quinta-feira, 25 de outubro de 2012

JESUS, O CRISTO – VII e VIII




JESUS, O CRISTO – VII


P – Na transmissão anterior da Doutrina do CEU da LBV, despertou nossa atenção este trecho: “Deixai que os materialistas envolvam o Mestre numa veste de carne igual à vossa; por mais que façam, não conseguirão nunca igualá-lo nesta desgraçada era apocalíptica”. Quais o sentido e o alcance destas últimas palavras?

R – Não há, nem haverá, por longo tempo ainda, um homem que possa viver a vida de Jesus. Tendes muitíssimo que fazer, para chegar lá, principalmente neste fim de ciclo. Podeis, entretanto, aproximar-vos dele. O homem de vosso planeta e todos os Espíritos, sejam quais forem – quer habitem os mundos inferiores para um fim de provação ou de expiação, ou ainda para o desempenho de suas missões, quer tenham alcançado os mundos superiores – participarão, já o dissemos e repetimos, da pureza de Jesus e da sua felicidade. Mas em que condições e por quais caminhos? Só mesmo adquirindo a perfeição, pela constante prática do AMOR que, através de todos os séculos, em todos os tempos da eternidade, é a fonte e o meio de todos os progressos: dá acesso à todas as ciências e conduz a Deus.

P – Nestas frases: “Deus é a única potencia criadora, que reina sobre todos os universos, é o único princípio universal, mas não divisível; cria, mas não pela divisão da sua essência”, que sentido se deve dar às seguintes palavras: “não divisível”, “não pela divisão da sua essência”?

R – Elas encerram a resposta ao dogma das três pessoas, mantido até hoje pela Igreja.

P – Estas palavras do Anjo (v. 28): “O Senhor está contigo, és bendita entre todas as mulheres”, tomadas ao pé da letra e confrontadas com os vs. 31, 32, 33, 34, 35 e 38, justificam a divindade atribuída a Jesus por efeito da encarnação do próprio Deus no seio de Maria?

R – O homem, como sempre, materializa tudo o que suas mãos tocam. Tirar semelhantes conclusões não é aviltar a divindade? O Senhor estava com Maria, mulher entre todas bendita, por ser ela, entre todas, Espírito muito puro no desempenho da sua missão na Terra. Eis tudo.

P – Qual, despojado da letra que mata, o espírito que vivifica, a significação destas palavras do Anjo à Virgem Maria (v. 30): “caíste em graça perante Deus”?

R – Estás em graça (ou caíste em graça) quer significar apenas o seguinte: – Obtiveste de Deus a missão que pediste.

P – Qual o motivo destas palavras do Anjo à Virgem (v. 31): “É assim que conceberás em teu seio e que de ti nascerá um filho, ao qual darás o nome de Jesus”, nunciativas de uma concepção material humana no ventre de uma virgem, contrariamente às leis imutáveis de reprodução do nosso planeta, com derrogação dessas leis, quando é certo que a vontade imutável de Deus jamais derroga as leis da Natureza, por Ele estabelecidas de toda a eternidade, dando isso causa a que aquela concepção fosse pelos homens considerada sobrenatural, miraculosa, divina, como obra do Espírito Santo?

R – Não era ainda conveniente que os homens erguessem o véu que lhes ocultava os segredos de além-túmulo. Convinha que acreditassem na matéria sensível e impressionável, NA DOR FÍSICA, para darem valor ao sacrifício. E também convinha, já o dissemos e repetimos, que acreditassem na origem divina de Jesus, exatamente para que se curvassem ao seu jugo, para que a missão do Mestre fosse aceita e suas leis obedecidas.

P – Qual a razão destas outras palavras do Anjo à Virgem Maria (v. 32): “O Senhor Deus lhe dará o trono de David, seu pai” e “ele reinará eternamente sobre a casa de Jacob”?

R – Era necessário um fio que ligasse as promessas do Antigo Testamento – as interpretações que lhe tinham sido dadas às necessidades do momento – às promessas feitas para o futuro. Constituiu esse fio o aparente parentesco, por descendência de tribo. Eis por que José encarnou na tribo de David e não em outra. Tudo é concatenado nos desígnios do Senhor e nos acontecimentos sucessivos, que preparam e efetuam, em cada transição, o vosso progresso e a obra da regeneração humana.

P – Qual, tirado da letra o espírito, o significado destas palavras (v. 33): “E o seu reino não terá fim”?

R – Não terá fim porque o vosso Salvador vos há de levar à perfeição. Não é Jesus o emblema da perfeição? E o seu reino não estará eternamente firmado quando a houverdes atingido? Sem dúvida, seu reino não terá fim.



JESUS, O CRISTO – VIII


P – Em face destas palavras de Maria (v. 34): “Como sucederá isso, se não conheço varão?”, qual a significação da resposta do Anjo: “O Espírito Santo descerá sobre ti”?

R – O Espírito Superior anunciava assim à Virgem que seus olhos se abririam, que ela iria compreender um “mistério” que lhe parecia, então, impenetrável. Efetivamente, mais tarde, a tempo e hora, Maria – a exemplo dos homens e sob  a inspiração dos Espíritos do Senhor – atribuiu à ação divina, como convinha que o fizesse, aquela que lhe fora anunciada, tendo em vista as palavras do Anjo a José: “Aquele que nela se gerou foi formado pelo Espírito Santo”. Ela, então, percebeu a missão especial que Jesus viera desempenhar: lembrou-se.

P – “E a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra”. Qual é a significação das palavras do Anjo e como podia tal sombra fazer que Maria concebesse e desse à luz um filho?

R – A interpretação foi feita falsamente, de um ponto de vista material. Com aquelas palavras, o Espírito (ou Anjo) tinha por fim tranqüilizar Maria que, na sua condição humana, se atemorizava ante a idéia de ficar sua vida maculada por uma concepção ilegal aos dos homens.

P – E como devemos entender as palavras: “Eis por que aquele, que de ti há de nascer, será chamado o FILHO DE DEUS”?

R – Elas confirmam o que acabamos de dizer. Aquele que de ti há de nascer (por obra do Espírito Santo) será chamado O FILHO DE DEUS. Esse título, segundo o espírito que vivifica, só se aplica a Jesus em consideração à sua pureza. Mas todos vós podeis conquista-lo. É o que foi dito a João na Ilha de Patmos: “Disse-me ainda: – Tudo está feito. Eu sou o A e o Z, o princípio e o fim. A quem tem sede EU darei de graça da fonte da água da vida. O vencedor herdará estas coisas, EU serei seu Deus e ele será meu filho” (Apocalipse, XXI: 6-7). Do ponto de vista humano, o exemplo de Jesus serviria para que os homens se elevassem a seus próprios olhos e COMPREENDESSEM O AMOR DE DEUS. Não havendo divindade a que não se oferecessem sacrifícios sangrentos, qual não deveria ser, aos olhos dos homens, a grandeza de Deus, qual não se contentava senão com o holocausto do seu filho bem-amado e único (relativamente a vós outros), a qual não deveria ser, aos olhos de Deus, o valor dos homens, uma vez que, para os resgatar, era indispensável tamanho sacrifício?!... Homens, não esqueçais (dissemos e repetimos) que éreis criancinhas e quase ainda o sois; que a cada época se deve falar a linguagem conveniente, para ser compreendido e, sobretudo, escutado. Não vos deixeis levar pelos filósofos sem filosofia, que – não compreendendo os meios transitórios e necessários da Revelação, empregados para a efetivação do vosso progresso – negam a realidade e o objetivo das manifestações dos Espíritos do Senhor. Estas manifestações, sempre em obediência à vontade do Altíssimo se produzem para a vossa regeneração. Os Espíritos são instrumentos: preparam o caminho sem o saberem e, muitas vezes, sem o quererem. A entrada estava impedida: eles removeram os materiais que a obstruíam. Nós ergueremos o Edifício que o homem não tentará destruir, porque nele encontrará a paz, a esperança, a felicidade.

P – Qual o significado das seguintes palavras que o Anjo dirigiu à Virgem Maria (v. 37): “E nada será impossível a Deus”?

R – Refere-se, do ponto de vista do mundo espiritual, à manifestação, ao aparecimento de Jesus na Terra com um corpo fluídico; do ponto de vista de Maria, explica o que ela considerava um “milagre”, isto é, um fato impossível.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Jesus Cristo I e II




JESUS, O CRISTO – I


P – Não podia ser melhor, para o povo brasileiro, a idéia da explicação dos Evangelhos de Jesus, reunidos e harmonizados. Como interpreta o CEU da LBV a passagem de Lucas, 1: 26 a 38?

