mão emporcalha tudo, infelizmente é assim. Por isso, na Religião do Novo Mandamento não há administradores, não há tesoureiros, nem fiéis de tesoureiro, não há nada, graças a Deus, não há nada! É só Jesus, com o Pai e o Espírito Santo – esta é a Direção universal da Religião Cósmica do Novo Mandamento.

Pobreza e riqueza.
Viram que coisa bonita aqui? Coisa extraordinária neste versículo 9: “Eu sei as tuas obras, e tribulações e pobreza, mas tu és rico”. Isto é muito grande – sei da tua pobreza, mas tu és rico. Isto parece, à primeira vista, um paradoxo estranho, mas quem são os verdadeiros ricos deste mundo? Os que são ricos de fé, herdeiros do Reino de Deus. Porque a riqueza deste mundo, pela qual os homens se destroem, tantas vezes trocam a felicidade presente pela vida eterna futura, esta riqueza é moeda que não circula no céu. Ninguém conhece esta moeda lá. Nem cruzeiro velho nem cruzeiro novo; nem centavo antigo nem centavo novo; nem franco, nem dólar; nem libra esterlina, nem franco; nem peso nem peseta. Não há nada, nem rublo. Estas moedas não existem lá em cima. Tudo isso é criação do homem e vai morrer com o homem, graças a Deus! A riqueza deste mundo... E, entretanto por causa dela há guerras no Oriente Médio, há guerras no Vietnã, há guerras na Coréia, há guerrilhas na América Latina, meu Pai do Céu! Tudo isso é atrás de dinheiro. Dinheiro que dá o poder. Se é atrás do poder, é atrás do dinheiro. E todo mundo a se digladiar, a se estourar, a se rebentar por causa do dinheiro. É a entronização do bezerro de ouro como nos tempos de Moisés. E a história se repete.
Mas, como observa Jesus, há muitos ricos-pobres e muitos pobres-ricos. Coitados dos ricos-pobres e Bem-aventurados os pobres que são ricos. Ricos de saúde, paz interior, ricos da eterna glória de Deus.

esses dizem-se judeus e não o são – outro versículo importante – porque são a sinagoga de satanás.
São as almas que se vendem ao bezerro de outro. É evidente que o termo aqui – judeu ou hebreu – não é empregado no sentido literal, deve compreender-se à luz do Evangelho. A linguagem de São Paulo também esclarece este ponto. Na Epístola aos Romanos, capítulo 2, ele diz, nos versículos 28 e 29: “Porque não é judeu (ou hebreu) o que o é apenas exteriormente; nem é circuncisão aquela que o é apenas exteriormente (isto é), na carne. Mas é judeu aquele que o é no interior; circuncisão, aquela que o é no espírito, no coração, (na alma), não na letra, (não na exterioridade, não na hipocrisia que é o fermento dos fariseus), cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus”, diz o Apóstolo. E noutro lugar, na mesma Epístola aos Romanos, capítulo 9, versículos 6 e 7: “...porque nem todos aqueles que são de Israel, são israelitas; nem por serem descendência de Abraão são todos filhos”. E aos Gálatas, no capítulo 3, versículos 28 e 29, São Paulo diz ainda que em Cristo Jesus não há distinção exterior entre judeu e grego, mas, se formos do Cristo, então seremos descendência de Abraão, no verdadeiro sentido – herdeiros segundo a promessa divina.
Dizer, como alguns, que o termo “hebreu” ou “judeu” nunca é aplicado aos cristãos é contradizer as declarações inspiradas de São Paulo e o testemunho da Fiel e Verdadeira Testemunha, que é Jesus, dando este recado à Igreja de Esmirna? Alguns, hipocritamente, pretendem ser judeus nesse sentido cristão, quando nada possuíam do respectivo caráter. Esses tais eram, realmente, da Sinagoga de Satanás.

E, afinal, o que é esta tribulação de 10 dias?
Como devemos entender? Como esta mensagem é profética, o tempo mencionado nela deve também ser considerado profético, representando 10 anos, não 10 dias (basta ver Ezequiel, capítulo 4, versículo 6, no Velho testamento da Bíblia): Em profecia, um dia é um ano. E é um fato notável que a última e mais sangrenta das dez perseguições contra a Igreja autêntica do Cristo, durou justamente dez anos: de 303 a 313. Seria difícil compreender esta linguagem, supondo que estas mensagens não fossem proféticas, porque neste caso apenas podiam ser significados 10 dias literais. Não é provável que uma perseguição de 10 dias ou de uma única igreja particular venha a constituir assunto de profecia. E afinal, menção nenhuma de um caso de tão restrita perseguição se pode encontrar em qualquer livro sagrado. Por outro lado, compreendendo esta perseguição, como algumas das notáveis perseguições daquele período, a que propósito viria considerá-la como referindo-se a uma igreja só? Todas as igrejas sofreram nela. A que propósito viria, portanto, destacar uma com exclusão das restantes como única envolvida em tal calamidade? Está claro como água cristalina.

