quarta-feira, 23 de maio de 2018

Apocalipse Revelado por Alziro Zarur - 1967 - Programa 13


Meus amigos e meus Irmãos,

DEUS ESTÁ PRESENTE!
VIVA JESUS EM NOSSOS CORAÇÕES PARA SEMPRE!


Ontem prometemos continuar na explicação de todos esses símbolos, como vestidos brancos ou vestes brancas, colírio, etc.:
2º – vestes brancas – não há quase ponto algum de mistério para qualquer controvérsia. Há alguns textos que nos oferecem uma chave para compreender bem esta expressão. Uma, por exemplo, está no Profeta Isaías, no capítulo 64, versículo 6: “Porque, Senhor, todas as nossas justiças são trapos de imundície.” Isto é muito claro, claro demais. Trapos imundos, vestes sujas... Portanto, somos aconselhados a comprar o contrário dos trapos de imundície, isto é, devemos ter vestes ou vestidos completos, imaculados, brancos. A mesma figura é empregada no profeta Zacarias, capítulo 3, versículos 3 e 4. De resto, São João, neste mesmo Apocalipse, capítulo 19, versículo 8, claramente diz que o linho fino são os atos de justiça dos santos de Deus. Portanto está mais evidente, tudo muito bem explicado.
3º – o símbolo do colírio – Sobre este assunto há tão pouco motivo para diversidade de opinião como sobre as vestes brancas. Por certo que a unção dos olhos não se deve tomar no sentido literal, fazendo -se referência à coisas espirituais. O colírio deve significar aquilo com que é despertado o nosso discernimento espiritual. Na Palavra de Deus encontramos revelado um agente por meio do qual, tudo isso se realiza – o Espírito Santo. Este é o Grande Consolador, este é o instrumento principal do Cristo, ou mesmo do Pai através do Cristo. Esta multidão de Espíritos de Luz, Espíritos já depurados, já integrados no Cristo. São os eternos auxiliares na obra de depuração da Humanidade. Nos Atos dos Apóstolos, capítulo 10, versículo 38, lemos que Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo. Claro, em torno de Jesus estavam e sempre estarão os  Espíritos mais adiantados deste planeta. Isto é muito importante, é muito sério! O trabalho do Espírito Santo sempre ali, sempre presente, secundando o Cristo de Deus. O mesmo escritor por meio do qual foi dado o Apocalipse, escreveu à Igreja na sua Primeira Epístola, capítulo 2, versículo 1, nos seguintes termos: “Estas, coisas vos escrevo para que não pequeis.” No versículo 27 é abordado o mesmo sentido; “Quanto a vós outros, a unção que Dele recebestes permanece em vós e não tendes necessidade de que alguém vos ensine, mas como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas e é verdadeira e não é mentirosa, permanecei Nele.”  A obra que aqui apresenta como realizada pela unção é exatamente a mesma que atribui ao Espírito Santo no seu Evangelho, segundo São João, capítulo 14, versículo 26: “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar tudo quanto Eu vos tenho dito”, comparar com o capítulo 16, versículo 15: “Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso vos disse que há de receber do que é meu e vos anunciará.” Isto é muito importante! O Espírito Santo não é um sopro. Porque muita gente pensa que o Espírito Santo é uma coisa irreal, é um sopro de Deus nas narinas humanas. Não, é essa multidão invisível de Espíritos iluminados que foram católicos, protestantes, espíritas, ateus, judeus, muçulmanos. E hoje estão na categoria de discípulos queridos do Mestre de todos os mestres que é Jesus. Em suma, somos aconselhados de um modo solene e formal pela Fiel e Verdadeira Testemunha, todas figuras de ouro, vestes brancas e o colírio, a vir lhe procurar rápida e fervorosamente o aumento das celestes graças da fé, esperança e caridade. Enfim, a justiça que só Ele mesmo pode outorgar e ainda a unção do Espírito Santo.
Mas como é possível que um povo destituído destas coisas pense que é rico ou está enriquecido? Impõe-se uma explicação, talvez a única possível, visto não haver lugar para outra. Devemos observar que nos laodicenses não se encontra falta alguma quanto às doutrinas que professam, isto é importantíssimo! As doutrinas estão certas. Então por que os laodicenses são culpados? Também não são acusados de albergar em seu seio uma Jezabel qualquer, nem de apoiar doutrinas de heresiarcas de Balaão ou dos nicolaítas, etc. Pelo teor da mensagem que lhes é mandada, vemos que a sua crença é correta, sua teoria plenamente sã, desejável, apoiável, abençoável. Conclui-se, portanto, que tendo uma teoria correta eles se contentam com ela. Os laodicenses se satisfazem com uma correta forma de doutrina mas sem o seu poder, sem a sua aplicação. Tendo recebido a luz acerca dos acontecimentos finais desta dispensação e com um conhecimento teórico das verdades que dizem respeito à última geração da Humanidade, são inclinados a descansar, se já estão salvos com a doutrina certinha corretinha... Então negligenciam a parte mais importante da religião que é a espiritual.
É, sem dúvida, por suas ações e não por suas palavras que dizem que estão ricos e estão enriquecidos, tendo tanta luz, tanta verdade, de que mais podem carecer? Muita gente está nesta chave, infelizmente, Senhor Deus! Isto aqui é para meditar. Pois, se com louvável tenacidade defendem a teoria e na letra, pelo ponto de vista da vida exterior, se conformam com a progressiva luz derramada sobre os Mandamentos de Deus e a fé em Jesus, não será, então, isso justiça completa? Ricos, enriquecidos, de nada tendo falta, pois é aqui que está o seu tremendo erro, sua grande ilusão, todo o seu pouco diligenciar do espírito, o fervor, a vida, o poder de um Cristianismo vivo, prático, o Cristianismo da lbv, que sem nenhuma dotação orçamentária, sabotada por todos, mas é o Cristianismo prático, este milagre de quase 20 anos sem vintém do Governo, sem níquel do Estado e ainda com a perseguição de todos os ignorantes das religiões e credos diversos que desgraçam o Brasil, quando se digladiam em nome do próprio Deus. É isto que faltava a estas criaturas de Laodicéia: CRISTIANISMO VIVO E UMA CORRETA TEORIA. Está tudo escrito e perfeito, mas falta explicar tudo isso a bem da Humanidade, do contrário não há Cristianismo, não há Jesus, não há nada. O que há é um jogo floral, um torneio verbal, uma declamação perfeitamente inútil. E quando o povo está com fome não quer saber de poesia, nem de iê-iê-iê, não quer saber de nada, quer é comer para poder ficar de pé e ajudar a família e a si mesmo.