R – Eis a passagem evangélica:

26 – Estando Isabel no seu sexto mês de grávida, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia chamada Nazaré, 27 – a uma virgem, noiva de um varão chamado José, da casa de David, e essa virgem se chamava Maria. 28 – O Anjo, aproximando-se dela, disse-lhe: “Eu te saúdo, ó cheia de graça; o Senhor está contigo; és bendita entre as mulheres”. 29 – Ela, porém, ouvindo-o, perturbou-se, e consigo mesma pensava no significado daquela saudação. 30 – o Anjo lhe disse: “Maria, nada temas, porque estás em graça perante Deus. 31 – É assim que conceberás em teu seio, e que nascerá de ti, um filho ao qual darás o nome de Jesus. 32 – Ele será grande e será chamado o Filho do Altíssimo; o Senhor Deus lhe dará o trono de David seu Pai; Ele reinará eternamente sobre a casa de Jacob, 33 – e seu reino não terá fim”. 34 – Então, disse Maria ao Anjo: “Como será isso, se não conheço varão?” 35 – O Anjo respondeu: “O Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com sua sombra, e por isso o santo que nascerá de ti será chamado Filho de Deus. 36 – Eis que tua parenta Isabel concebeu na velhice um filho, e está no sexto mês de gravidez, ela que era chamada estéril. 37 – É que, para o Senhor, nada é impossível”. 38 – Então disse Maria: “Aqui está a serva do Senhor; faça-se em mim conforme às tuas palavras”. E dela o Anjo se afastou.

O homem, desde que vive na terra, não tem ouvido em todos os tempos a mesma linguagem. Em cada época de transição, só lhe é dito e dado aquilo que ele pode compreender. A Humanidade tem de ser preparada para o que lhe cumpre saber. A cada idade sua é necessário que lhe fale a linguagem conveniente a fim de que ela possa entender e atender. Homens, não esqueçais que éreis criancinhas quando Jesus desceu à Terra, para vos traçar a obra de regeneração e lançar-lhes as bases; lembrai-vos de que ainda hoje, sois pouco mais que criancinhas! Curvai-vos diante da Sabedoria Infinita, que preside o vosso progresso e o dirige por intermédio do Cristo, vosso Mestre, Supremo Governante e Protetor do vosso planeta e da sua humanidade, dando-vos – pouco a pouco – a Luz e a Verdade, conduzindo-vos gradualmente para perfeição, através dos séculos! O aparecimento de Jesus, segundo o Anjo o anunciou à Virgem Maria, e depois a José, por efeito de uma concepção de um nascimento que os homens trataram de “sobrenaturais”, “miraculosos”, “divinos”, por obra do Espírito Santo, isto é, por um ato do próprio Deus (o Espírito Santo era, para os judeus – já o sabeis – Inteligência Divina a se manifestar por uma ação qualquer), TINHA DE PERMANECER, E PERMANECEU SECRETO, durante todo o tempo da sua missão terrena. Maria confiou a revelação aos discípulos preferidos do Mestre (preferidos, quer dizer: que o seguiam mais assiduamente com a Virtude, dos quais sabia ele poder contar quando fosse chegada a hora). Fiéis à inspiração de seus Guias, esses discípulos compreenderam que, divulgada, tal revelação acarretaria, da parte dos homens, a descrença na pureza de Maria e na origem de seu filho. Para espalha-la no seio das multidões, esperaram que, - com o completo desempenho da missão terrena de Jesus – o tempo tivesse amadurecido os frutos. Assim, só depois do sacrifício do Gólgota, do reaparecimento do Mestre, a chamada “ressurreição”, e do seu regresso à vida espiritual, fato que se chamou “ascensão”, se radicou a crença na divindade que lhe atribuíram. Nesses últimos tempos, seus discípulos deram fé a essa “divindade”, interpretando ao pé da letra as palavras meu pai, de que usava Jesus ao referir-se a Deus, e achando que só essa origem e sua vida sem mácula poderiam explicar os fatos surpreendentes chamados milagres, que lhes feriam continuamente os sentidos materiais. Durante sua missão terrena, e assim devia acontecer, Jesus foi considerado pelos homens como fruto de concepção física, material, como um homem igual aos outros, tendo Maria por mão e José por pai. Para seus discípulos, e para a multidão que o acompanhava, era um profeta revestido da libré humana, como os profetas da lei antiga. Para os discípulos dos sacerdotes, para os escribas, os fariseus e seus adeptos era um impostor, porque Jesus – declarando-se O FILHO DE DEUS – atribuía a si mesmo a divindade, fazia-se passar pelo próprio Deus. Maria tinha de ser e foi aos olhos de todos a mãe de Jesus: primeiro, porque viam nele um homem como outro qualquer, de acordo com as leis materiais da concepção e do nascimento humanos, da reprodução do vosso planeta; em seguida, porque o julgavam encarnação de Deus no seio de uma virgem, mediante uma concepção, uma gravidez e, portanto, um nascimento que era obra do Espírito Santo. Compreendei bem a necessidade que então havia, de primeiro se materializarem todos os fatos, a fim torna-los acessíveis ao homem; a seguir, a necessidade – depois de vivida a missão terrena do Cristo – de se idealizar a matéria, dando-lhe uma origem divina, para que os homens se curvassem ao jugo, porque – uma vez aceita a divindade atribuída ao Mestre – sua missão também seria aceita e suas leis também obedecidas. Jesus, como Espírito, não seria compreendido; sua abnegação e suas dores morais não seriam apreciadas. Para que o homem entendesse o sofrimento, ERA PRECISO QUE ESSE SOFRIMENTO FOSSE FÍSICO. A carne tinha necessidade de um sofrimento de carne. Àqueles que vertiam o sangue dos touros e dos cordeiros era preciso que se apresentasse em SACRIFÍCIO DE CARNE E SANGUE. Os homens jamais compreenderiam o devotamento sem limites do Espírito Perfeito, descido à Terra para lhes trazer o exemplo da vida preparatória da Eternidade.



JESUS, O CRISTO – II


P – Louvamos a franqueza com que o CEU declara: todos estes ensinamentos não são de homens, por mais célebres que sejam; são do próprio Jesus, através do seu porta-voz – o Espírito da Verdade! Agora, entendemos melhor o martírio inenarrável do Mestre, durante a sua missão na Terra. Por que o fizeram sofrer tanto?

R – O homem é orgulhoso. A descida de um Espírito do Senhor não lhe teria bastado: tinha de ser um Deus! Não esqueçais que os judeus se achavam em contato direto com os romanos; que as idéias e costumes dos conquistadores se infiltram sempre no povo do país conquistado; que, assim, as idéias politeístas vieram a encontrar-se com o monoteísmo. A vida e os atos de Jesus; sua “morte” e sua “ressurreição”; os fatos que se seguiram; a interpretação humana dada às “suas palavras”; a divulgação feita pelos discípulos, uma vez terminada a missão, do que o Anjo (ou Espírito) anunciara à Virgem Maria e depois a José, acerca daquela concepção e daquela gravidez, obra do Espírito Santo, e como tal consideradas “sobrenaturais”, “miraculosas”, “divinas” – criaram para os judeus a necessidade de multiplicarem a divindade, tentando manter a unidade na pluralidade. E assim se explica a origem do que os homens chamaram “o dogma das três pessoas”. O materialismo esmagava o mundo com o seu peso carnal e o mundo perecia, porque toda a carne apodrece. Cumpria ergue o Espírito e dar-lhe a força de lutar contra a matéria. Para se conseguir tal objetivo era indispensável que o mundo tivesse diante dos olhos UM EXEMPLO IMATERIAL, imaterial sob o ponto de vista da divindade atribuída ao Cristo, não durando a sua materialidade, para os homens, mais que um tempo muito restrito e não passando de um meio de comunicação. Na apresentação deste exemplo em vosso mundo é que está segando as mistas humanas, O MILAGRE, porque – aos olhos dos homens – houve derrogação das leis estabelecidas. Aí não há, porém, nenhum milagre: a vontade imutável de Deus não derroga NUNCA às leis naturais por Ele promulgadas desde de toda a eternidade. Como vereis pela explicação que vos daremos, na medida do que a vossa inteligência (obscurecida pela carne) pode receber e comportar, o que houve FOI APLICAÇÃO DAS LEIS QUE REGEM OS MUNDOS SUPERIORES E ADAPTAÇÃO DESSAS LEIS AOS VOSSOS FLUIDOS, isto é, do planeta que habitais. Maria era um Espírito Puro, que descera à Terra com a sagrada missão de cooperar com Jesus na obra da regeneração humana. Em comunhão com os Espíritos do Senhor, mas submetida à Lei da Reencarnação, material, humana, tal qual a sofreis, a Virgem era médium vidente, intuitivo e audiente, no sentido de ter consciência do ser que se lhe apresentava e da predição que lhe fazia. Sua inteligência entorpecida pelo invólucro material, não estava em estado de lembrar-se. É o que explica tenha feito sentir ao Anjo, ou Espírito, a impossibilidade de conceber durante a virgindade. Era preciso que, tanto quanto os homens, a Virgem desconhecesse a origem espiritual do Filho, que lhes era anunciado. A explicação que daremos da concepção, da gravidez e, portanto do parto de Maria, como obra do Espírito Santo, vos fará compreender que, não devendo conhecer aquela origem, ela de fato não a tenha conhecido e HAJA ACREDITADO NA SUA MATERNIDADE. Os judeus, de acordo com as suas tradições e as interpretações dadas ao Antigo Testamento, criam que o próprio Deus se comunicava diretamente com os homens; que o Espírito Santo era a inteligência mesma de Deus, a se manifestar por um ato qualquer. Isso explica a resposta do Anjo, ou Espírito, ao anunciar – primeiro a ela, depois a José – a concepção no seio de uma virgem, a gravidez e o parto, como obra do Espírito Santo. A resposta era adequada, segundo a vontade do Senhor, ao estado geral das inteligências, de modo a poder ser escutada e compreendida, apropriada às necessidades da época, tendo em vista os acontecimentos que iam ocorrer, preparando a Humanidade para o que teria de saber mais tarde, mediante uma nova Revelação, quando fossem chegados os tempos em que a pudessem suportar. Ora, para os judeus que esperavam um chefe temporal, capaz de lhes reanimar a nacionalidade, de lhes reavivar as glória, de os constituir em povo livre, preciso era um chefe que, afastando-se do programa humano, lhes fizesse compreender NÃO SER SEU REINO DO PLANO TERRA. Na verdade, eles tinham a idéia fixa de oferecer um sacrifício ao Deus terrível que, segundo o seu modo de ver, se deleitava com o fumo dos holocaustos. E, para que o sacrifício fosse realmente grande, aqueles a quem era proibido sacrificar homens a Deus – SACRIFICARAM DEUS A SI MESMO!

