segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O NASCIMENTO DE JESUS // A OBRA DO ESPÍRITO SANTO

O NASCIMENTO DE JESUS


P – Ao contrário do que pensávamos, sentimos hoje que é fácil realizar a Cruzada do Novo Mandamento em nossas casas. Devemos esta feliz descoberta à Legião da Boa Vontade. Como o CEU interpreta os versículos 18 a 25, Capitulo Primeiro, do Evangelho de Jesus segundo Mateus?

R – Vejamos:

18 – O nascimento de Jesus se deu assim: quando Maria, sua mãe, desposou José, verificou-se que ela concebera, pelo Espírito Santo, antes que houvesse coabitado. 19 – José, seu marido, sendo justo e não querendo expô-la à desonra, resolveu manda-la embora secretamente. 20 – Mas, quando pensava nisso, um Anjo do Senhor lhe apareceu em sonho, dizendo: “José, filho de David, não temas receber Maria por tua esposa, porquanto o que nela se gerou foi formado pelo espírito Santo. 21 – Ela terá um filho e lhes dará o nome de Jesus, porque Ele próprio libertará seu povo dos pecados. 22 – Tudo aconteceu para cumprimento do que o Senhor disse pelo profeta: 23 – “Uma virgem conceberá e dará à luz um filho, a quem será dado o nome de Emmanuel, que quer dizer DEUS CONOSO”. 24 – José, então, despertando, fez o que o Anjo do Senhor lhe ordenara e aceitou Maria por esposa. 25 – E, sem que tivessem união carnal, ela deu à luz seu filho e lhe pôs o nome de Jesus.

José não se recordava da sua origem, como Jesus, e não tinha consciência do seu destino: sofria os efeitos da encarnação humana. Assim, reencarnado, estava submetido às leis e aos preconceitos da humanidade, apesar da superioridade do seu Espírito. Era homem justo, mas homem. Eis porque, sob a influência dessas leis e desses preconceitos, resolvera a princípio abandonar Maria, secretamente. A revelação que lhe fez em sonho o Anjo, ou Espírito, tinha por fim retirar, em parte, o véu que lhe cobria a inteligência. Alma pura, José compreendeu a santidade da sua missão. Emissário também para cooperar na obra do Cristo, aceitou com alegria, tal como devia ser, a tutela humana que o Senhor lhe confiava. Não estranheis que o Evangelista haja espalhado, pelas multidões, a atitude secreta de José e a revelação que o levou a revoga-la. Cumpria que todos compreendessem na época determinada pela Boa Vontade do Senhor, que JESUS NÃO ERA FRUTO DA CONCEPÇÃO HUMANA. E as palavras do Anjo – “o que nela se gerou foi formado pelo Espírito Santo” – servindo para aquela época segundo a letra, salvaguardavam o futuro, no qual teriam de ser, segundo o espírito, a base da Terceira Revelação. Quanto à aparição do Anjo, em sonho, a José – da qual a ignorância humana, em seus mais culposos desvios, tem abusado tantas vezes, para fazer abomináveis gracejos, insultuosos ao que há de mais sagrado para o homem: o seu Deus – essa aparição vós a compreendeis muito bem. Aquele que ainda não percebeu a Luz de que é portadora a Revelação dos Espíritos, deve inclinar-se e calar em vez de repelir o que não sabe explicar. Durante o sono, o Espírito se desprende da matéria, para poder reunir-se, no espaço, aos amigos que o cercam. Quando o desprendimento é completo, o Espírito se eleva e, desde que seja de certa grandeza, se associa às falanges felizes, sem deixar, todavia, a zona do planeta. Se o desprendimento não é completo, os Espíritos simpáticos descem e se aproximam dele. Qualquer que seja a condição moral em que vos encontreis, essas relações se estabelecem, mas geralmente com Espíritos que guardam paridade com os vossos. Por vezes, contudo, Espíritos mais elevados vêm até vós, para vos instruir durante esses momentos de liberdade, para vos mostrar os obstáculos que tereis de vencer. Toda comunicação obtida durante o sono deve ser classificada entre os sonhos, com a diferença, porém, de que os sonhos ordinários provém geralmente de recordações, ou da luta da matéria com o Espírito, ao passo que os sonhos da natureza daquele de José são revelações. Não imagineis, entretanto, que, partindo desse princípio, vos seja dado achar a significação de todos os vossos sonhos. Seria o mesmo que procurar o sentido racional das balbúcies de uma criança. Diante do fato, no que diz respeito à revelação que o Anjo fez a José, houve COMUNICAÇÃO DE ESPÍRITO A ESPÍRITO. Da mesma forma que conservais, muitas vezes, a lembrança dos vossos sonhos, ainda os mais insignificantes e ridículos, não sendo completo o desprendimento, também José, ao despertar, se lembrou do sonho que tivera. Quando o desprendimento foi completo, a lembrança só se verifica em casos excepcionais. Nesses casos, por ocasião do despertar, há uma ação espiritual que, mediante a inspiração, renova a impressão recebida, a lembrança. Muitas das vossas recordações humanas, igualmente, são fruto de uma ação dessa natureza, que vos recorda fatos passados, a fim de que sirvam ao vosso futuro.