E o sinal do amor?
Por estranho que pareça, este sinal é o castigo, como já expliquei muitas vezes ao pregar o Evangelho e recordar esta palavra apocalíptica: “Aqueles a quem amo repreendo e castigo”, este é o sinal de amor, não é estranho? Se estamos sem castigo, diz São Paulo, não somos filhos (Hebreus, capítulo 12). Comentando esta passagem, diz Thompson: “Aqui é apresentada uma lei geral da sua graciosa ecumenia.” Como todos precisam de castigo em alguma medida e ninguém é perfeito, também em alguma medida o recebem e têm assim provas da dedicação do Redentor. É uma lição dura de aprender, os crentes são tardos estudantes. Mas aqui, através da Palavra de da previdência de Deus, se estabelece que as provas são benção suas, que nenhum filho é poupado à vara, os cábulos, os estúpidos, incorrigíveis, são rejeitados ao passo que os escolhidos para gloriosa estrutura são sujeitos ao cinzel e ao martelo de Deus. Não há cacho, na verdadeira vinha, que não tenha de passar pelo lagar. E comenta um outro estudioso:

“Quanto a mim, quando estou em aflição, bendigo a Deus por ter observado e sentido tanta misericórdia nesta dura dispensação divina e fico quase transportado, muito me alegro ao pensar quão infinitamente doces são as misericórdias divinas ao ver como os seus castigos são verdadeiramente gloriosos”.

Atendendo, portanto, à origem e ao designo dos castigos que recebes, meu Irmão Legionário, não percas tempo. O Irmão Zarur às vezes é duro, parece até que ofende, porque ama muito, como diz a irmã Elza: PAI SEVERO. Não percas um golpe de vara; trata de ver o teu erro, porque quem está julgando não é Zarur, é Jesus!

Arrepende-te, diz a mensagem. Isto é, acerta o passo, e esta é a primeira aplicação da própria verdade para a salvação de todos nós. Trata de ser realmente zeloso e arrepende-te da tua vaidade ainda que, como vimos o estado apresentado pela frieza ou tibieza seja preferível, todavia, não é o estado quente em que devemos encontrar no Congresso da Boa Vontade permanente, diário até o fim do ciclo? Nunca somos exortados a procurar esse estado a não ser pelos acontecimentos da verdade diante de nós. Somos aconselhados a atingir um mundo mais elevado. Então temos de ser zelosos, fervorosos, dedicados e a ter o nosso coração abrasado no serviço do Mestre Jesus.