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

JOÃO BATISTA VII E VIII




JOÃO, O BATISTA – VII


P – Damos graças a Deus pela pregação libertadora do CEU, em obediência à ordem do Mestre: “Ide e Pregai”. Só mesmo a Boa Vontade nos conduz ao Novo Mandamento pelo caminho da Verdade, que liberta o homem da ignorância espiritual e de todas as suas lamentáveis conseqüências. Como a LBV define o Espírito Santo?

R – Segundo o modo de ver dos tempos hebraicos e dos tempos evangélicos durante a permanência de Jesus entre vós, Espírito Santo era expressão familiar aos judeus, significando a manifestação mesma de Deus, por um ato qualquer, e a inspiração divina – “o sopro do próprio Deus”. Para exprimir que João era inspirado por Deus, dizia-se que ele estava cheio do Espírito Santo, que o Espírito Santo estava nele, que era impelido pelo Espírito Santo, que agia por um movimento do Espírito de Deus. O mesmo foi empregado com relação a Jesus. Era a expressão própria do tempo em que os homens não entendiam como Jesus – que supunham fosse homem igual aos demais e de cuja origem, essência e natureza nada sabiam – podia libertar-se tanto da fraqueza humana sem estar cheio do Espírito Santo, sem que o Espírito Santo estivesse nele, sem ser impelido pelo Espírito, isto é, sem ser inspirado por Deus do mesmo modo que os profetas. Conforme à concepção dos tempos seguintes à missão terrena de Jesus e à doutrina da Igreja de Roma, o ]Espírito Santo era uma parte individualizada do próprio Deus! Uma fração de Deus revestira a forma humana, para descer visivelmente aos terrícolas, sendo outra fração a inteligência ou inspiração divina, que se transmitia aos homens, capaz – se necessário fosse – de se materializar diante deles! No âmago dessas falsas interpretações, havia mistura de idéias hebraicas, de idéias politeístas, acidentalmente panteístas e confusa reminiscência de idéias espirituais, cujos traços a tradição conservara e das quais a imaginação do homem se apropriou – como sempre – adaptando-as às suas necessidades e conveniências. Somente a Terceira Revelação, trazida ao mundo pelos Espíritos do Senhor, veio revelar a Luz da Verdade, afirmando: o Espírito Santo, de modo geral, não era – e não é – um Espírito especial, mas uma designação figurada, que indicava – e indica – O CONJUNTO DOS ESPÍRITOS PUROS, DOS ESPÍRITOS SUPERIORES E DOS BONS ESPÍRITOS! É a Falange Sagrada, instrumento da ordem hierárquica da elevação moral e intelectual, ministra de Deus – uno, indivisível, eterno, infinito – que irradia por toda parte SEM JAMAIS SE FRACIONAR, e cujas vontades e inspirações só os Espíritos Puros recebem diretamente para as transmitir aos Espíritos Superiores, e por meio destes aos Bons Espíritos, que – através da escala espiritual – as fazem chegar até vós. É a Falange Sagrada que promove a execução de acordo com as leis gerais estabelecidas, imutáveis e eternas, das inspirações e vontades do Criador nos planos físico, moral e intelectual, objetivando a organização, o funcionamento, a realização da vida e da harmonia universais, na imensidade dos mundos, mais ou menos materiais, mais ou menos fluídicos, de todo o Universo; na infinidade dos Espíritos, quer errantes, quer material ou fluidicamente encarnados, quer fluidicamente incorporados e investidos do livre arbítrio; na multiplicidade de todos os seres, em todos os reinos da Natureza! É a Falange Sagrada, verdadeira providência divina, executora – pelas vias hierárquicas de elevação moral e intelectual, na imensidade, nos mundos espirituais e em todos os planetas, inferiores e superiores – da justiça e da misericórdia infinita de Deus, Pai de todos e de tudo o que existe! Portanto, estar cheio do Espírito Santo, ser impelido pelo Espírito Santo, agir por um movimento do Espírito de Deus era – e é – ser assistido, inspirado, guiado pelos Espíritos do Senhor, Espíritos estes que o reencarnado atrai a si, na conformidade da sua elevação moral e intelectual, de acordo com a natureza e a importância da obra ou da missão que lhe cumpre realizar. Se assim era João, o Batista, que devemos dizer de Jesus? ESPÍRITO PERFEITO, puro entre os mais puros que presidem, sob a sua direção, os destinos, o desenvolvimento e o progresso da Terra e de sua Humanidade, encaminhando-os sempre, Jesus, cuja perfeição se perde na noite da eternidade – Espírito Protetor e Supremo Governante do vosso planeta, vosso e nosso Mestre – operava não sob influência estranha, MAS POR SI MESMO. Poderíamos, pois, dizer que era impelido pelo Espírito, no sentido de que – permitindo-lhe sua elevação aproximar-se do CENTRO DA ONIPOTÊNCIA, ele recebia diretamente as inspirações de Deus.



JOÃO, O BATISTA – VIII


P – Estamos profundamente emocionados com as lições do CEU, sem nenhum sectarismo religioso. Somente a LBV pode unificas todas as Revelações do Cristo de Deus. Voltando à figura de João, o precursor de Jesus, temos outra pergunta: – A aparição do Anjo a Zacarias (v. 11) se produziu tal como os Hebreus a figuravam, com forma humana?

R – Sim, os Hebreus representavam os Anjos vestidos de branco e o semblante nimbado de raios luminosos, cujo o foco não percebiam e, por vezes, lhes punham asas, para que o povo entendesse que eles podiam percorrer o espaço. Quanto às aparições que se têm dado, em outras épocas e no seio de outros povos, todas se produziram sempre nas mesmas condições, isto é, o Espírito sempre tomou a aparência mais apropriada a ferir a imaginação do homem, ou a lhe trazer à lembrança aquela que ele desejaria ter diante dos olhos.

P – Qual o sentido destas palavras do Anjo, falando de si mesmo (v. 19): “Sou Gabriel, sempre presente diante de Deus”?
R – Não deveis concluir, destas palavras, que esse Espírito estivesse continuamente diante de Deus, como qualquer ministro humano que aguarda as ordens do seu chefe. Sendo um Espírito elevado, um dos mensageiros do Senhor, estava por isso mesmo em relações permanentes com Ele. A inspiração divina lhe vinha como a do vosso Anjo da Guarda vos chega, levada em conta a diferença das naturezas espirituais e das relações que delas decorrem.

P – Por que meio se operou a mudez de Zacarias?
R – Pela ação fluídica, resultante da vontade do Anjo. Como vos explicaremos mais tarde, assim como existe um magnetismo humano, há também um magnetismo espiritual. Por efeito da ação espiritual imediata a língua de Zacarias foi carregada de fluídos, que a tornaram pesada, determinando uma espécie de paralisia aparente, da mesma forma que o magnetizador, quando quer imobilizar um dos membros do magnetizado, o torna extremamente pesado. O magnetismo, ainda muito imperfeito entre vós outros, é um derivado da nossa natureza: os vossos fluídos atuam mais ou menos, conforme a se acharem menos ou mais comprimidos ou desnaturados pela carne. No Espírito, porém, os fluídos são livres, e vos influenciam mais ou menos, conforme a vossa matéria, do mesmo modo que a influência do magnetizador se faz sentir mais ou menos, de acordo com o magnetizado, que pode ser mais ou menos lúcido, mais ou menos impressionável. Esta explicação pode bastar para todos os casos da categoria dos milagres: cabe a todos vós retirar daí a lição conveniente!