Mas é fascinante o estudo do Apocalipse, o Livro que nos fala da volta de Jesus. Amanhã voltaremos a este versículo admirável: “Se fiel até a morte e Eu te darei a coroa da vida” – é um recado a cada Legionário. Quem se inscreveu Legionário assumiu um compromisso com Jesus, é um SOLDADO DE JESUS, é um LEGIONÁRIO DE JESUS. Vai ser para ele – para cada um desses Legionários – este versículo: Se fiel até a morte e Eu te darei a coroa da vida.

QUEA A PAZ DE DEUS ESTEJA COM TODOS OS LEGIONÁRIOS AUTÊNTICOS E

VIVA JESUS!

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Apocalipse Revelado por Alziro Zarur - 1967 - Programa 06

6º PROGRAMA__________________________________________________________


Meus amigos e meus Irmãos,

DEUS ESTÁ PRESENTE! VIVA JESUS!


Felizmente, estou encontrando boa aceitação para a explicação do Apocalipse à luz do Novo Mandamento. É que a maioria estava habituada a um Apocalipse católico, ou Apocalipse protestante, ou ainda o Apocalipse espírita. Mas nós, em obediência às normas estatutária, não podemos, evidentemente, sair da nossa neutralidade. Não queremos ferir ninguém, queremos dar o Apocalipse de Jesus. Por isso que é mesmo de Jesus, através do grande vidente e psicógrafo que é João, o Evangelista, o Discípulo Amado.
Victor Hugo escreveu: “Mais poderosa do que todos os exércitos do mundo, é uma idéia cujo tempo tenha chegado”. E o NOVO MANDAMENTO É A IDÉIA MÁXIMA, a última palavra de Jesus neste final de ciclo. É o caminho da realização da grande profecia do Redentor da Humanidade: E HAVERÁ UM SÓ REBANHO PARA UM SÓ PASTOR. Evidentemente o Pastor do Rebanho Único é Jesus, o Cristo, que nos deu pessoalmente o seu Novo Mandamento. E sem este Novo Mandamento não há Religião, não há Filosofia, não há Ciência, não há Política, nem Bíblia, nem Evangelho e nem Apocalipse. Principalmente agora, porque Jesus está voltando. E é por isso que estamos levando a todo o Brasil, o Apocalipse em espírito e verdade à luz do Novo Mandamento. Este Apocalipse é o último livro da Bíblia Sagrada, o Livro das Profecias Finais.

Vimos ontem o versículo 19: “Escreve as coisas que tens visto, e as que são e as que, depois destas, hão de acontecer”.

Entramos hoje no versículo 20:

“20 – O mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas e os sete castiçais que viste são as sete igrejas do Senhor”.

Ora, representar Jesus, o Filho do Homem, isto é, Deus feito Homem, como tendo em sua mão apenas os Ministros de sete igrejas literais da Ásia Menor, andando apenas no meio dessas sete igrejas, seria reduzir, sinceramente, as sublimes representações e declarações deste capítulo, como também dos seguintes, à maior das insignificâncias. O cuidado providencial e presença do Senhor não se exercem apenas junto de um número restrito de igrejas, mas junto de todo o seu povo, isto é, de toda Cristandade. E agora a Cristandade, como nós a vemos pela revelação do Novo Mandamento – sois todos irmãos com diferentes nomes: católicos, protestantes, espíritas, umbandistas, judeus, mulçumanos, esotéricos, teosóficos, e assim por diante. Não podemos apenas olhar Jesus assim, não apenas no tempo de João, nem através de todos os séculos, mas o CRISTO CÓSMICO enfeixando no regaço todas as suas ovelhas do mundo, com aquelas palavras que ainda estão dentro do nosso coração: EU ESTAREI CONVOSCO TODOS OS DIAS ATÉ AO FIM DO MUNDO, ATÉ A CONSUMAÇÃO DOS SÉCULOS.

Mas depois de apresentar o assunto do capítulo primeiro, com a referência geral às sete Igrejas, representadas pelos sete castiçais e aos missionários ou ministros, ou responsáveis pelas igrejas, representadas pelas sete estrelas, João toma agora cada Igreja em particular e escreve a respectiva mensagem dirigindo-a, em cada caso, ao Anjo da Igreja, como está no original:

1 – Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, e que anda no meio dos sete castiçais de ouro: 2 – Eu sei as tuas obras, o teu trabalho, a tua paciência, sei que não podes sofrer (ou suportar) os maus; puseste à prova os que dizem ser apóstolos e não são, porque tu os achaste mentirosos. 3 – E sofreste e manténs a paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste. 4 – Tenho, porém, contra ti que deixaste a tua primeira caridade, o teu primeiro amor. 5 – Lembra-te, portanto, de onde caíste e arrepende-te, pratica as primeiras obras, senão brevemente virei a ti, tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres. 6 – Isto de bom tens, porém: odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio. 7 – Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas do Senhor: Ao que vencer eu lhe darei a comer do fruto da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus.