Aí chega o símbolo de Jesus batendo à porta.
Prestem atenção! Aqui está o coração dos corações – O CRISTO DE DEUS. Não obstante ao rigor da sua assertiva que Ele repreende e castiga, qual nada; Ele ama tanto as Suas almas que se humilha para lhes solicitar o privilégio de as abençoar. É muito estranho! Então, diz Jesus: “Eis que estou à porta e bato.” Eis que estou na porta de cada Legionário e bato. Por que bate? Não é com receio de dormir na rua. Entre as moradas da casa do Pai nenhuma única está fechada para Ele. Ele é a vida de todos os corações, é a luz de todos os olhos, é o cântico de glória de todas as bocas, de todos os lábio e, entretanto, anda o Rei de porta em porta, humildemente em Laodicéia. Está junto de cada casa legionária e bate porque veio procurar e salvar o que estava perdido, o que se extraviou, o que desertou da salvação. Por quê? Porque não pode abandonar o propósito de comunicar Vida Eterna a todos aqueles que o Pai lhe deu. Então vai procurar a ovelha extraviada. Compraste tanto? Compraste tudo de bom que Eu te dei? Estás com o chapéu na mão pedindo desculpas? Ele bate e torna a bater, estou eu aqui batendo, na hora do culto, da Cruzada do Novo Mandamento, é a oportunidade de fazer uma visita cristã a um indivíduo, a uma família. Se assim não fizeste, ó que infeliz tibieza. Gente morna! Fatal mundanismo! As seduções do Mundo, o ouvido sempre pronto a ouvir todas as calúnias, injúrias, intrigas da ignorância da má fé. O Senhor da glória deixa o seu Palácio Celestial e vem na pobreza com suor, sangue e lágrimas bater à porta do seu amigo, de alguém que era cristão, era Legionário e agora o que é? Agora o que faz? Jesus quer entrar neste coração, vem salvar uma criatura cuja casa está a arder mas não quer admitir. Então, como dizia São Paulo: “Oh! Altura, profundidade, a paciência de Cristo Jesus!” Até o pagão Publius recebeu São Paulo, o hospedou consigo três dias cortesmente. Um pagão! Hão de os Legionários dizer ao Senhor dos Apóstolos, ao Senhor do Céu e da Terra, que não têm aposento para Ele? E, entretanto, ouça cada um, em pleno Congresso: Se alguém ouvir a minha voz – preste atenção menino; menina, preste atenção! – Jesus suplica, ao mesmo tempo que bate à porta, com a palavra que supõe que alguns não hão de ouvi-la. Embora esteja à porta e bata e suplique até que seus cabelos se umedeçam com o orvalho da noite, alguns fecharão os ouvidos aos seus carinhosos rogos. Não basta ouvir, devemos ouvir e abrir a porta ao Cristo e Senhor. E muitos que, a princípio, ouviram a voz, e durante algum tempo se sentiram inclinados a prestar atenção, deixarão, infelizmente, no fim, de fazer o necessário para lhes assegurar a comunhão do hóspede divino.
Amigo, Irmão Legionário, estão os teus ouvidos abertos aos rogos do Senhor que nos guia? Estais prestando atenção? E o som da voz Dele é um som bem-vindo pra ti? Queres ou não abrir a porta para deixá-lo entrar? Ou está a porta do seu coração atravancada por montões de lixo? O lixo das vaidades, do orgulho, das calúnias, das infâmias. Se não queres remover este luxo deste lixo, este lixo deste luxo. Condescendência, covardia, apatia, tibieza? És morno.

E que promessa se segue, meu Deus! se alguém abrir, entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo. Que quadro expressivo e tocante temos aí. Amigo com amigo, participando da alegre o social refeição, alma com alma, numa conversação franca e limpa [íntima]. E que cena deve ser aquela em que o Rei da glória é um hóspede! Esta linguagem não se refere a qualquer privilégio vulgar. Quem poderá ficar indiferente a tão carinhosa súplica, tão extraordinária promessa? Nem sequer nos é pedido que ponhamos à mesa para esse Divino Hóspede, Ele próprio que o faz, Ele próprio é que traz aquele alimento divino, as iguarias da sua própria despensa celestial. Apresenta-nos aqui a antevisão da glória que breve será vivida. Dá-nos, aqui, penhores da nossa futura herança incorruptível, imaculada, imarcescível. Na verdade quando tivermos cumprido as condições de recebermos esta promessa, meus amigos e meus Irmãos, experimentaremos o aparecimento da Estrela da Alva em nossos corações. Contemplaremos o dealbar de uma gloriosa manhã para a Igreja do Novo Mandamento de Deus, a Igreja do Rebanho Único. E depois vem a promessa final, a promessa de cear com os seus discípulos, feita pelo Senhor, antes de ser dada a promessa final ao vencedor. Isto mostra que as bênçãos incluídas nesta promessa devem ser desfrutadas no estado presente a partir de agora em pleno inferno do mundo.

Eis a promessa ao vencedor: aquele que vencer eu lhe concederei que se sente comigo no meu trono, assim como eu venci e me sentei com meu pai no seu trono. Aqui termina a promessa de Jesus. Depois de muitos sofrimentos, depois de muitas encarnações, aqui está o prêmio final. Do seu estado de rebelde, caído, degradado, poluído, o homem é reconciliado com Deus pela Obra do Cristo, com a proteção do Espírito santo, purificado das suas poluições, remido da queda lamentável, e agora perdoado, revestido da imortalidade, finalmente sentado no próprio Trono do Cristo de Deus. A honra e a glória não podiam ir mais longe. As mentes humanas nem podem conceber esta glória. Nem há termo na triste linguagem humana capaz de descrevê-la. Damos, apenas assim, uma idéia grosseira deste panorama de luz. Nós, pecadores, no Trono do Cristo? Sentados no seu Trono? Apenas podemos trabalhar, até que, vencedores por fim, saibamos o que vem lá.
Sê fiel até a morte e eu te darei a coroa da vida. Esta é a advertência a cada Legionário em pleno Congresso do Novo Mandamento: ser fiel até a morte e eu te darei a coroa da vida!

Que a Paz de deus esteja com todos, agora e sempre, e
VIVA JESUS!