P – Em face do v. 25: – Porque Isabel se ocultou durante cinco meses após a concepção (v. 24), desde que, cessando a sua esterilidade, desaparecera o opróbrio que sobre ela pesava, segundo os preconceitos hebraicos?
R – Por ato de humildade, a fim de prolongar voluntariamente o opróbrio em que vivia.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

JOÃO BATISTA V E VI




JOÃO, O BATISTA – V


P – O sistema de perguntas e respostas torna muito mais suaves as explicações do Espírito da Verdade. Quais o sentido e o alcance das palavras “é avisado o homem que se põe em guarda contra o desconhecido”?
R – É de bom aviso não abraçar cegamente qualquer idéia nova, não acolher como boas todas as máximas pregadas, com mais ou menos eloqüência. Deveis sondar, sempre, cada fato, cada idéia; procurar ver tudo, não com os olhos do corpo, mas com os olhos da alma, da inteligência; escutar, não com os ouvidos materiais, mas com os ouvidos espirituais. O homem deve raciocinar, estudar, apreender bem todas as coisas. Por isso vos dissemos que não foi por haver duvidado que Zacarias ficou mudo. Que pedia ele? Uma prova de que a aparição do Anjo não era um erro, uma alucinação do seu Espírito. Recebeu, pois, uma prova, não um castigo. Poderia Deus considerar crime a ignorância do homem?

P – Tendo em vista as palavras de Zacarias (v. 18): “De que modo me certificarei disso, sendo eu já velho e estando minha mulher em idade avançada?”, como deve ser entendida a fala do Anjo (vs. 19-20): “por não teres acreditado nas minhas palavras, que a seu tempo se cumprirão”?
R – Zacarias pediu, já o dissemos, simplesmente uma prova, sem prevenções de dúvida ou de negação. Pedir uma prova era não querer acreditar, unicamente pelas palavras ouvidas, que o fato ocorresse como lhe fora dito.

P – Sobre a afirmativa “Elias seria João, João fora Elias”, que devemos entender por isto: “palavras repetidas e confirmadas mais tarde pela opinião e pela voz públicas”?
R – João era considerado geralmente, pelos Hebreus, como sendo o profeta Elias que voltara. Precisamente porque a opinião geral via em João o reaparecimento de Elias, é que tantas perguntas lhes foram dirigidas sobre esse ponto, no curso da sua missão, repetindo mais tarde os discípulos a Jesus o que, a tal respeito, diziam os fariseus.

P – Diante das palavras “Elias seria João, João fora Elias”, será lícito dizer que as do versículo 17: “Ele irá à sua frente com o Espírito e a virtude de Elias” são a prova da reencarnação?
R – Sim, as palavras do Espírito, ou Anjo, tinham por sentido oculto, e único e verdadeiro, indicar que o Espírito do profeta Elias viria reencarnar no corpo daquele menino que ia nascer de Isabel e de Zacarias.

P – Esse sentido oculto só mais tarde seria explicado pela Terceira Revelação, destinada em explicar em Espírito e Verdade a Lei Natural da Reencarnação, em seu princípio e suas conseqüências?
R – Certamente, mas esse sentido oculto fora entrevisto desde a origem.

P – Na frase “Os Espíritos do Senhor vestem, muitas vezes – para reerguer a Humanidade – uma libré que aos olhos dos homens é tida por ínfima de acordo com seus preconceitos no tocante às condições sociais. É que o devotamento desses espíritos sabe ser eficaz sob todas as formas”, que sentido se deve atribuir a estas palavras: “Uma libré, que aos olhos dos homens, é tida por ínfima, de acordo com seus preconceitos no tocante às condições sociais”?
R – Falávamos de João. Pensai na condição humílima de Jesus, do ponto de vista do vosso mundo. Que categoria social ocupava ele? Qual a que ocupavam os Apóstolos, os zelosos e fiéis discípulos do Mestre? Homens, não observais ainda hoje, nas classes mais abjetas, segundo o vosso ponto de vista, exemplos de abnegação, de nobreza dalma que o vosso orgulho desejaria ver somente nas classes elevadas da sociedade? No seio delas, entretanto, é que geralmente, para sua vergonha, menos se produzem esses exemplos.

P – Qual o sentido destas palavras (v. 15): “Ele não beberá vinho, nem bebida alguma espirituosa”?
R – Os homens consagrados ao serviço de Deus se obrigavam a uma existência especial. Entre os compromissos que assumiam, estava o da abstenção das bebidas espirituosas ou fermentadas. Os Hebreus ofereciam, muitas vezes, um filho ao Senhor, sobretudo se o tinham desejado durante muito tempo e quando se tratava do primogênito, exatamente como, entre vós, muitas mães oferecem seus filhos à Virgem Maria.



JOÃO, O BATISTA – VI


P – Foi providencial a criação do Centro Espiritual Universalista. Julgamos acertada a afirmativa de que, no CEU da LBV, só se aceitam os ensinos de Jesus através do Espírito da Verdade. Estamos desiludidos de “mestres” e instrutores que só querem projeção, dinheiro e cartaz literário. Como explica o Espírito da Verdade estas palavras sobre João (v. 15): “Será cheio do Espírito Santo desde o seio materno”?
R – A sentença é do único Mestre do vosso planeta: “Quem não é por mim é contra mim. Quem comigo não junta, espalha”. O divisionismo é a grande chaga aberta pelos egoístas, infiltrados em todas as boas causas. Só o Novo Mandamento poderá unir os que realmente colocam o Cristo acima de seus melindres e vaidades pessoais. Todos terão de dar o testemunho do Batista: “Importa que eu desapareça, para que Ele apareça”. Por isso estava, antes de renascer, cheio do Espírito Santo. As vozes de além-túmulo já vos revelaram as angústias por que passa o Espírito que vai encarnar de novo, para suportar as provações que lhe são necessárias; quais as suas inquietações, quanto ao resultado dessas novas provas; qual a perturbação que isso lhe cause, perturbação que aumenta continuamente até ao instante do nascimento, e que vai mais longe, ainda que enfraquecendo durante o primeiro período da infância material. Já o sabeis: o Espírito, depois de haver expiado, na erraticidade, as faltas ou crimes cometidos, experimentando sofrimentos ou torturas morais adequados e proporcionais a esses crimes ou faltas, entra na fase da reparação. Escolhe, então, as provações que julga mais apropriadas ao seu adiantamento. Depois, entretanto, essas provações se lhe afiguram sempre terríveis. Tão fraco se sente, examinando o passado, que duvida de suas forças no futuro. Aí começa a perturbação, o estado da ansiedade, a princípio bem nítido, mas que perde em nitidez o que ganha em intensidade, à medo da que no seio materno se forma o invólucro que lhe cumpre revestir e ao qual ele se acha ligado, desde o princípio da concepção, por um laço fluídico, uma espécie de cordão, que gradualmente se encurta, aproximando-o cada vez mais do seu cárcere. Consumado o nascimento, completa é a ligação entre o Espírito e o corpo, do qual aquele não pode mais separar-se. Principiam suas provações. Sofre logo o efeito da perturbação, que, entretanto, muda de caráter: já não é a angústia dos primeiros momentos, é o torpor produzido pela matéria, até que, desenvolvendo-se esta, lhe seja possível adquirir, pouco a pouco, relativa liberdade. Não suponhais, porém, que o mesmo aconteça com um Espírito elevado, que toma a veste carnal como se vestisse um uniforme, dentro do qual se achasse bem aparelhado, para prestar bons serviços à Pátria. É com alegria que esse recebe o amplexo da carne. E, mesmo no seio materno, enquanto não se apertaram inteiramente os laços que o prendem ao corpo, ele – sempre livre – apreciava a importância da obra que lhe foi confiada a extensão da confiança de que o Senhor, por essa forma, lhe dá prova, e daí tira motivo de grande júbilo. Não lhe sucede, desde a concepção, ficar subjugado pela carne: conserva, desde logo, certa independência. Sem sofrer as angústias que precedem a encarnação, sente apenas o entorpecimento que a matéria causa por ocasião do nascer, quando o corpo constringe completamente o Espírito, e que se prolonga até que com o desenvolvimento gradual da matéria aquele readquire sua liberdade. João era cheio do Espírito Santo desde o ceio materno porque, sendo o se Espírito elevadíssimo, atraia a si os que lhe eram iguais ou superiores, de mundos maiores, para assisti-lo na sua missão de Precursor do Cristo de Deus.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

João Batista III e IV




JOÃO, O BATISTA – III


P – Estamos maravilhados com as revelações do Espírito da Verdade, explicando a origem do Precursor de Jesus. E, qual é, segundo a Doutrina do CEU, a missão de Zacarias?