É muito importante esta mensagem primeira, dirigida à Igreja de Éfeso.
A propósito do capítulo primeiro, versículo 4, foram apresentados alguns motivos pelos quais as Igrejas, ou melhor ainda, as mensagens dirigidas a elas, deviam ser consideradas como proféticas, tendo a sua aplicação à sete períodos distintos que abrangia a Era Cristã. Podemos acrescentar agora que este ponto de vista não é novo, nem local. O famoso Benson cita o Bispo Newton, a dizer: “Muitos pretendem, e entre eles homens sábios como Morris e Vitringa, que as sete epístolas são proféticas e se referem a outros tantos períodos ou estados sucessivos da Igreja Cristã desde o seu princípio até ao fim dos tempos”. E diz Scott: “Muitos expositores do Apocalipse têm pensado que estas epístolas às sete Igrejas da Ásia são profecias místicas de sete períodos distintos em que devia ser dividido todo o espaço compreendido, desde os dias dos apóstolos até ao fim do mundo”. Embora Newton e Scott não aceitem esta maneira de ver, seu testemunho é de valor, porque mostra que foi a maneira de ver de muitos intérpretes bem intencionados do Apocalipse, mas não iluminados.
Blonthia Flenry diz:

“Tem sido defendida por alguns comentadores de valor, uma opinião que pode ser resumida nas seguintes palavras de Vitringa: ‘Que sob esta representação emblemática das sete Igrejas da Ásia, o Espírito Santo delineou sete estados diferentes da Igreja Cristã, que apareceriam em sucessão estendendo-se até a volta de Cristo Jesus, isto é, até a consumação de todas as coisas. Que isto é apresentado em descrições tomadas dos nomes, estados e condições dessas Igrejas, de maneira que pudessem contemplar-se a si próprias, e ver tanto as suas boas qualidades como seus defeitos. Finalmente, de que conselhos e exortações lhes eram apropriados’”.

Ora, Vitringa apresentou um resumo dos argumentos que podem ser aduzidos em favor desta interpretação. Até que alguns deles são engenhosos, mas não são hoje considerados suficientes para apoiar semelhante teoria. Thiam é um dos principais comentadores ingleses que adotam o modo de ver de que são profecias das igrejas do Cristo nos diversos períodos de tempo até que Ele apareça de novo, isto é, até o dia da Sua volta.
Lendo os autores citados meditadamente, nota-se que o que levou os comentadores dos tempos modernos a por de lado a idéia da natureza profética das mensagens às sete Igrejas foi a doutrina relativamente recente, sem base bíblica, do “milênio temporal”. O último período da Igreja, como vem descrito no capítulo 3, versículos 15 a 17, pareceria incompatível com o glorioso estado de coisas que devia existir na Terra durante 1.000 anos, com todo o mundo convertido ao Senhor Deus. Daí, neste caso, como em tantos outros casos, do ponto de vista escriturístico, ceder lugar ao mais agradável. Os corações dos homens, como nos tempos antigos, ainda amam coisas aprazíveis e os seus ouvidos estão sempre favoravelmente abertos para aqueles que lhe falam de paz e de felicidade.

Ora, a primeira igreja é chamada éfeso. Segundo a aplicação feita aqui, abrangeria o primeiro período, ou seja, o período apostólico da Igreja Cristã. Note-se que quando falamos aqui em Igreja Cristã não estamos falando em igreja católica, nem igreja protestante, nem igreja espírita. Para nós, Igreja Cristã é a Cristandade toda, são todos os cristãos, sejam quais forem as religiões que adotem. Vejam bem a amplitude desta definição. Cristianismo, para nós, não é apenas catolicismo, ou protestantismo, ou espiritismo, isto só serve para dividir nesta interpretação. Não, todos aqueles que são realmente do Cristo – ou católicos, ou protestantes, ou espíritas, ou umbandistas – já estão salvos. Mas só Jesus pode saber quais são os 144 mil.
Mas, como dizia, a palavra “éfeso” significa desejável, podendo ser tomada como um bom termo descritivo do caráter e condição da Igreja em seu primeiro estado. Os primeiros cristãos receberam a doutrina do Cristo em toda sua pureza; gozaram os benefícios e bênçãos do Espírito Santo. Eles eram notáveis pelas suas obras, trabalho e paciência. Em sua fidelidade aos puros princípios ensinados por Jesus, não podiam suportar os que eram maus, então punham à prova os falsos apóstolos, os falsos Legionários, examinavam seus verdadeiros caracteres e os achavam mentirosos; não eram soldados de Deus, muito menos do Cristo.
Não temos evidência alguma de que isto fosse mais especialmente feito pela igreja literal, particular, de Éfeso do que por outras igrejas desse tempo. São Paulo Apóstolo não diz nada a esse respeito na epístola que escreveu aos efésios. Mas era feito pela Igreja Cristã como um todo naquele período, e essa era, aliás, uma obra muito a propósito naquele tempo. Basta verificar a II Epístola aos Coríntios, capítulo 11 e os Atos dos Apóstolos de São Lucas, no seu capítulo 15, no versículo 2.