OBRA DO ESPÍRITO SANTO – I


P – Diante das explicações do CEU da LBV, hoje podemos compreender perfeitamente a sua máxima: Religião é a Política cientificamente praticada. Sim, entendemos que é no campo espiritual que se encontra solução para todo e qualquer problema, do Brasil e da Humanidade. Como explicar, agora, a concepção, a gravidez e o parto de Maria por OBRA DO ESPÍRITO SANTO?

R – Eis os versículos 1 a 7, Capitulo Segundo, do Evangelho de Jesus segundo Lucas:

1 – Sucedeu que, por aqueles dias, se publicou um decreto de César Augusto, para o recenseamento dos habitantes de todo o mundo. 2 – Esse recenseamento foi feito por Quirino, governador da Síria. 3 – Todos iam fazer suas declarações, cada um na sua cidade. 4 – José partiu da cidade de Nazaré, que fica na Galiléia, e foi à Judéia, à cidade de David, chamada Belém, por isso que ele era da casa e da família de David, 5 – a fim de se fazer registrar com Maria, sua esposa, que estava grávida. 6 – Enquanto ali se achava, sucedeu completarem-se os dias em que devia dar à luz; 7 – e Maria deu à luz o seu filho primogênito, e o enfaixou, e o deitou numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria.

Para todos, já o dissemos e repetimos, Maria tinha de ser a mãe de Jesus. Para todos, sua gravidez era visível. Decorrido o tempo que esta devia durar, igual ao de qualquer gravidez, o simples fato da presença do menino nos braços de Maria bastou para causar a crença no parto. Para todos, portanto, houve “parto” e “nascimento”. Eis por que, durante todo o tempo da sua missão terrena, Jesus foi considerado – pelos homens, pelos Apóstolos, pelos discípulos, pelas multidões que o seguiam – como fruto da concepção humana, por obra de Maria e de José. Mais tarde, depois de finda aquela obra, isto é, depois da “ascensão”, amadureceram os frutos da revelação conservada secreta. Ela se tornou conhecida do povo. Em conseqüência da anunciação feita a Maria e da advertência recebida por José, Jesus passou a ser considerado um homem nascido de ventre de mulher e, ao mesmo tempo, um Deus encarnado, porque formado miraculosamente no seio de uma virgem pelo Espírito Santo. Dessa crença vulgar, relativa à “concepção” e ao “nascimento” de Jesus, à “gravidez” e ao “parto” de Maria, crença que se originou de uma revelação apropriada às necessidades e às exigências da época – preparo da vossa humanidade para a compreensão da vida espiritual – dessa crença partilharam os Evangelistas, os Apóstolos e os discípulos, como o povo em geral. ERA NECESSÁRIO QUE ASSIM FOSSE, porque – se eles tivessem conhecido a origem espiritual de Jesus – teriam sido impostores, representando essa origem como carnal nas condições da vossa humanidade, e, ao mesmo tempo, como fruto de uma encarnação divina. Os Evangelistas, bem como os Apóstolos e os discípulos, eram simples de coração; eram na condição de reencarnados, criancinhas pela humanidade e pela inteligência. Aceitaram a revelação recebida por Maria e por José, considerando-a emanada de Deus e feita por um de seus Anjos. Instrumentos do Senhor, eles transmitiram essa revelação e os fatos. Médiuns historiadores, cada um desempenhou sua tarefa dentro do quadro que lhes traçaram a influência e a inspiração espirituais. Já o dissemos e agora o repetimos: convinha que fosse assim, porque os homens precisavam de um exemplo frisante. Por perto de vinte séculos, a matéria idealizada vos preparou com auxílio do tempo e das reencarnações sucessivas, mediante as quais se efetuaram a expiação, a reparação e o progresso, para a compreensão da vida espiritual e vos conduziu à era nova do Espírito da Verdade, cujo o advento foi preparado, lenta e laboriosamente, desde que o Mestre esteve pessoalmente entre vós. E os tempos chegaram.



OBRA DO ESPÍRITO SANTO – II


P – Deixou-nos impressionados a franqueza do Espírito da Verdade, ao afirmar que até os Evangelistas, os Apóstolos e os discípulos ignoravam a verdadeira origem espiritual de Jesus! De fato, a letra mata, só o Espírito vivifica. Tudo será aclarado agora?