R – Zacarias, inconscientemente, era médium, como agora compreendeis muito bem: vidente, intuitivo pela consciência que tinha de sua visão, e audiente. Assim se explica ter visto o Anjo, ou Espírito Superior, e lhe tenha falado. Foi condenado ao silêncio não pela dúvida, porquanto é avisado o homem que se põe em guarda contra o desconhecido, mas para que sua mudez corroborasse as predições que lhe vinham de ser feitas. Insistimos nas palavras do Anjo a Zacarias, a respeito de Elias, palavras essas repetidas e mais tarde confirmadas pela opinião e pela voz públicas: sim, Elias seria João, João fora Elias. Os Espíritos do Senhor vestem, muitas vezes, com o fim de reerguer a humanidade, uma libré que, aos olhos dos homens, é tida por ínfima, de acordo com seus preconceitos no tocante às condições sociais. É que o devotamento desses Espíritos sabe ser eficaz sob todas as formas. São raras as manifestações dos grandes Espíritos, por meio de encanações ou de aparições conformes ao grau de elevação que já atingiram e à natureza espiritual que lhes é própria; mas há épocas de transição em que elas são necessárias no vosso planeta, como também nos outros. Muitos destes, mais adiantados que a Terra, recebem por sua vez Espíritos ainda mais elevados, com a missão de reavivar as aspirações do Bem e da Justiça, sempre que se enfraquecem. Podeis reconhecer a origem do Espírito pelo seu presente, como reencarnado: “Mácula alguma se lhe notará na vida; o amor a Deus e ao próximo presidirá todos os seus atos e dominará todos os seus pensamentos. Sua infância será tranqüila, isenta dos maus pendores que geralmente se manifestam nas crianças, juventude laboriosa, sobrepujando todos os instintos materiais com o amor ao trabalho e ao progresso. Na virilidade, será irrepreensível, pois nenhum abuso, nenhum excesso a conspurcará. Na velhice, será respeitado, venerado, adorado, no sentido humano da vossa linguagem. Essa velhice será o reflexo de uma vida sem mancha aos olhos do Senhor. Nele, encontrarão indulgência todas as fraquezas; amparo, auxílio, proteção, todos os desfalecimentos. Esperará serenamente a libertação pela morte”. São os sinais que vos fazem conhecer que um Espírito Superior desceu ao vosso meio, para ativar e dar novo impulso ao progresso espiritual do vosso orbe.

P – Pretendeu-se, de modo absoluto, que a ciência pode, mediante um tratamento humano, por termo a esterilidade. Que diz, a respeito, o Espírito da Verdade?

R – Não vedes que muitos doentes morrem, apesar de tratados pela ciência médica, e que outros recobram a saúde? Por que isso? Por que para uns soou a hora, enquanto outros têm de prosseguir na sua jornada. O tratamento que, para os homens, fez com que a mulher (até então estéril) concebesse, não falhou em tantas outras? Por que? Porque a hora de uma chegou, ao passo que a outra deve continuar estéril – ou por toda vida, ou até que chegue a época, e se verifiquem as condições e as circunstâncias de que resulte a cessação da esterilidade. Não vejais, nestes dois pontos de vista, nenhuma fatalidade; não imagineis, sobre os fatos, nenhuma idéia de fatalismo, de predestinação, de escravidão moral: reportais-vos à escolha, que o Espírito faz da natureza e duração das provas. Aqui, temos de repetir, para vosso entendimento: no que se refere à morte, nada há de fatal, senão o natural limite por essas leis fixado como sendo o momento irrevogável do fim humano. Assim, o instante da morte é fatal no sentido de que o livre arbítrio não pode prolongar o curso da vida além desse limite, natura e imutável estabelecido para sua duração. Entretanto, o livre arbítrio do homem pode deter o curso da sua própria vida em certo ponto, entre o nascimento e aquele limite natural e imutável, QUE SÓ RARAMENTE É ATINGIDO. As resoluções tomadas pelo Espírito antes de reencarnar, quanto ao gênero das provações, à extensão e ao término delas, quanto à duração da existência e aos atos que praticará durante a encarnação, assim como o emprego, o uso ou abuso que ele faz da vida terrena, QUASE SEMPRE O IMPEDEM DE ATINGIR ESSE LIMITE. Dentro da latitude que lhe é concedida, pode o Espírito mover-se à vontade. E, da maneira por que usa o seu livre arbítrio, quer antes da encarnação (ao fazer a escolha das provas), quer no decurso da existência terrestre, depende o soar para ele, no fim de determinado tempo, a hora da morte, sob o império das leis naturais que regem a vida. Portanto, para o doente, que morre apesar do tratamento médico, o momento chegou: ou porque tenha atingido o limite natural e imutável, estabelecido para a duração do homem; ou porque tenha atingido o limite restrito que ele próprio traçou, usando de seu livre arbítrio, seja ao tomar suas resoluções antes de voltar à Terra, seja na utilização que fez na existência terrena, isto é, pelos atos que praticou durante a encarnação, ou pelo não preenchimento das condições necessárias ao prolongamento da vida do corpo até o término das suas provas. Tudo isso foi tratado no exame do Quinto Mandamento da Lei de Deus, mas deve ser profundamente meditado, porque a maioria pratica o suicídio lento, sem o saber.



JOÃO, O BATISTA – IV


P – Foram muito oportunas as lições do CEU, da LBV, sobre o “mistério da morte”, que para nós não tem, agora, mistério algum. Quais as instruções da LBV sobre “o mistério do nascimento”?

R – Falam os Evangelistas, assistidos pelos Apóstolos: – Quanto ao nascimento nada há de fatal senão o tempo e as condições determinadas para que ele se dê, segundo as leis naturais e imutáveis que regulam a reprodução em vosso planeta. Mas o livre arbítrio do homem, ou da mulher, pelas resoluções assentadas antes da encarnação, pode obstar ao nascimento em absoluto, ou temporariamente: em absoluto – subtraindo-se à lei de reprodução pela escolha da prova de esterilidade durante a vida toda; temporariamente – escapando ao influxo dessa lei durante um período de tempo determinado, pelas resoluções anteriores à encarnação, caso este em que a cessação da esterilidade ficará dependendo de atos, ou circunstâncias, que se hão de verificar, como conseqüência daquelas resoluções do Espírito. De modo que, quando a mulher (até então estéril) se tornou, no modo de pensar dos homens, capaz de conceber por efeito do tratamento da ciência, o que se deu foi a ação dos atos ou circunstâncias que haviam de fazer cessar a sua condição de estéril, de acordo com as resoluções que seu Espírito fixara, antes de reencarnar, objetivando passar pela prova da esterilidade temporária. Com relação àquela em que o tratamento da ciência nenhum resultado produziu, o que se deu foi que o momento não chegou, ou porque a esterilidade deva ser uma condição de toda a sua existência, de acordo com as resoluções tomadas pelo seu Espírito antes de reencarnar; ou porque, devendo a esterilidade ter uma duração limitada, não se verificaram os atos ou circunstâncias que, ainda como resultado dessas deliberações, lhe haviam de ocasionar a cessação. A CIÊNCIA DE QUE DISPÕES VOSSA HUMANIDADE MATERIAL NADA PODE PRODUZIR CONTRARIAMENTE ÀS LEIS DA NATUREZA, DA REENCARNAÇÃO, DA ESCOLHA E DURAÇÃO DAS PROVAS. Se o Espírito se submeteu, por provação, a uma esterilidade permanente, NADA será capaz de destruí-la. Se, porém, preferiu a alternativa – ou ficar estéril, ou tornar-se fecundo, de acordo com esta ou aquela circunstância, este ou aquele merecimento – então lhe será dado ver modificar-se o seu futuro humano. Figuremos um exemplo: certo Espírito negligenciou de seus deveres de chefe de família ou de mãe dedicada. Toma a firme resolução de reparar seus erros, mas não ousa entrar na esfera da família antes de estar seguro de ter a perseverança necessária; ou se condena a uma longa espera, que lhe torne ainda mais caro o nascimento do filho desejado. Dele, portanto, da sua resolução, dos seus progressos, depende seguir o caminho da constituição do lar. Só então lhe será possível empregar os meios capazes de determinarem a satisfação do seu desejo; só então poderá a ciência ajuda-lo na conquista do seu objetivo, uma vez que, sob as determinações que tomou antes de reencarnar, seus atos, ou uma circunstância, um acidente estranho (na aparência) à sua vontade, o colocam na hora propícia à cessação da esterilidade. Assim, em certos casos, o auxílio da ciência será eficaz, no sentido de concorrer para facilitar, no reencarnado, o desenvolvimento dos fluídos necessários à reprodução. MAS O CERTO É QUE, EM TAIS CASOS, A ESTERILIDADE CESSARIA SEM A INTERVENÇÃO DA CIÊNCIA. De sorte que os casos, nos quais a esterilidade tenha de cessar, constituem para ciência (cujo o auxílio não é indispensável, de modo algum) apenas motivo de estudo dos meios a empregar, com o fim de desenvolver os fluídos necessários à concepção. Não quer isto dizer que deveis renunciar às pesquisas da ciência: ela é um dos meios de realização dos desígnios providenciais. À ciência compete, pelas suas investigações, levar o homem à descoberta de tudo quanto, até hoje, se considerou como mistério ou segredo da natureza. Assim é que muitos reencarnados se apresentam, na marcha do tempo e do progresso, sujeitos a provas que confirmam os resultados obtidos, as conquistas realizadas. Compreendei bem o nosso pensamento quanto ao mistério da fecundação humana: ele vos será brevemente explicado, mas só a poder de provações, de estudos, de perseverança, chegará o homem a ler corretamente no livro misterioso. Ora, é exatamente para facilitar as indagações, animas os investigadores, que muitos Espíritos reencarnam, trazendo por missão servir de objeto de estudos, ou de experimentações, se o preferis. Daí vem que, alguns resultados imprevistos, encorajando o homem a tentar pesquisas mais profundas, o levarão – seguindo a marcha progressiva do vosso planeta e da sua Humanidade no caminho da purificação – a compreender as combinações fluídicas que formam a matéria. Então ele saberá materializar os fluídos; mais prudente, porém, e mais humilde, não procurará anima-los, deixando ao Criador o cuidado de lhes enviar a centelha vivificadora. Não vos equivoqueis sobre o sentido destas palavras: não se vos diz que o homem, como o oleiro que manipula a argila, para fazer uma imagem que se lhe assemelhe, manejará os fluídos para, à sua vontade, os condensar e formar corpos materiais idênticos aos vossos. O que se vos diz, apenas, é que ele saberá compreender, definir, atrair a si os fluídos, para atingir o resultado da formação dos corpos, como sucede em planetas mais adiantados que a Terra, onde os fluídos necessários são atraídos uns para os outros pela simples ação de um duplo e uniforme pensamento. Pois o mesmo acontecerá no vosso planeta, quando houver alcançado este grau de elevação.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