Prosseguindo, qual a significação de “o anjo da igreja”?
O anjo de uma igreja significa um mensageiro, um ministro, um emissário, um missionário, o responsável dessa igreja. E como cada uma destas igrejas abrange um período de tempo, o anjo de cada igreja deve significar o ministério, o apostolado, a missão, o conjunto dos verdadeiros missionários do Cristo durante o período abrangido por esta igreja. As diferentes mensagens, posto que, dirigidas aos ministros, aos missionários, aos emissários de Jesus não podem ser aplicáveis somente a eles, porque o são, com propriedade, dirigidas por meio deles à própria Igreja, à CRISTANDADE.

E o motivo da censura? Tenho, porém, contra ti, diz o cristo, que deixaste o teu primeiro amor.
O abandono do primeiro amor não é menos digno de censura do que o afastamento das doutrinas fundamentais ou da moralidade bíblica. Esta censura não se refere a uma queda da graça, nem a extinção do amor, mas à sua diminuição. “NÃO HÁ ZELO NEM SOFRIMENTO QUE POSSA REPARAR A FALTA DO PRIMEIRO AMOR”, observa Thompson, com muita felicidade.
Na experiência cristã nunca devia chegar o tempo em que, se alguém pedisse a alguém que mencionasse o período do seu maior amor ao Cristo, não pudesse dizer: O MOMENTO PRESENTE. Mas se tal tempo chegasse, então devia lembrar-se de onde caiu, meditar, tomar tempo e juízo, recordar o estado da sua primeira aceitação da idéia do Cristo e do seu Evangelho e, finalmente, apressar-se a se arrepender, voltar a dirigir os seus passos para esta desejável posição: INTEGRAÇÃO NO CRISTO.
O AMOR, COMO A FÉ, É MANIFESTADO PELAS OBRAS: FÉ SEM OBRAS É MORTA. E o primeiro amor, quando alcançado, traz sempre consigo as primeiras obras de CARIDADE – A CARIDADE LEGÍTIMA.

E esta ameaça? Senão, brevemente virei a ti e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.
Ora, esta vinda deve ser uma vinda figurada, significando uma visitação de castigo, tanto mais que é condicional. A remoção do castiçal significaria o fato de lhe serem tirada a luz e de lhe serem tirados os privilégios do Evangelho e confiados a outras mãos, se não cumprisse melhor as responsabilidades que lhe foram confiadas pelo CRISTO. Isto é muito SÉRIO! Todos têm sua oportunidade, mas aproveitam ou não aproveitam. A missão é que não pode parar. Um falha, outro vem em seguida.
Mas tendo em vista que estas mensagens são proféticas, alguém pode perguntar se o castiçal não seria sempre retirado de qualquer maneira, quer o missionário se arrependesse quer não, porque essa igreja seria seguida pela igreja imediata, que devia ocupar o segundo período. E se isto não constituirá uma objeção contra os que considerarem estas igrejas como proféticas?
Existe resposta? Sim. Eis a resposta: A expiração do período abrangido por qualquer igreja não é remoção do castiçal dessa igreja. Prestem bem atenção! A remoção do seu castiçal representaria o lhe serem retirados os privilégios que podia e devia desfrutar durante mais tempo. Seria sua rejeição da parte de CRISTO JESUS, tanto na igreja em conjunto como nos indivíduos como seus representantes eventuais, como portas-luzes da Sua Verdade e do Evangelho perante o mundo.
Dentre aqueles que professavam o Cristianismo, durante tal período, não sabemos quantos assim fracassaram, quantos foram rejeitados. Sem dúvida que muitos. Porque Deus respeita o livre arbítrio até mesmo dos missionários que querem fracassar, que querem apostatar, que querem renunciar à sua missão. É dura, mas é o caminho da salvação.
E assim iriam as coisas, permanecendo alguns firmes, outros caindo, deixando de ser porta-vozes no mundo, enquanto novos cristãos iriam preenchendo as vagas feitas pela morte e pela apostasia, até que a Igreja atingiu uma era nova na sua experiência, delimitada como outro período na sua história e abrangida por outra mensagem.