R – Sim. A letra produziu seus frutos: não consegue mais satisfazer ao estado e ao progresso das vossas inteligências, às reais necessidades da época atual. Pois que agora mata, ela tem de ceder seu lugar ao espírito renovador e revitalizante. Chegaram os tempos de ensinar, de acordo com a Ciência e a Verdade, iniciando a todos nos segredos da Natureza, o que foram – como obra do Espírito Santo – a gravidez e o parto de Maria. Esta obra, qualificada de “sobrenatural”, “milagrosa”, “divina”, foi, com a permissão de Deus e de acordo com as leis naturais e imutáveis por ele promulgadas de toda a eternidade, o resultado de um ato espiritual e de uma ação magnética, executados com o auxílio e por meio de fluidos apropriados. O magnetismo é o agente universal que tudo aciona: TUDO ESTÁ SUBMETIDO À INFLUÊNCIA MAGNÉTICA. A atração existe em todos os reinos da Natureza. Não é por efeito da atração magnética que o macho se aproxima da fêmea, nas diferentes partes da Terra, ainda mesmo nas mais desertas e quando, não raro, os dois se encontram a grande distância um da outra? Não é a atração magnética que leva de uma flor a outra o princípio fecundante? Que nas entranhas da Terra, une as substâncias próprias para a formação dos minerais que ela encerra? Que atua sobre as águas, dirigindo-as para as terras áridas, necessitadas de fecundação? TUDO É ATRAÇÃO MAGNÉTICA NO UNIVERSO. Esta é a grande lei que rege as coisas. Quando o homem tiver os olhos bem abertos para aprender toda a extensão dessa lei, o mundo estará sob o seu domínio, visto que ele poderá dirigir a ação material dessa força. Mas para chegar lá, lhe será necessário um estudo longo e aprofundado das causas, e sobretudo muito respeito e amor ao Todo-Poderoso, que lhe confiou tão grande meio de ação. Quando, sob os auspícios desse respeito e desse amor, ele, todo humildade e desinteresse, houver conquistado pelo estudo e pelo trabalho o conhecimento de todos os fluidos, das suas naturezas diversas, de suas propriedades e efeitos, das diferentes combinações e transformações por que podem passar, POSSUIRÁ O SEGREDO DA VIDA UNIVERSAL E DA FORMAÇÃO DE TODOS OS SERES EM TODOS OS REINOS, sob a ação magnética e espiritual, pela vontade de Deus e segundo LEIS NATURAIS E IMUTÁVEIS. Os fluidos magnéticos ligam todos os mundos entre si no Universo, como todos os Espíritos, encarnados ou não. Eis o laço universal com que Deus nos ligou a todos para formarmos UM ÚNICO SER, conjugando-nos as forças para NOS INTEGRARMOS NELE. Pois os fluidos se reúnem pela ação magnética; tudo é magnetismo na Natureza; tudo é atração produzida por esse agente universal. No vosso planeta, além do magnetismo mineral, vegetal e animal, existem ainda o magnetismo humano e o magnetismo espiritual. O magnetismo humano consiste na concentração, por efeito da vontade do homem, dos fluidos existentes nele e na atmosfera que o cerca, e mediante os quais, a certa distância, ele atua sobre outros homens ou sobre as coisas. O magnetismo espiritual resulta da concentração da vontade dos Espíritos, concentração por meio da qual estes reúnem à volta de si os fluidos, quaisquer que sejam, encerrados no ser humano ou disseminados no espaço, e o dispõe de modo a exercerem ação sobre o homem ou sobre as coisas, produzindo os efeitos por ele desejados. A gravidez de Maria foi obra do Espírito Santo porque foi OBRA DOS ESPÍRITOS DO SENHOR e, como tal, aparente e fluídica, de modo a fazer crer numa gravidez real. Houve, aí, efeito de magnetismo espiritual. Sabeis qual a ação dos fluidos espirituais sobre o homem. Podeis avalia-la pelo poder dos fluidos humanos bem dirigidos. Os Espíritos prepostos à preparação do aparecimento do Cristo na Terra reuniram, em torno de Maria, fluidos apropriados que lhe operaram a distensão do abdômen e o intumesceram. Ainda pela ação dos fluidos empregados, o mênstruo parou durante o tempo preciso de uma gestação, contribuindo este fato para a aparência da gravidez, pela intumescência e pelos incômodos ocasionados. Maria, sob a inspiração do seu Guia Superior, e diante desses resultados, que eram para ela o cumprimento da anunciação do Anjo, acreditou na realidade do seu estado. Nessa crença nada há de surpreendente: aos hospícios se têm recolhido não poucas vítimas da vossa ciência, as quais se acreditavam prestes a dar à luz, QUANDO NÃO PASSAVAM DE JOGUETES DAS ILUSÕES PROVOCADAS POR OBSESSORES. Em tais casos não havia nenhuma aparência de gravidez aos olhos dos homens; entretanto, os obsessores as faziam experimentar todos os sintomas da gravidez e do parto. Assim, só aparência de gestação houve em Maria; a gravidez foi apenas aparente, senão a intumescência do ventre produzida por ação fluídica, efeito do magnetismo espiritual. Seu parto foi, igualmente, obra do Espírito Santo, porque foi obra dos Espíritos do Senhor, e só se deu na aparência, tal como a gravidez, por isso que resultava desta, que fora também aparente. Tanto quanto da gravidez magnética, Maria teve a ilusão, do parto, na medida do que era necessário, a fim de que acreditasse, COMO DEVIA ACONTECER, num nascimento real.



OBRA DO ESPÍRITO SANTO – III


P – Impressionante a explicação do Espírito da Verdade sobre a concepção, a gravidez e o parto da Virgem Maria! Poderia o CEU da LBV explicar o que sucedeu depois?