João Batista I e II



JOÃO, O BATISTA – I


P – Qual a interpretação que o CEU da LBV dá ao Evangelho de Jesus segundo Lucas, I: 5 a 25?

R – A mesma dos Evangelistas, assistidos pelos Apóstolos. Vejamos esta passagem evangélica:

5 – Havia, sob o reinado de Herodes, rei da Judéia, um sacerdote chamado Zacarias, da turma de Abias (a oitava das vinte e quatro que David sorteara para servirem no templo cada uma por sua vez); e sua mulher pertencia também à raça de Aarão e se chamava Isabel. 6 – Eram justos aos olhos de Deus e obedeciam a todos mandamentos e ordens do Senhor, de modo irrepreensível. 7 – Não tinham filhos, por ser Isabel estéril e estarem ambos avançados em anos. 8 – Ora, desempenhando Zacarias suas funções sacerdotais perante Deus, na vez da sua turma, 9 – sucedeu que, tirada a sorte, conforme ao que era observado entre os sacerdotes, lhe tocou entrar no santuário do Senhor, para oferecer os perfumes, 10 – enquanto a multidão, do lado de fora, orava no momento de serem os perfumes oferecidos. 11 – Um Anjo do Senhor apareceu a Zacarias, conservando-se de pé, à direita do altar dos perfumes. 12 – Vendo-o, Zacarias ficou todo perturbado e o pavor se apoderou dele. 13 – Mas o Anjo lhe disse: “não tenhas medo, Zacarias, porque a tua súplica foi ouvida e Isabel, tua esposa, terá um filho ao qual darás o nome de João. 14 – Exultarás com isso de alegria, e muitos se rejubilarão com o seu nascimento; 15 – pois ele será grande aos olhos do Senhor, não beberá vinho nem bebida alguma espirituosa, será cheio do Espírito Santo desde o seio materno; 16 – converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus; 17 – e irá à sua frente, com o Espírito e a virtude de Elias, para atrair os corações dos pais aos filhos e os incrédulos à sabedoria dos justos, a fim de preparar para o Senhor um povo perfeito”. 18 – Zacarias disse ao Anjo: “Como me certificarei disso, sendo já velho e estando minha mulher em idade avançada? 19 – O Anjo respondendo lhe disse: “Sou Gabriel, sempre presente diante de Deus, e fui enviado para te falar e te dar esta boa nova. 20 – Vais ficar mudo, e não podereis falar, até o dia em que estas coisas acontecerem, por não haveres acreditado nas minhas palavras, que a seu tempo se cumprirão”. 21 – O povo esperava Zacarias, e se admirava de que estivesse demorando tanto no templo. 22 – Mas, quando ele saiu sem poder falar, todos compreenderam que tivera uma visão no santuário, pois isso lhes dava a entender por sinais, e ficou mudo. 23 – Decorridos os dias do seu ministério sacerdotal, voltou para sua casa. 24 – Tempos depois, Isabel, sua mulher, concebeu. E se ocultou durante cinco meses, dizendo: 25 – “Esta é a graça que o Senhor me fez, quando se dignou de me tirar do opróbrio diante dos homens”.

O nascimento de João, como filho de Isabel, tinha por fim impressionar, desde logo, o espírito público. Isabel era estéril, isto é, não havia concebido até então, e tal se dera por ser da sua missão servir aos desígnios do Senhor. A esterilidade, aqui, se deve entender no sentido de que Isabel, que ainda não chegara, em idade, aos limites extremos além dos quais cessa a fecundidade, segundo as leis naturais da reprodução em vosso planeta, estivera sem filho até aquele momento. È o que verificais, pelas palavras do Anjo à Virgem Maria (versículo 36), falando de Isabel: “ela é chamada estéril”. De qualquer efeito, na humanidade, se deve procurar a causa nos antecedentes da vossa existência, visto que nenhum ato, praticado em precedente encarnação, deixa de ser conseqüência. O homem, como sabeis, nasce e morre muitas vezes, antes de chegar ao estado de perfeição, no qual gozará, em toda plenitude, das faculdades espirituais, isto é, em que possuirá a Caridade e o Amor perfeitos, o conhecimento de Deus e de suas obras, o conhecimento da Verdade sem véu na ordem física (material e fluídica) e na ordem espiritual (moral e intelectual), pela ciência adquirida de tudo o que vive, existe e se move na imensidade da criação. Tal sucede quando o Espírito atingiu a culminância da perfeição sideral, e ainda lhe deixa aberto e por percorrer, do ponto de vista da ciência universal, o caminho do infinito. Cada uma das existências, que se sucedem, é solidária com aquela que a precedeu. E, se os atos não foram culposos, muitas vezes o Espírito – aceitando missão no vosso planeta – também aceita uma série de fatos que hão de acontecer, apesar da repugnância que, à sua condição de reencarnado, devam causar e causem. Assim, Isabel – fazendo parte do grupo de Espíritos que pediram e obtiveram a missão de auxiliar Jesus na sua obra regeneradora – aceitara a condição de mulher, e mulher estéril, o que era tido por opróbrio entre os judeus, a fim de tornar MAIS RUIDOSO o nascimento de João. Assim, igualmente, Zacarias aceitara viver sem filhos: porque a libré da carne lhes tenha feito esquecer os compromissos tomados na vida espiritual, estes não se tornaram menos reais. E haviam de produzir as conseqüências inevitáveis.




JOÃO, O BATISTA – II


P – O Centro Espiritual Universalista da Legião da Boa Vontade, está prestando um grande serviço ao povo, sedento das verdades eternas. Como o CEU explica a missão de Isabel?

R – Diz o Espírito da Verdade: – Acontece com a fecundidade da mulher o que se dá com a fecundidade da planta. Os fluidos, que transportam o pólen para a flor, depositam o germe no seio materno. Mas assim como o pólen se perde no espaço, se não é chegada a hora da reprodução, também o germe humano se aniquila, sem produzir frutos. Não acrediteis que haja, para cada planta, para cada ser organizado, um Espírito especialmente incumbido de lhe comandar a reprodução. A ação espiritual existe, mas é geral, exercendo-se sobre a massa. Os fluidos que vos cercam são divididos conforme às necessidades – tanto da planta, presa ao solo, quanto do homem que procura elevar-se para o céu. O nascimento de cada novo ser se verifica a seu tempo, e só ao seu tempo. Quer com relação à planta, quer com relação aos animais, a formação dos corpos materiais e o nascimento se dão na hora certa, e obedecem às leis gerais. Ocorre o mesmo relativamente ao homem, com esta diferença: aí a formação do corpo e o nascimento são conseqüência de resoluções tomadas (antes da encarnação) pelo Espírito, cujo invólucro material terá de reproduzir ou não, ou reproduzir somente em certas épocas, de acordo com aquelas resoluções. Como sabeis, o Espírito escolhe suas provas. Não lhe cabe compor a matéria do corpo que há de revestir; mas, conforme as provações escolhidas, ele pede, antes de reencarnar, que esse corpo seja adequado às provas que lhe cumpre enfrentar. É, pois, o Espírito que, pela ação da sua vontade, congrega os elementos necessários e repele os impróprios ao fim visado. Quem prepara esses elementos são os Espíritos prepostos à formação dos corpos em geral. Eles atraem as matérias animais, para as condensar e formar os corpos, desempenhando assim, segundo as leis gerais, o encargo que lhes toca na parte humana dos reencarnados, a fim de que esses corpos sejam apropriados ao gênero de provas que os Espíritos terão de suportar: daí as diferentes posições no seio da Humanidade. Ora, o Espírito que vai continuar as suas provas pede, antes de reencarnar, seja a fecundidade material, seja a esterilidade durante todo o tempo da existência, seja ainda a esterilidade ou a fecundidade temporárias, que cessem em épocas determinadas, de acordo com o gênero das provações escolhidas. Resulta que o Espírito, desde os primeiros momentos da encarnação, atrai ou repele os fluídos favoráveis à procriação. Daí os nascimentos inoportunos ou a ausência da concepção: em tais casos, a influência e a ação espirituais apenas se verificam como resultado do pedido do próprio Espírito, isto é, da sua vontade, no momento em que escolheu as provas. Os Espíritos prepostos à formação dos corpos, em geral, agem desde o primeiro momento, para determinar a fecundidade ou a esterilidade, congregando ou dispersando os fluídos necessários à fecundação, até aquele instante em que as condições do reencarnado devam mudar. Uma vez disposto e preparado o corpo para o gênero de provas escolhido, quer se trate de esterilidade, quer da fecundidade, antes que o ocupe o Espírito para quem ele foi formado, submetidos os fluídos respectivos à direção dos Espíritos prepostos, este se limitam a exercer a vigilância precisa para que a prova siga o seu curso, para que os acontecimentos se realizem convenientemente. Assim, o Espírito que escolheu a prova da esterilidade temporária, tomando o corpo com que a suportará, repele, durante certo tempo, os fluídos que servem à fecundidade e, terminado esse tempo, passa a atrair os mesmos fluídos, sempre sob a vigilância dos Espíritos prepostos. Agora, procurai refletir: Zacarias, marido de Isabel, no uso de seus direitos, rogara muitas vezes ao Senhor que o libertasse do opróbrio que pesava sobre o seu lar, concedendo-lhe um filho. Isabel, por sua vez, tinha pedido – dentro das linhas da missão que escolhera e para servir aos desígnios do Senhor – a esterilidade temporária. Daí vem que as condições humanas não se mostraram de molde a favorecer a maternidade, até ao momento em que aqueles desígnios se haviam de cumprir. Aos olhos dos homens, a súplica de Zacarias foi ouvida, pois se verificou o nascimento desejado; mas, do ponto de vista espiritual, o que se deu foi a cessação da prova da esterilidade. Tendo soado a hora da concepção e do nascimento, veio ao mundo aquele que seria o precursor de Jesus.