E os nicolaítas?
Jesus está pronto a reconhecer todas as boas qualidades que Seu povo possa ter. Se há alguma coisa que mereça a sua aprovação, imediatamente Ele a menciona. É o que vemos nesta mensagem à Igreja de Éfeso. Tendo mencionado primeiro os seus bons traços, depois os maus, como se não quisesse passar adiante nenhuma das suas boas qualidades, menciona que eles aborreciam, isto é, rejeitavam as obras dos nicolaítas, os quais Ele também aborrecia, isto é, detestava. No versículo 15 é de novo condenada a doutrina com as mesmas características. Parece que os nicolaítas constituíam uma classe de pessoas cujas ações e doutrinas eram abomináveis diante de Deus. Sua origem está envolvida em certa dúvida. Alguns dizem que procediam de Nicolau de Antioquia, um dos sete diácones (é o que se vê no Livro dos Atos dos Apóstolos, capítulo sexto, versículo 5); outros, que a sua origem era atribuída a ele só para se apoiar com o prestígio do seu nome. Finalmente outros: que a seita tomou o nome de um Nicolau de data posterior, e esta é a opinião mais correta. Acerca das suas doutrinas e práticas, defendiam a poligamia (vejam bem! A poligamia!), considerando o adultério e a fornicação como coisas indiferentes a Deus. E permitiam a todos comer coisas oferecidas e consagradas aos ídolos. Ora, devemos ver em Nicolau um nome simbólico, tal como Balaão, Ântipas, Jezabel. Nicolau quer dizer: conquistador, ou triunfador do povo (versão grega do hebraico Balaão), senhor ou destruidor do povo. Sendo assim, os nicolaítas eram partidários ou defensores do sistema iníquo, idólatra que vários bispos procurariam implantar na igreja romana, chamado por São Paulo – O MINISTÉRIO DA INIQÜIDADE, que já então germinava. E quatro séculos mais tarde atingia seu objetivo no período da Igreja denominado Pérgamo, e é o que nós vamos ver. Mas vocês podem pegar muita coisa recordando a Epístola do Apóstolo dos gentios ao Tessalonicenses, a segunda, no capítulo 2, versículos 1 a 10: O MINISTÉRIO DA INIQÜIDADE, vejam bem!. E também nos Atos dos Apóstolos de São Lucas, no capítulo 20. Lá está a semente nicolaíta. Claro que é o símbolo da fermentação do mal. E fica então claro que Nicolau é assim como Balaão, como Ântipas, como Jezabel. E muita coisa vamos ver neste sentido simbólico dentro do grande Apocalipse.

quem tem ouvidos ouça o que o espírito diz às igrejas
Esta é a maneira solene de Jesus chamar a atenção de todos para o que tem importância real e urgente. Na Sua vida terrestre, Jesus usava a mesma forma de linguagem ao chamar a atenção do povo para os mais importantes dos Seus ensinamentos. Por exemplo: quando se preocupou com a missão de João, o Batista, Ele falou assim: “QUEM TEM OUVIDOS DE OUVIR, QUE OUÇA!” Isto é muito importante! Para quem quiser verificar está no Evangelho segundo São Mateus, capítulo 11, versículo 15.

E finalmente, a promessa ao vencedor. Mas aqui, chegamos ao fim deste capítulo. A promessa ao vencedor nós falaremos dela amanhã, neste Programa que chegou na hora: Jesus ESTÁ VOLTANDO!

GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS E
PAZ NA TERRA AOS HOMENS E MULHERES DA BOA VONTADE DE DEUS!


Apocalipse Revelado por Alziro Zarur - 1967 - Programa 05

5º PROGRAMA__________________________________________________________


Meus amigões e meus Irmãos,

DEUS ESTÁ PRESENTE! VIVA JESUS!


Conforme nossa promessa de ontem, vamos ver o que significa espiritualmente o dia do senhor.
Afinal, a que dia se refere esta designação: – dia do senhor? Qual o significado desta expressão: – dia do senhor?
Vocês sabem muito bem que quatro posições são tomadas por quatro classes diferentes de pessoas espiritualizadas:

1 – uma classe defende que a expressão dia do senhor abrange toda a dispensação cristã; não significa qualquer dia particular de 24 horas;
2 – outra classe já opina que o dia do senhor é o dia do Juízo Final, o futuro dia do senhor, a que tantas vezes se faz referência nas Escrituras Sagradas, isto é, na Bíblia – A Palavra de Deus;
3 – o terceiro ponto de vista, talvez o mais geralmente admitido, é o daqueles que afirmam que a expressão se refere ao domingo – 1º dia da semana;
4 – quarto e último ponto de vista que outra classe mantém; significa o sétimo dia – o Sábado do Senhor.