R – Passado o tempo normal da gravidez, houve efeito de magnetismo espiritual: os Espíritos prepostos à preparação do advento do Cristo colocaram Maria sob a influência magnética, e ela teve a impressão completa do parto e da maternidade. Deveis compreender essa influência recordando a ação e os efeitos que, por meio do magnetismo humano, o magnetizador exerce e produz sobre o magnetizando, assim como a ação e os efeitos que, mediante o magnetismo espiritual, os Espíritos exercem e produzem sobre o homem. O magnetizador pode, como sabeis, pela ação da sua vontade e com o auxílio dos fluidos humanos bem dirigidos, levar o paciente, em estado de sonambulismo, a experimentar todas as sensações e impressões, a ver e acreditar em tudo quanto ele queira que o mesmo paciente veja e acredite, ao ponto de conseguir que este se impressione com a ficção, como se fora uma realidade. Pode ainda produzir no paciente todas as aparências de um sofrimento qualquer, faze-lo mesmo passar por este sofrimento e, por fim, livra-lo dele. Se estudardes o magnetismo humano por todas as suas faces, notareis que alguns pacientes, cujo desprendimento se opera com grande facilidade, falam e procedem exatamente como se não estivessem mergulhados em sono magnético, não apresentando nenhum traço ou sintoma por onde o observador possa reconhecer esse estado. É que a ação magnética se exerce sobre o Espírito, deixando ao corpo a sua liberdade. São indivíduos que gozam do desenvolvimento de faculdades extra-humanas, isto é, indivíduos excepcionais, que gozam não só (como todo Espírito desprendido da matéria) de faculdades extra-humanas, mas também de faculdades superiores às que observais nos homens mais lúcidos e que são capazes, em certos casos, de resolver problemas em que o Espírito encarcerado na carne não ousaria nem poderia abordar. Há questões que o homem não se atreve a propor à ciência, não por humildade nem por uma cautelosa apreciação de suas forças, mas sim por considerar a ciência incapaz de responder a todas elas. Raros são ainda, tais indivíduos. Mas hão de se multiplicar, mediante o emprego dessa força que vos está confiada. Servirão imensamente ao progresso das ciências e das artes do vosso planeta. São instrumentos mais perfeitos do que os outros, mas – por isso mesmo – mais fáceis de se quebrarem, isto é, são pessoas cujas faculdades mediúnicas, mal dirigidas, se estragariam rapidamente. Tal a razão porque não vos aparecem em grande número. Preciso é que, em matéria de magnetismo, ganheis mais experiência. Sabeis, também, que o esquecimento ao despertar é, em principio, efeito do sonambulismo. Todavia, excepcionalmente, pode o magnetizador – pela ação de sua vontade e dando ordens nesse sentido – conseguir que, uma vez despertado, o sonâmbulo guarde lembrança do que tenha ocorrido no estado sonambúlico e da qual ele queira que o mesmo sonâmbulo se recorde do seu estado comum. Tudo quanto, pela ação do magnetismo humano, o magnetismo pode fazer com outro individuo, igualmente o podem pela ação do magnetismo espiritual, os bons Espíritos. Estes atuam com maior discernimento e mais ciência do que o homem sobre o homem, e nas condições necessárias à obtenção dos efeitos que queiram produzir, dos resultados que desejam alcançar. Podem fazer que o paciente sinta pancadas, ou dores, que aparecem ou desaparecem à vontade dos operadores invisíveis. Também sabeis, por numerosos fatos observados em todos os tempos e agora mesmo, como são sentidas essas pancadas, essas dores. Lembrai-vos: tudo está sujeito à influência magnética.



OBRA DO ESPÍRITO SANTO – IV


P – A explicação do Evangelho de Jesus, em Espírito e Verdade, sempre à luz do Novo Mandamento, nos reintegra na realidade eterna do Cristo de Deus. Poderia o Espírito da Verdade continuar suas lições sobre o magnetismo?