terça-feira, 24 de julho de 2012

A LETRA MATA



A LETRA MATA


P – Estamos radiantes com as lições do Centro Espiritual Universalista da LBV, preparatórias da UNIFICAÇÃO DAS QUATRO REVELAÇÕES DE JESUS. Qual o processo que o CEU adotará para análise da Segunda Revelação?

R – O Apóstolo Paulo deixou uma advertência que vos deve orientar: “A letra mata, o Espírito vivifica” (II aos Coríntios, III: 6). Antes, o Mestre de Paulo, e de todos os Apóstolos, declarou: “O Espírito é que vivifica; a carne de nada serve. As palavras que Eu vos digo são Espírito e vida” (Evangelho segundo João, VI: 64). Agora, damos início à Segunda Revelação, começando pelos Evangelhos Sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas), reunidos e harmonizados para facilitar o entendimento do povo, usando a linguagem mais simples do Unificador.

LUCAS, I: 1-4 – 1 – Tendo muitas pessoas empreendido escrever a história das coisas realizadas entre nós, 2 – de acordo com que nos transmitiram aqueles que, desde o princípio, as viram com seus próprios olhos e foram os ministros da Palavra, 3 – pareceu-me, excelentíssimo Teófilo, conveniente, - depois de haver informado exatamente dessas coisas, desde o seus início – narrar-te toda a série delas, 4 – para que conheças a verdade da doutrina em que foste instruído.

Os Evangelistas eram, sem o saberem, médiuns historiadores inspirados, mas dentro dos liames da humanidade, guardando em face da aptidão carismática, a independência da natureza que lhes era peculiar. Assim, quando escreviam, captavam a intuição dos que os auxiliavam em suas narrativas. Escreviam, ou de acordo com o que tinham visto, ou com o que lhes fora revelado por aqueles que – como diz Lucas – viram com seus próprios olhos as coisas, desde o princípio, e foram os ministros da Palavra. Mas a intuição lhes vinha da Inspiração Divina, por intermédio de Espíritos Superiores, que desempenhavam o papel de ministros de Deus, agindo sobre a natureza humana, livre e falível de cada um deles. O homem precisa compreender que, seja qual for o objetivo que se lhe dê por meta, forçoso é se humanizem os meios postos à sua disposição; por conseguinte, esses meios se tornam imperfeitos, PORQUE NADA HÁ DE IMPECÁVEL NAS OBRAS HUMANAS. A cada Evangelista cabia, no quadro geral, uma parte da narração. Os tradutores e interpretadores, freqüentemente, falsearam a intenção primitiva. As palavras dos Apóstolos passaram de boca em boca, durante muito tempo, antes que fossem escritas, o que deu causa, de certo modo, às diferenças que se notam nos Evangelhos. Levando em conta o que, nas relações mediúnicas há de particularmente humano, e por isso capaz de embaraça-las, tereis desvendado o segredo dessas diferenças, aliás POUCO IMPORTANTES EM SI MESMAS. Não podendo deixar de ser assim, os Evangelistas – em certos casos que vos serão assinalados – ficavam privados da inspiração, entregues ao próprio critério em alguns pontos da narrativa, oriundos da voz pública, até que o ESPÍRITO DA VERDADE VIESSE EXPLICÁ-LOS E TORNÁ-LOS COMPREENSÍVEIS. As divergências apontadas servem, exatamente, para atestar a autenticidade dos Evangelhos. Se os Evangelhos tivessem sido falsificados, não somente pela errônea interpretação dos tradutores, nada seria mais fácil que pô-los de acordo todos quatro. As divergências, repetimos, DEVEM SER CONSIDERADAS COMO A CARACTERÍSTICA DA VERACIDADE DELES. Visto que sempre há erro em tudo o que é humano, as diferenças nos Evangelhos são devidas à condição humana dos narradores, que conservavam a independência da natureza que lhes era particular, ainda quando sob a inspiração que os auxiliava. Mas essas disparidades não atingem, absolutamente, nem a base nem os elementos da REVELAÇÃO MESSIÂNICA, isto é: nem a origem, senão divina no sentido próprio da palavra, ao menos perfeitamente pura e imaculada do Cristo; nem sua missão de AMOR AINDA INCOMPREENDIDO que é a do Novo Mandamento; nem a Doutrina que pregou, Doutrina que não é sua, mas do Pai que o enviou; nem as verdades eternas que trouxe; nem suas predições e promessas; nem o modo velado pela letra, da revelação que o Anjo (ou Espírito Superior) fez a Maria e José, do seu aparecimento e da sua passagem pela Terra; nem sua vida humilde, pura, irrepreensível, quer do ponto de vista humano, quer do ponto de vista espiritual; nem os fatos chamados milagres, operados por ele durante a sua permanência entre os homens; nem sua “morte” infamante; nem o desaparecimento do seu corpo de dentro do sepulcro, não obstante estar selada a pedra que o fechava; nem sua “ressurreição”, nem suas aparições às mulheres e aos discípulos; nem sua volta definitiva à natureza espiritual que lhe era própria, na época denominada “ascensão”. Sendo assim fiéis, cada um dentro do seu quadro, os Evangelhos se explicam e se completam mutuamente, formando o conjunto da obra da REVELAÇÃO MESSIÂNICA. Não vos agarreis às contradições de palavras ou diferenças de minúcias, todas secundárias, sem nenhum valor, e que não afetam a mensagem do Mestre. Olhai com mais amplitude para a tarefa que vos foi confiada: revelar os “mistérios”, que darão a conhecer aos povos, em Espírito e Verdade, quem é o Filho e prepara-los para saber quem é o Pai. Tendes de patentear aos olhos de todos a Verdade, tal como precisa ser vista e admirada, mas nos seus fatos principais, não em particularidades sem importância alguma. O tempo corre, vossas horas estão contadas, não as desperdiceis em tardanças inúteis. Ocupai-vos com os fatos graves, que possam alterar a fé ou que tenham sido adulterados pela tradição. Passai, sem vos deterdes, pelas críticas baseadas em minudências, dignas de prender somente a atenção das crianças ou adultos pueris, evitando controvérsias que não vos edificam. Não confundais nunca, nos Evangelhos, as palavras ditas pelo Mestre, os atos por ele praticados, as revelações e os acontecimentos reais, com o que, em tais narrativas, reflete e reproduz, como havia de suceder, as impressões, opiniões e interpretações dos homens da época, feitas de acordo com seus preconceitos, ou com as tradições relativas a essas palavras, a esses atos, revelações e acontecimentos, à natureza e ao caráter que revestiam. Reuni e harmonizai os versículos que, nos Evangelhos segundo Mateus, Marcos e Lucas, se correspondem, a fim de, submetendo a um só comentário os Sinóticos, evitardes as repetições. Os Evangelhos são um conjunto de fatos ocorridos, ligados entre si, sem estarem sujeito a uma ordem cronológica. Ao comentardes separadamente o Evangelho segundo João, ainda para evitar repetições, vos reportareis as explicações necessárias que já tiverdes recebido, com relação aos pontos correspondentes, nos três primeiros. A este respeito, todavia, seguireis a direção que vos dermos, e fareis sob os nossos olhos a classificação.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

CIÊNCIA DO CRISTIANISMO




CIÊNCIA DO CRISTIANISMO


P – Como Legionário da Boa Vontade, sabemos que a grandeza da LBV reside no seu descortino fraternal, anti-sectária, na vivência maravilhosa do Novo Mandamento de Jesus. Qual a posição do CEU diante do Espiritismo?
R – De absoluto respeito à Terceira Revelação, sem a qual seria impossível a explicação do Apocalipse. A codificação de Allan Kardec deve a Humanidade o caminho da sua libertação espiritual. O Espiritismo é a CIÊNCIA DO DRISTIANISMO DO CRISTO, o Cristianismo que só se revelou com “O Livro dos Espíritos”, em 1857. A Verdadeira Era Cristã teve início com as obras do codificador.