Então vamos logicar, como diria o saudoso Leopoldo Machado, o Legionário número 2, vamos raciocinar:

I – à primeira destas posições, basta responder que o Livro do Apocalipse é datado pelo seu autor, João, o Evangelista, na ilha de Patmos, do dia do senhor. Prestem bem atenção! O autor, o lugar onde foi escrito, o dia em que foi datado têm uma existência real e não apenas uma existência simbólica ou mística. Mas, se dizemos que o dia significa a dispensação cristã, então damo-lhe um significado simbólico, ou místico, o que não seria admissível. Além disto, esta posição implica o absurdo de fazer João Evangelista dizer, sessenta e cinco anos depois da “morte” do Cristo – vejam bem! –, que a visão relatada foi vista por ele na dispensação cristã! Como se algum cristão pudesse ignorar esse fato! Sai dessa! Não tem saída!
II – a segunda posição, a de que se refere ao Dia do Juízo, do Julgamento – não pode ser correta. Muito embora João possa haver tido uma visão acerca do Dia do Juízo, não podia ter nesse dia. Por quê? Porque era ainda futuro! A palavra traduzida por “em” no grego original, quando se refere a tempo, é definida pelo famoso Robinson nos termos seguintes: “Tempo em que: um ponto ou período definido em, durante o qual alguma coisa tem lugar”. Nunca significa “acerca de”, nunca significa “sobre”. Sendo assim, os que referem esta expressão ao Dia do Juízo, ou contradizem a linguagem usada, fazendo-a significar “acerca” em vez de “em”, ou fazem João afirmar uma estranha falsidade, dizendo que teve uma visão na ilha de Patmos, há aproximadamente dezenove séculos, no Dia do Juízo, que era ainda era futuro. Isto é muito importante!
III – para o terceiro ponto de vista, que é o geralmente seguido, diga-se de passagem, o dia do senhor significa o domingo, primeiro dia da semana. Desejaríamos, entretanto, uma prova. Que evidência temos nós para fazer semelhante afirmação? O próprio texto não define a expressão dia do senhor. Por isso, se significa o primeiro dia da semana, devemos procurar noutra parte da Bíblia a prova de que este dia da semana é sempre assim designado. Os únicos outros escritores inspirados que falam do primeiro dia são – Mateus, Marcos, Lucas e Paulo Apóstolo. E falam dele simplesmente como “primeiro dia da semana”. Nunca falam dele distinguindo-o de qualquer outro dos seis dias de trabalho. Isto é notável, para o ponto de vista popular, porque três deles falam desse dia na própria altura em que se diz ter-se tornado o dia do senhor, por se haver realizado nele a ressurreição de Jesus, e dois deles mencionam cerca de 30 anos depois desse acontecimento. Aos que afirmam que dia do senhor era a expressão usual para o primeiro dia da semana no tempo de João, o Evangelista, então nós perguntamos: Onde está a prova disso? Onde? Em que lugar? Não se pode encontrar. Mas nós temos a prova, justamente, do contrário: basta ver A História do Sábado de J.N. Andrews, e, ali, o assunto é esclarecido de uma forma contundente. Se esta fosse a designação universal do primeiro dia da semana, na altura em que o Apocalipse foi escrito, o mesmo autor devia, certamente, chamá-lo assim em todos os seus escritos posteriores. Ora, João escreveu o Evangelho depois de ter escrito o Apocalipse, e quase ninguém sabe disso. Todavia, no Evangelho, que é o Quarto Evangelho, ele chama, ao primeiro dia da semana, não dia do senhor, mas, simplesmente, o primeiro dia da semana – é o domingo. Isto é muito importante! As provas de que o Evangelho foi escrito depois do Apocalipse estão nas Notas de Barnes (Evangelhos), nos Dicionários Bíblicos, Bíblias anotadas por especialistas notáveis: Bloomfield, Hales, Horne, Nevins e muitos outros. E o que mais ainda contraria a pretensão em favor do primeiro dia, é o fato de que nem o Pai nem o Filho jamais reclamaram ao atribuído a qualquer dos outros dias de trabalho. Isto é muito importante! Deus não disse: “Esse é o meu dia”. Só o fez com o sábado.
Prestem atenção! Peguem os Mandamentos! Isso passa despercebido, porque a treva sabe trabalhar muito bem. Joga areia nos olhos de muita gente desavisada: o único dia de que Deus faz questão é o sábado. Isso foi por acaso? E, por acaso, entraria nos Mandamentos, na Tábua das Leis – São os Dez Mandamentos? Isto é muito importante!
Meus amigos, se devesse chamar-se dia do senhor por se ter realizado no domingo a ressurreição de Jesus, a Inspiração nos teria, sem dúvida, informado disso. Mas há outros acontecimentos igualmente essenciais ao plano da salvação, como, por exemplo, a crucificação, a ascensão aos céus. E, na ausência de qualquer instrução sobre este ponto, por que não chamaremos ao dia, em que qualquer deles ocorreu, o dia do senhor? E com tanta razão como ao dia em que Ele ressuscitou dentre os mortos.
Aí temos que dizer francamente que Deus é maior do que Jesus. Ou será que o próprio Jesus não ensinou assim: que o Pai é maior do que Ele? Por que esta confusão dos que querem fazer de Jesus o próprio Pai, quando Jesus é o Filho Unigênito?! Isto é muito importante! Está radicado, vinculado ao Sábado, nós vamos chegar lá.
IV – Postas de lado as três posições já examinadas, reclama agora a nossa atenção a quarta – que identifica o dia do senhor com o sábado do senhor e que é suscetível da mais clara e definitiva prova:
1 - quando Deus, no princípio, deu ao homem seis dias na semana para trabalhar, expressamente reservou para Si o sétimo dia, colocou sobre ele a Sua Benção e o reclamou como Seu Santo Dia. Ou será que Deus é volúvel e hoje diz uma coisa, amanhã diz outra? Não tem saída!
2 – Moisés disse a Israel, no deserto, no sexto dia da semana: “Amanhã é repouso, é o Santo Sábado do Senhor”. Chegamos ao Sinai onde o grande Legislador hebreu proclamou os Seus preceitos morais com terrível solenidade. E nesse supremo código assim reclama o Seu Santo Dia: “O sétimo dia é o Sábado do Senhor teu Deus... porque em seis dias fez o Senhor o céu, a terra, o mar, e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou: portanto, abençoou o Senhor o dia do sábado e o santificou”. Pelo profeta Isaías, cerca de oitocentos anos mais tarde, falou Deus nos seguintes termos: “Se desviares o teu pé do sábado e de fazeres a tua vontade no meu Santo Dia... então te alegrarás no Senhor, te deleitarás no Senhor” (está no Livro de Isaías, capítulo 58, versículo 13, para quem quiser verificar). E Isaías foi praticamente o quinto evangelista. Profeta extraordinário! Previu tudo o que aconteceria com Jesus, e aconteceu.
Chegamos aos tempos do Novo Testamento, e Aquele que é UM COM O PAI – pois Ele disse: Eu e o Pai somos um – declara expressamente: O FILHO DO HOMEM É SENHOR DO SÁBADO. Pode alguém negar que o dia de que Ele enfaticamente declarou que era Senhor, seja de fato o dia do senhor? Vemos assim que – quer esse título se refira ao Pai ou ao Filho – nenhum outro dia pode ser chamado dia do senhor, senão o Sábado. Mais um pensamento, prestem atenção!