R – Sim. Precisamos explicar-vos, ainda, a ação do magnetismo sobre o Espírito do magnetizando. O que a este respeito vamos dizer se aplica tanto ao magnetismo humano quanto ao magnetismo espiritual; só que a ação deste é mais pura em suas causas e em seus efeitos. Entretanto, são os mesmos resultados de um e outro: o desprendimento do Espírito encarnado se produz em condições mais ou menos boas, conforme seja mais ou menos elevado o magnetizador, humano ou espiritual. Haveis de compreender que o magnetismo não pode causar ilusão ao Espírito, porque concorre para o seu desprendimento. Uma vez desprendido o Espírito, por esse meio, dos entraves da carne, a conseqüência é que se torna cúmplice voluntário de quem sobre ele atua, quer a ação magnética emane de um Espírito livre, que de um que esteja reencarnado. A lembrança que o paciente, depois de acordar, guarde do que ocorreu durante o sono magnético, resulta da cooperação do mesmo paciente, o qual – seja por simpatia, seja por fraqueza, seja por subordinação, conforme às relações existentes entre ele e o magnetizador (humano ou espiritual) – consente em obedecer ao que se lhe impõe ou propõe. Assim, ele se recordará das palavras ou atos cuja lembrança tenha, durante o sono, assentido em guardar, sob a influência das sensações e impressões recebidas pela matéria, que conserva a marca do compromisso, assumido pelo paciente, de se lembrar dos atos como se fossem realmente praticados. O Espírito, iludido pela carne, ao despertar considera reais aqueles atos. Se o Espírito do magnetizador e o do magnetizando são simpáticos, a lembrança é devida ao bom entendimento existente entre ambos. Se o Espírito do magnetizando é mais fraco do que o do magnetizador, e este lhe impõe uma vontade arbitrária, o Espírito desprendido cede algumas vezes. Se o Espírito do magnetizando é inferior ao do magnetizador, o primeiro, por deferência, levado pelo respeito, obedece. Maria tinha de crer num parto real e lembrar-se dos fatos que lhe cumpria atestar, como se tivessem ocorrido. Os Espíritos prepostos à preparação do aparecimento do Cristo na Terra, colocando Maria sob a influência do magnetismo espiritual, puseram-na em estado de sonâmbulo que vê e acredita, sente e experimenta, o que se quer que ela veja e acredite, sinta e experimente. Nesse estado, a Virgem se achou em condições idênticas as dos indivíduos, ainda raros entre vós, de que há pouco falávamos. Quando ela ainda se encontrava sob aquela influência, os Espíritos prepostos – que, para produzirem a gravidez aparente e fluídica, haviam atraídos os fluidos apropriados – os dispersaram: deste modo, cessando as causas, os efeitos deixaram de existir. Pela dispersão daqueles fluidos, a menstruação retomou o seu curso normal e Maria se achou nas condições exigidas em tais casos para poder, no prazo estabelecido, preencher as formalidades prescritas na Lei de Moisés para a purificação. A fim de dar à Virgem – sempre sob a influência magneto-espiritual – a ilusão do parto e da maternidade, os Espíritos prepostos pela ação fluídica, fizeram-na experimentar efeitos semelhantes às contrações naturais em um parto qualquer. E essas impressões recebidas pela matéria a dispuseram a tomar, por simpatia com os Espíritos elevados que sobre ela atuavam, isto é, por acordo com eles, o compromisso de se lembrar materialmente de fatos que precisavam ser atestados, submetendo-se ao que lhe era proposto em nome do Senhor. No momento em que Jesus apareceu, exatamente como por efeito de um nascimento real, sob o aspecto de uma criancinha, cessou toda a influência magneto-espiritual. E Maria, iludida pela carne, sob a influência das impressões recebidas pela matéria, que conservara o sinal do compromisso que seu Espírito assumira, tomou nos braços o menino, como se o parto fora comum, crente assim de que ele era fruto de suas entranhas, por obra do Espírito Santo. Maria era quase uma criança, pouco experiente das coisas humanas, tendo sempre vivido em contemplação e adoração. Tomou o menino e rendeu graças a Deus. A gravidez e o parto não tiveram, da sua marcha natural, senão a aparência. Se fosse necessário dar também aos homens a ilusão desses fatos, fácil teria sido aos Espíritos prepostos fazer com que, pelas dores da carne em elaboração, Maria experimentasse todos os incidentes e sintomas de cada uma das fases da maternidade, de modo a lhes imprimir, aos olhos humanos, todos os caracteres aparentes da realidade, segundo as leis da encarnação no vosso planeta. Sabeis como os Espíritos, que vos cercam, podem manipular os fluidos ambientes. Por isso, a gravidez teve, aos olhos dos homens, a aparência da realidade. O mesmo se deu com referência ao parto: cercando Maria dos fluidos necessários a produzir a ilusão, esses fluidos, pelas combinações que sofreram sob a ação espiritual, imprimiram aos olhos humanos todos os caracteres da realidade às fases do parto, de modo que este, para os que assistissem a Virgem, revestiria a aparência do fato real.



OBRA DO ESPÍRITO SANTO – V


P – O conhecimento da Lei dos Fluidos abre novos horizontes para os estudiosos da verdadeira Doutrina Cristã. Como o CEU da LBV analisa as conseqüências do “parto” de Maria?