P – Há vantagem em praticar o Espiritismo?
R – Sim, depois do estudo profundo que impões a dignidade das coisas sérias. A maioria, infelizmente, não estuda, e daí resultam os fatos que lamentamos.

P – Como se deve praticá-lo?
R – Após o conhecimento perfeito da Terceira Revelação, o mais seguro desenvolvimento das mediunidades. Depois, sim, participar de reuniões sérias, com uma pontualidade LEGIONÁRIA, pois os Guias não têm tempo a perder nem abençoam frivolidades. Sua missão é a Caridade do AMAI-VOS, instruindo os Espíritos inferiores, ajudando os sofredores que se querem libertar da ignorância espiritual, enfim – reeducando a todos no CRISTIANISMO DO NOVO MANDAMENTO.

P – Como se pode abusar do Espiritismo?
R – Fazendo evocações com finalidade puramente diversionista; recebendo e valorizando comunicações pueris; evocando Espíritos para receber uma paga dos que desejam ouvi-los. Esse é o baixo Espiritismo a que aludem os representantes da treva internacional, e que só aproveita aos que desejam renome e projeção em rádio, jornal e televisão.

P – Corre perigo quem recebe comunicações estando sozinho?
R – Sem dúvida. Os médiuns que as recebem, nessas ocasiões, acabam sempre obsessos, no fim de pouco tempo. Contam-se nos dedos os que, como João, na Ilha de Patmos, podem trabalhar em solidão total.

P – Pode-se assistir as sessões com toda espécie de gente?
R – Não: somente com pessoas sérias, aquelas que se reúnem com o pensamento em Deus, e por isso têm a assistência real dos Guias.

P – Todos devem procurar desenvolver suas mediunidades?
R – Todos são, mais ou menos, médiuns. Assim, convém que desenvolvam os seus dons, QUANDO ORIENTADOS por quem os possa orientar, dentro da Lei de Deus. Só então serão úteis aos semelhantes, aos bons Espíritos e a si mesmos.

P – É permitido ao médium recusar os seus serviços?
R – Se assumiu o compromisso de fazer Caridade, não se justifica a recusa. A mediunidade é instrumento de redenção do seu portador, que não deve perder as ocasiões de estar em dia com a Lei, resgatando todos os seus débitos de vidas passadas.

P – Quais as condições imprescindíveis a uma sessão espiritual?
R – O recolhimento, a interiorização, a prece profunda, a paz de consciência e o desejo de fazer somente o Bem.

P – Podem os Espíritos ter influência sobre nós, quando nos achamos fora das sessões?
R – Sim, essa influência, desconhecida para a maioria, não deixa de ser real e muito importante. Daí a recomendação do Mestre: ORAI E VIGIAI.


P – Como se exerce tal influência sobre as pessoas?
R – Os Espíritos agem sobre o seu pensamento sem que elas o percebam. Atuam, muitas vezes, MATERIALMENTE, pelo emprego do fluído, como faz o magnetizador.

P – Essa influência é sempre boa?
R – Depende do sentimento do Espírito: se ele é bom, sua influência é salutar; se é mau, sua influência e perniciosa. Convém pois, chamar a si os bons Espíritos, que afastam os maus, imediatamente, QUANDO HÁ MERECIMENTO.

P – Como permite Deus – que é infinitamente bom – que os Espíritos maus nos venham induzir ao mal ou fazer-nos sofrer?
R – Para vos experimentar. Por que permite Deus que o homem mau arraste outros à prática do crime? O caso é idêntico. Lembrai-vos: Os Espíritos maus não podem fazer mau algum aos que têm a assistência dos Espíritos bons.

P – Mas os Bons Espíritos estarão dispostos, sempre, a nos proteger?
R – Sim, se o chamardes sempre. Deus destinou a cada um de vós um Protetor, Guia, ou Anjo da Guarda.

P – Basta oração para afastar os Espíritos perversos?
R – Certamente não: É preciso praticar sempre o Bem.

P – Que é obsessão?
R – A união de um Espírito mau a uma pessoa, com o fim de atormenta-la e faze-la praticar atos ridículos ou nefastos. Nessas condições, tal pessoa fica reduzida ao estado de demência.

P – Os médiuns podem estar expostos à obsessão?
R – Sim, quando não estudam, não levam a sério a sua responsabilidade e aceitam tudo o que dizem os maus Espíritos, através de falsos médiuns, que às vezes, falam por si mesmo, sem espírito algum.

P – Como fazer cessar a obsessão?
R – Pela união permanente com Deus, pela prece e pela pratica incessante da Caridade, que não se limita à distribuição de donativos em dinheiro. Caridade é AMOR para com todos, principalmente para com os inimigos.


terça-feira, 5 de junho de 2012

OS DONS DE DEUS




OS DONS DE DEUS


P – Apreciamos muito a referência às mediunidades, ou carismas, com que o Pai distingue tantos de seus filhos na Terra. Não é uma coisa maravilhosa possuir esses dons de Deus?
R – Nem sempre: a maioria dos casos, essas mediunidades, ou carismas são dolorosas provações para Espíritos culpados, como ensina o CEU.


P – Todos podem ser médiuns?
R – Sim, exercitando-se pacientemente, durante um tempo mais ou menos longo, DEPOIS DO ESTUDO DA VERDADEIRA DOUTRINA CRISTÃ.

P – A mediunidade é útil à pessoa que a possui?
R – Sim, e não somente a ela, mas a todos aqueles aos quais os ensinos dos Espíritos Superiores podem inspirar pensamentos salutares e generosos sentimentos.

P – Todos os Espíritos podem comunicar-se?
R – Sim, quando Deus o permite.

P – E por que Deus concede essa permissão aos Espíritos maus?
R – Para servirem de lição aos homens, mostrando-lhes a que triste estado os maus se acham reduzidos no outro mundo; e também para que, por vossas preces e instruções, eles adquiram bons sentimentos e se regenerem.

P – Como podemos saber que um Espírito é bom?
R – Pelas suas comunicações, que não podem deixar de ser moralmente elevadas. Sua linguagem nunca será lisonjeira ou frívola, seja para si próprio, seja para aqueles a quem se dirige.

P – Como devemos tratar os Espíritos maus, atrasados, imperfeitos?
R – Deveis instruí-los, moraliza-los, reeduca-los, orando sempre por eles; quando se apresentam zombeteiros, são mais infelizes.

P – Quais são as principais mediunidades?
R – A tiptológica, a sematológica, a psicográfica, a auditiva, a de vidência, a de sonambulismo, a de materialização, que exigem um preparo espiritual impecável.

P – Como entender bem essas mediunidades?
R – O médium tiptológico recebe as comunicações dos Espíritos provocando pancadas, mais ou menos fortes, nos objetos materiais que os cercam; o médium sematológico recebe manifestações através de sinais combinados com antecedência, como o movimento de móveis em sentido determinado; o psicógrafo – por escrito; o auditivo – ouvindo-lhes a voz; o vidente – vendo seus perispíritos, que tomam a forma que tiveram na vida terrena; o sonâmbulo – prestando-lhe seu corpo, do qual o Espírito se apossa momentaneamente, servindo-se dele como se fosse seu próprio corpo; o de materializações – cedendo os seus fluídos animalizados para que, combinados com os que se encontram no espaço, o Espírito apresente uma forma visível e tangível para todos.

P – Quais são os melhores médiuns?
R – Os que recebem as melhores comunicações.

P – Como devem proceder os médiuns?
R – Não devem esquecer, em momento algum, que sua faculdade – mediunidade ou carisma – lhes pode ser retirada se dela abusarem, seja para satisfação da curiosidade vã, ou para outro qualquer fim, sem utilidade para a instrução, a verdadeira educação e o progresso de todos.

P – Será coisa nova a mediunidade?
R – Ela nasceu com as primeiras criaturas. Foi praticada, sempre, em todos os tempos. Entre os hebreus, por exemplo, o abuso chegou a tal ponto que Moisés proibiu a sua prática.

P – Podeis citar algumas provas da antiguidade dos médiuns?
R – Sócrates afirmava que era inspirado por um Espírito familiar. A Bíblia encerra inúmeros casos, da Gênesis ao Apocalipse. Falaremos de todos eles na explicação das Revelações do Cristo de Deus.