Deixamos aqui este ponto para novas considerações: Nesta dispensação há um dia distinto acima dos outros dias da semana como sendo o dia do senhor. Este fato desaprova a pretensão de alguns que afirmam não haver Sábado nesta dispensação, mas que todos os dias são iguais. Denominam-no – o dia do senhor. Podemos acrescentar um pensamento adicional ao que foi dito acerca da pretensão de que o dia do senhor, no versículo 10, se refere ao primeiro dia da semana. Se, em vez de o Cristo dizer: “O Filho do Homem até do Sábado é Senhor”, como está no Evangelho segundo São Mateus, capítulo 12, versículo 8, se Ele tivesse dito: O Filho do Homem até do primeiro dia da semana é Senhor, não seria isto hoje apresentado como prova conclusiva de que o primeiro dia da semana é o dia do senhor? Eis aí, e naturalmente com boa razão. Então deve concordar-se que tem o mesmo peso para o sétimo dia, em relação ao qual foram pronunciadas estas palavras: O Senhor é, também, o Senhor do sábado! Até do sábado o Filho do Homem é Senhor!
Meus amigos, meus Irmãos, pode parecer assim extemporâneo tratar da questão do Sábado quando ela parece liquidada; há dois mil anos liquidada – muita gente fala. Mas não está, não! Muita coisa que parece verdadeira está errada e, também, dura 2.000 anos, talvez mais. Ou será que nós podemos mudar os pensamentos de Deus? Evidentemente, não! De modo que guardem bem estas palavras sobre o Sábado, porque depois vão compreender por quê. Hoje, foi assim “en passant”, foi de raspão. Por quê? Porque João, o Evangelista, de passagem diz: No dia do senhor eu tive esta visão assim, assim, na Ilha de Patmos, no dia do senhor.

Mas vamos seguindo, no versículo 11 até ao 18:

11 – [uma voz] que dizia: O que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiátira, Sardo, Filadélfia e Laodicéia. 12 – Então virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro; 13 – E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do Homem, vestido até aos pés com uma veste talar (isto é, uma veste comprida), e cingido pelos peitos com um cinto de ouro. 14 – Sua cabeça e seus cabelos eram brancos como a lã branca, como a neve. Seus olhos eram como a chama de fogo; 15 – E os seus pés semelhantes ao latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha. Sua voz era como a voz de muitas águas. 16 – E Ele tinha na sua destra sete estrelas; da sua boca saía uma aguda espada de dois fios. Seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece. 17 – E eu, quando o vi, caí a seus pés como morto. Então Ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último; 18 – aquele que vive. Eu fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre, e tenho as chaves da morte e as chaves do inferno.

Virei-me para ver quem falava
Isto é, a pessoa de quem vinha a voz.