R – Os Espíritos que vos cercam, chegados a um certo grau de adiantamento atuam – pelo poder da provia vontade – sobre os fluidos ambientes, atraem os que são necessários e, combinando-os, traçam, para os olhos carnais do homem, os quadros que ele precisa ver. Entretanto, tais meios só são empregados em casos excepcionais, da maior seriedade. Assim, não pense o homem estar sempre submetido a essas “alucinações espirituais”. Mas, todas as vezes que, para um fim útil à Humanidade, seja preciso recorrer a esses meios, eles são empregados. Não vos equivoqueis, porém, a respeito do sentido desta expressão “alucinações espirituais”: trata-se de efeitos espirituais representando, para olhos humanos, uma coisa qualquer que não exista realmente, nem do ponto de vista material, nem do ponto de vista espiritual, e que não passa de ilusão produzida, sob a ação dos Espíritos, por uma SIMPLES COMBINAÇÃO DOS FLUÍDOS. O fenômeno, que mais tarde explicaremos, chamado a manipulação dos pães e dos peixes, simples resultado de uma ação espiritual, obtida por mera combinação dos fluidos apropriados e necessários a tais efeitos, é de molde a vos fazer compreender como seria igualmente fácil produzir, para aqueles que porventura assistissem Maria, a ilusão perfeita do parto, dando-lhe as características da realidade. É pelo mesmo princípio e pelo emprego das mesmas causas que os Espíritos culpados defrontam, na erraticidade, as vítimas que fizeram e as faltas que cometeram e vêem desenrolar-se o panorama sangrento do passado ou o cenário das dores que os esperam no futuro. Os fluidos empregados pelos Espíritos prepostos a essa missão apresentam aos olhos do culpado – ou quadros animados, de uma ilusão perfeita, ou a aparência de objetos sob a mais completa ilusão da realidade. Fácil teria sido, portanto, produzir nos homens, naqueles que porventura a assistissem, a ilusão do parto de Maria. Mas, a isso se opunha o misterioso prestigio de que devia cercar-se o “nascimento” de Jesus. No momento a Virgem estava só. Fácil era dar a ilusão àquele Espírito cuja existência material apenas começava, tanto mais quando – embora o desenvolvimento da mulher em tais paragens seja mais precoce do que sob o vosso clima – a vida contemplativa de Maria a conservara ao abrigo de todas as aspirações e sensações materiais. Sendo ela, portanto, ignorante das leis da matéria, seria inútil levar mais longe essa ilusão. Notai que os acontecimentos se encadearam de tal sorte que Maria se viu isenta de quais quer socorros humanos, sendo o rebanho encurralado no estábulo sua companhia única naquele momento em que, estando sozinha, ela tivesse de acreditar num parto real; em que sob a influencia magneto-espiritual, os fatos ocorreram para efetivar a ilusão sobre esse ponto; em que, finalmente, se verificou o aparecimento de Jesus sob o aspecto de uma criancinha. Notai que NENHUM HISTORIADOR DE JESUS FALA DO TRABALHO DO PARTO DE MARIA, NEM DAS CONSEQÜÊNCIAS QUE PUDESSEM OCASIONAR. Os “espíritos fortes” farão sentir que, sendo a Judéia um país quente, as mulheres eram morenas e vigorosas, e que assim as condições mórbidas, do ponte de vista das conseqüências do parto, deviam ser quase nulas”. Efetivamente, em certas atitudes, a mulher se encontra senão livre, ao menos aliviada de uma parte de seus sofrimentos. Mas Jerusalém, Nazaré e Belém de Judá não se acham em condições idênticas às das margens do Ganges, tão citadas em casos semelhantes. Ela, portanto, deveria ter estado “doente”, como qualquer outra mulher, durante certo tempo. NINGUÉM DISSE UMA SÓ PALAVRA A TAL RESPEITO. Ao contrário, logo na manhã seguinte, recebeu os pastores (aos quais o Anjo, ou Espírito, se manifestara) e lhes apresentou o menino. Ela era, já o dissemos, um Espírito muito puro, tendo por missão prestar-se a obra que se havia de realizar, e não procurava, como vós o fazeis, compreender o mecanismo dos atos ocultos. Observai: avisada pelo Anjo de que teria, aos olhos humanos um filho de essência diversa da sua, diversa da essência humana do vosso planeta, obedece e desempenha com fé, submissão e amor, A TEREFA QUE ACEITARA. Avisada pelo Anjo, ou Espírito, de que não seria mais que um instrumento, recebe como obra do Espírito Santo e sem inquirir da natureza da solução do problema, o filho que julgou ser fruto de suas entranhas e do qual tinha de se encarregar aos olhos dos homens. Não digam aqueles, que sem cessar controvertem, que isso teria sido embuste ou fantasmagoria. Não: vossa natureza está sujeita a muitas coisas que ainda não compreendeis, mas cuja fonte única é a combinação dos fluidos de que dispomos – para vossa utilidade e vosso progresso. Jamais agimos sem propósito: cumprimos SEMPRE as vontades do Senhor. O que ocorreu era necessário ao início de uma nova era transitória, na qual a Humanidade então ia entrar, a fim de preparar o advento de nova Revelação.



OBRA DO ESPÍRITO SANTO – VI


P – Agora sabemos que só o Espírito da Verdade pode restaurar a beleza da Segunda Revelação, libertando da ignorância a pobre Humanidade. Podemos saber mais a respeito do corpo de Jesus?