Sete castiçais de ouro
Que significam? Estes não podem ser o antítipo do castiçal de ouro do antigo serviço típico do Templo. Por que? Porque esse era apenas um castiçal com sete braços. Fala-se sempre dele no singular. Mas aqui não, são apresentados sete. E estes são, com mais propriedade, suportes de lâmpadas do que simplesmente castiçais. Suportes sobre os quais são postas lâmpadas para iluminarem o quarto. E não têm semelhança com o antigo castiçal. Pelo contrário: os suportes são tão distintos, tão separados uns dos outros, que se vê o Filho do Homem – isto é, Jesus, o Deus feito Homem – a andar pelo meio deles.

Filho do homem
Já que tocamos neste ponto: a figura central e absorvente da cena agora patenteada a João é a majestosa forma de alguém semelhante ao Filho do Homem, representando o Cristo. A descrição feita d’Ele aqui, com as Suas ondulantes vestes, com o Seu cabelo branco, não pela idade mas pelo brilho da glória celestial, Seus olhos irradiando fogo, Seus pés fulgurantes como metal reluzente, Sua voz como o som de muitas águas (é o que está aqui no texto) é de uma grandiosidade e de uma sublimidade realmente inexcedíveis. Que espetáculo extraordinário! Eis aqui uma coisa que a televisão jamais poderia fazer. Mas vocês com a imaginação compõem esse quadro belíssimo. Subjugado pela presença desta Augusta Entidade, deste Ser incomparável, que aconteceu? João caiu a Seus pés como morto. Mas, confortadora mão coloca-se sobre ele e uma voz de doce conforto lhe diz que não tema. Também os cristãos têm hoje o privilégio de sentir essa mão sobre eles, fortalecendo-os, confortando-os em horas de provas e aflições. Cada cristão, inclusive eu nas minhas provas terríveis, ouço a mesma voz a me dizer: NÃO TEMAS.
A gente às vezes esquece que Deus está vendo estas coisas. Mas, a mais alegre certeza, em todas estas palavras de conforto, é a declaração da grande Entidade, do Ser extraordinário que vive para todo o sempre, e que é o árbitro da morte e da sepultura, porque Ele diz: Eu tenho as chaves da morte e do hades, isto é, da sepultura, no grego original.

A morte é um tirano vencido.
Ela pode aplicar-se à sua macabra tarefa de amontoar nos sepulcros, através dos séculos, as preciosidades da Terra. Pode envaidecer-se durante certo tempo com seu triunfo aparente. Mas, na verdade, realiza um trabalho infrutífero; porque a chave da sua escura prisão foi arrebatada das suas garras e está, agora, segura nas mãos de Alguém mais poderoso que a morte. Ela é obrigada a depositar os seus troféus num terreno onde outro tem absoluto domínio. E este é o imutável Amigo, este é o AMIGO ÚNICO, de todas as horas, principalmente as más, das horas ruins, das horas tristes da solidão e do abandono. Este é o REDENTOR daqueles que O amam. Vós, portanto, não vos entristeçais. E, também, não choreis os justos que partiram antes de vós. Eles estão num porto seguro. Durante um pouco de tempo o inimigo o retém. Mas um AMIGO DE FORÇA MAIOR possui a chave da prisão; esse AMIGO é Jesus que venceu a morte! E cada um de nós também vai vencer a morte com o poder de Jesus.

Finalmente o versículo 19:

19 – Escreve as coisas que tens visto, e as que são e as que, depois destas, hão de acontecer.

Neste versículo é dado a João, o Evangelista, na ilha de Patmos, desterrado por causa do seu testemunho da Palavra de Deus, uma ordem peremptória para escrever toda a Revelação – que se referia principalmente a acontecimentos que estavam no futuro, portanto, até ao fim do ciclo, deste ciclo em que nós estamos. Nalguns casos raríssimos, haveria referências a acontecimentos então passados ou presentes. Mas, estas referências tinham apenas o fim de preparar o caminho para acontecimentos que deviam realizar-se depois daquele tempo, de modo que nenhum elo pudesse faltar na corrente.

Agora vamos entrar mesmo no significado importantíssimo: as mensagens às sete igrejas. E vocês vão ver quanta coisa preciosa está oculta, até hoje, aos olhos dos que não tem olhos de ver. E, entretanto, pregam o Evangelho sem saber Apocalipse. Não! Hoje, quem não sabe Apocalipse já não sabe Evangelho. Este é o outro Evangelho. É o reverso. Temos que unir o verso e o reverso, porque ambos são inseparáveis.
Sim, meus amigos e meus Irmãos, aguardem atentamente o significado destas mensagens às Sete Igrejas, que na verdade são mensagens a todos os cristãos da Humanidade.

Que a PAZ de DEUS esteja com todos, agora e sempre!
Glória a DEUS nas alturas,

PAZ na terra aos homens e mulheres da BOA VONTADE DE DEUS!