R – A cada era – uma Revelação, progressiva e apropriada às necessidades dos tempos, ao estado das inteligências e aos reclamos da época. Revelação velada pela letra, quanto convenha, mas sempre vos ensinando a Verdade, gradualmente, na medida do que podeis receber e conservar, levantando, pouco a pouco, a ponta do véu que a esconde aos vossos olhos. Jesus trazia um corpo semelhante ao vosso, como bem o disseram os Apóstolos: “Seu corpo não tinha a aparência do vosso? E suas necessidades aparentes não foram as mesmas?^” Sim, Jesus teve um corpo semelhante ao vosso, mas não da mesma natureza. Seu nascimento foi obra do Espírito Santo, por isso que seu aparecimento foi preparado por uma gravidez aparente e, portanto, por um parto também aparente, obra – uma e outro - dos Espíritos do Senhor, executada como já vos explicamos. TAL APARECIMENTO SÓ JESUS O PODIA FAZER: aquela missão lhe competia, primeiro, como responsável que é pelo progresso humano, depois, por ser, entre os Espíritos elevados (sob a sua direção) consagrados à obra do progresso da Terra e da sua Humanidade, o único, pelo seu poder nas altas regiões siderais, capaz de assimilar aos do vosso planeta os fluidos superiores que servem para a formação dos corpos nos mundos fluídicos, e – desse modo – constituir o corpo misto de que usava, quase material e que, aos vossos olhos, se afigurava o corpo do homem terrestre; finalmente, por ser o ÚNICO REALMENTE CAPAZ DE MANTER UMA EXISTÊNCIA APARENTE NA TERRA. Efetivamente, Jesus, Espírito Perfeito, puro entre os mais puros de quantos, sob a sua direção, trabalham para o vosso progresso, vossa regeneração, vossa transformação física, moral e intelectual, a fim de vos conduzir à perfeição; Jesus, não sujeito a encarnar em nenhum planeta, conhecia todos os fluidos adequados a produzir o aparecimento por incorporação e a encarnação em TODOS OS MUNDOS, quer materiais, quer fluídicos; Jesus conhecia também as leis universais, naturais e imutáveis, suas aplicações e apropriações. Só Ele, portanto, tinha a ciência e o poder de construir para si mesmo, debaixo da aparência corporal humana, aquele invólucro de natureza perispirítica, apto a longa tangibilidade, destinado a lhe servir para o desempenho da sua missão entre vós. SÓ ELE TINHA O PODER DE DEIXAR ESSE CORPO E DE O RETOMAR A TODO INSTANTE, mantendo os elementos que o compunham sempre prontos a se reunirem ou dissociarem, por ato exclusivo da sua Potente Vontade. Já o dissemos e repetimos: Jesus não se revestiu de um corpo material humano como o vosso: SUA ESSÊNCIA ERA DEMASIADO PURA PARA PODER SUPORTAR O CONTATO COM A MATÉRIA, ASSIM COMO VOS É IMPOSSÍVEL SUPORTAR UM ODOR FÉTIDO. Quanto mais pesada a matéria, tanto mais constringe o Espírito. Revestido do invólucro material humano, o Espírito (seja, embora, um Espírito Superior, que o tome para desempenhar missão entre vós) é mais ou menos falível: sua vida não decorre sem que um ou outro deslize lhe empane o brilho. Entre vós ainda se encontram Espíritos em missão, suportando o peso da carne. Mas, já pela sua natureza espiritual, já pela sua posição crística, tal escravidão não podia nem devia sofrer Jesus, pois – mesmo quando visível entre os homens, segundo os períodos e necessidades da sua missão – tinha a consciência perfeita da sua origem e a certeza absoluta do futuro, COMO GOVERNADOR E PROTETOR DO VOSSO PLANETA, presidindo a vida e a harmonia universais em todos os reinos da natureza, constantemente em relação com Deus, transmitindo pelos seus mensageiros, hierarquicamente, ordens a todos os Espíritos prepostos à obra de engrandecimento da Humanidade terrena. Já o dissemos e repetimos: esse fato do aparecimento entre vós, de um Espírito por incorporação – ÚNICO ATÉ HOJE NOS ANAIS DO VOSSO MUNDO – vai-se repetir brevemente. E quando se repetir, sabereis que soou a hora da regeneração anunciada pelo Cristo e, desde longe, por nós preparada e continuada. Ouçam os que tem ouvidos de ouvir, e todos aqueles que, cheios de orgulho, mas ignorantes das Leis Divinas, naturais, universais e imutáveis, e do que se refere aos fluidos, suas propriedades, seus efeitos, suas combinações, apropriações e transformações, SEMPRE DE ACORDO COM AQUELAS LEIS, para a produção de seres por incorporação ou encarnação nos planetas, tanto materiais quanto fluídicos, que povoam a imensidade – ouçam todos os homens: não neguem o que não podem compreender nem explicar!



OBRA DO ESPÍRITO SANTO – VII


P – Agora, compreendemos porque Jesus afirmou que João era o maior dos nascidos de ventre de mulher: porque este não foi o caso do Cristo de Deus. Que diz mais a respeito, o Espírito da Verdade?

R – A gravidez de Maria foi apenas aparente e fluídica, por obra do Espírito Santo, isto é, dos Espíritos prepostos a essa obra, os quais operaram por meio do magnetismo espiritual. Sim, o “aparecimento” de Jesus, efetuado de acordo com a vontade de Deus, apropriada ao nível das inteligências daquele tempo, sob o véu de um nascimento apenas aparente, foi manifestação espiritual, tangível, IGUAL ÀS QUE SE PRODUZEM EM TODAS AS ÉPOCAS E AINDA HOJE PODEIS OBSERVAR. A única diferença a registrar entre aquela e estas manifestações, é que ali, o perispírito, muito humanizado pela ação poderosa do Mestre sobre os fluidos que vos cercam era – com todas as aparências da vida terrestre – apto a conservar uma longa tangibilidade, que existia ou cessava ao arbítrio do Cristo, conforme ao exigido pelo tempo, oportunidades e atos da sua missão entre vós. Estava reservado ao Paráclito dizer-vos tudo aquilo que a Humanidade não podia entender, quando Jesus desceu à Terra, mas que, veladamente, se encontrava nas palavras com que o Anjo fez a anunciação à Virgem Maria e, em sonho, advertiu a José. Estava-lhe reservado levantar o véu quando fossem chegados os tempos; colocar no corpo da letra (que agora mata) o Espírito (que vivifica); explicar o erro que a letra e a ignorância dos séculos haviam de engendrar (e engendraram) até aos vossos dias, enfim ensinar-vos a verdade que o progresso das inteligências já vos permite receber e guardar. É preciso repetir: Jesus não tomou um corpo material humano, formado no seio de uma virgem, com derrogação das Leis naturais, imutáveis que regulam a reprodução no vosso planeta e nos outros mundos materiais; A VONTADE DE DEUS JAMAIS DERROGA AS LEIS DA NATUREZA QUE ELE PRÓPRIO FORMULOU DESDE TODA A ETERNIDADE. Não, Jesus não tomou um corpo humano material igual aos vossos, por obra de Maria e José. Afirmar ao contrário seria inquinar de falsidade e impostura o que a ambos disse o Anjo enviado por Deus. O Paráclito vem explicar, em Espírito e Verdade, as palavras do Anjo do Senhor, mal interpretadas porque as tomaram ao pé da letra, com ignorância do sentido que devia ser dado a estas proposições: “Aquele que nela se gerou foi formado pelo Espírito Santo. – O Espírito Santo virá sobre ti, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com sua sombra”. O Paráclito vem substituir o erro pela verdade; vem ensinar aos homens que, como obra do Espírito Santo, isto é, dos Espíritos do Senhor, tudo foi espiritual, estranho a qualquer ato humano, material – regido pelas leis da encarnação no vosso planeta – quer se trate da concepção no seio de uma virgem, dando lugar a uma gravidez apenas aparente (devida a uma ação fluídica emanada daqueles Espíritos); quer se trate do parto, por sua vez também aparente, destinados uma e outro – como já o explicamos fartamente – a produzir ilusão em Maria e gerar nela crença em fatos que devia considerar reais e atestar; quer se trate, finalmente, do aparecimento de Jesus sob o aspecto de uma “criancinha” tal como teria acontecido, aos olhos dos homens, num “nascimento real”. De uma vez por todas, essa aparecimento (obras e feitos espirituais) se produziu pelo emprego e combinação de fluidos superiores e inferiores de acordo com as LEIS NATURAIS E IMUTÁVEIS que vos temos revelado, mediante a aplicação e a adaptação dessas leis. E agora, uma palavra final em resposta aos que citam a Primeira Epístola de João, em seu quarto capítulo, para afirmar que “são falsos profetas os que negam ter Jesus vindo em carne ao vosso mundo”. Não quis o Evangelista referir-se ao corpo do Cristo mas à condição humana que tomou (Verbo feito carne), para o cumprimento da sua missão sacrificial. Visava ele aos que, até hoje esperam a vinda do Mestre, enquanto nós já anunciamos sua volta.



OBRA DO ESPÍRITO SANTO – VIII


P – Há um ponto obscuro que gostaríamos de ver aclarado. Tendo José e Maria, como tinham, parentes e conhecidos em Belém, de que modo se explica terem de se acolher a um estábulo, e ali deitarem o menino na manjedoura, por não haver lugar, para eles, na hospedaria?

R – Explica o Espírito da Verdade: grande era a afluência de viajantes, a ponto de exceder os limites da hospitalidade, mesmo na hospedaria. Os hebreus, sobretudo os de ínfima classe, não construíam casas para si mesmos como se fossem príncipes. Morava em Belém um irmão de José; mas não tendo sido avisado de sua vinda, não pode recebe-lo, porque outros hóspedes ocuparam toda a sua casa. José não era esperado: não devendo afastar-se de Maria, atento à sua adiantada gravidez (aos olhos dos homens), seu irmão é quem iria fazer por ele as declarações exigidas pela lei. De fato, estando certo de não poder ir pessoalmente, José incumbiu seu irmão Matias de inscreve-lo no registro censitário, assim como sua mulher e o filho, que então já teria “nascido” e seria varão, pelo aviso que recebera do Anjo. Não era crível que Maria, em tão adiantado estado de gravidez, se aventurasse àquela caminhada. Por isso ninguém a esperava. Mas, impelida pelo Espírito, para empregar a expressão das próprias Escrituras, isto é, sob a inspiração do seu Anjo da Guarda, ela resolveu, à última hora, empreender a viagem. ERA PRECISO que Jesus “nascesse” daquele modo, exatamente assim, num lugar miserável, longe dos homens e de todos os socorros, a fim de dar impressionante exemplo de humildade, para que também se simplificassem as circunstâncias que lhe haviam de cercar o “nascimento”, como já vos explicamos. Logo que a afluência de forasteiros diminuiu, ela foi recebida pelos parentes, em casa do irmão de José. A notícia de que o menino “nascera” imediatamente se espalhou, passando de boca em boca, como todas as notícias que os homens transmitem. Zacarias e Isabel tiveram aviso do fato, não por essa forma, mas por intermédio de José. Ambos se apressaram a adorar o menino Jesus. Destituídos, porém, de utilidade para a obra evangélica, seus atos e palavras nessa ocasião foram postos de lado, sepultados no silêncio: é que, tendo desempenhado sua missão, os dois voltaram a obscuridade. Assim, não mais se falaria deles, e realmente não se falou mais, verificando-se o mesmo com relação a todos os outros Espíritos reencarnados, que haviam pedido a graça de participar da obra de redenção que Jesus vinha executar.

P – Por que tantos teólogos negam a Lei da Reencarnação? E qual a diferença entre REENCARNAÇÃO E METEMPSICOSE?


R – Os teólogos que negam a Lei da Reencarnação lhe opõem a teoria chamada criacionismo, isto é, as almas são criadas diretamente por Deus, no instante do nascimento das criaturas humanas. Esta idéia é esposada pelos teólogos católicos, para explicar que Jesus e Maria não estavam sujeitos ao pecado original, porque suas almas foram criadas especialmente por Deus. Que importa? Nem por isso deixa de existir um aLei Universal, mas antiga que o vosso mundo. Quanto a metempsicose, convém reler o que diz o cânon 1º do 5º Concílio Ecumênico de Constantinopla: “Se alguém acredita na lendária preexistência das almas, que tem, como conseqüência, a idéia monstruosa de que elas voltam, com o correr do tempo, ao seu estado primitivo, seja condenado”. Como vedes, o que aí se condena, evidentemente, não é a REENCARNAÇÃO, mas a METEMPSICOSE, que ensina poderem as almas voltar a viver nos animais. Ora, isto condenamos todos nós, como absurdo ou monstruoso, porque o Espírito não pode retroceder: é Lei de Deus.