quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Apocalipse Revelado por Alziro Zarur - 1967 - Programa 04

4º PROGRAMA__________________________________________________________


Meus amigos e meus Irmãos,

DEUS ESTÁ PRESENTE!


Como escreveu Victor Hugo: “Mais poderosa do que todos os exércitos do mundo, é uma idéia cujo tempo tenha chegado”. O NOVO MANDAMENTO DE JESUS é esta Idéia. A Revelação deste Novo Mandamento do Cristo Planetário é a Idéia Máxima, a última palavra deste fim de ciclo. É o caminho da realização da grande profecia do Redentor: HAVERÁ UM SÓ REBANHO PARA UM SÓ PASTOR. “Não vos deixareis órfãos, Eu voltarei”. O Pastor do Rebanho Único, que nos deu o seu Novo Mandamento está voltando à Humanidade. E é por isso que estamos levando a todo o Brasil o Apocalipse de Jesus, segundo São João, o último livro da Bíblia sagrada, o Livro das Profecias Finais, o Livro que, nesta altura da marcha da Humanidade, é o mais importante de toda a Bíblia Sagrada.
Vamos, então, continuar na explicação do Apocalipse em Espírito e Verdade, à Luz do Novo Mandamento. No versículo 8, do primeiro capítulo:

8 – Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, o que é, o que era e que há de vir, o Todo-poderoso.

Como se vê, surge aqui outro interlocutor. Até esse momento quem falava era João, o Evangelista, mas este versículo não tem ligação com o versículo que o precedeu, nem com o que vai se lhe seguir. Deve-se determinar, portanto, quem aqui está falando, naturalmente que através dos termos que emprega. De novo encontramos a expressão: “o que é, o que era, e que há de vir”. Já fizemos notar que se refere, exclusivamente, a Deus, o Criador Incriado e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo. Mas, naturalmente, alguém perguntará: “A palavra ‘Senhor’ não dará a entender que se trata de Jesus, o Cristo?” Muito já se escreveu sobre este ponto. Barnes, por exemplo, com o original grego na mão, diz que está escrito Deus, não “Senhor”; Deus, Senhor não. E esta é a linha adotada por Griesbach, por Tittman e Hahn, e é, hoje, considerada a lição correta e definitiva. Por exemplo, Bloomfield subentende a palavra Deus e a considera as palavras “o Princípio e o Fim” como interpolação.
Assim, com propriedade, termina a primeira divisão principal deste capítulo com uma revelação de si mesmo feita pelo GRANDE DEUS, como tendo uma eternidade de existência, passada e futura, e um poder infinito, estando por isso em condições de realizar as ameaças e promessas constantes do Apocalipse.

No versículo 9, encontramos:

9 – Eu, João, que também sou vosso irmão, companheiro na aflição e no reino e paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus, e pelo testemunho do Senhor Jesus.

Como se vê, o assunto passa agora a seguir novo rumo, apresentando João, o Discípulo Amado, o lugar e as circunstâncias em que foi dado o Apocalipse. Primeiramente, se apresenta como irmão da Igreja Universal, seu companheiro nas aflições que acompanham a profissão cristã nesta vida terrena. E é duro ser cristão cá embaixo! Mas, também, do contrário, qual seria o nosso merecimento? O merecimento é testemunhar Jesus diante da incredulidade, da chalaça, da galhofa, da debilidade mental, da irresponsabilidade da maioria esmagadora da Humanidade. Este é que tem merecimento, neste é que há honra e glória para Nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, aí está o padrão: é o Discípulo Amado, companheiro nas aflições que acompanham a vida de cada cristão no plano terra.

E no reino
Estas palavras têm dado motivo a muita controvérsia. Na realidade, João quer dizer que os cristãos, no estado presente, se encontram no REINO DO CRISTO, ou, em outros termos, que já estava estabelecido, nos seus dias, o REINO DO CRISTO? Se esta linguagem tem alguma relação com o estado presente, deve tê-la num sentido muito limitado. Os que defendem sua aplicação terrena se socorrem, geralmente, em São Pedro, I Epístola, capítulo 2, versículo 9, para provar a existência de um Reino no estado presente e para mostrar a sua natureza. Mas, como observamos a propósito do versículo 6, o REINO literal dos Santos é ainda coisa do futuro. Como está nos Atos dos Apóstolos, capítulo 14, versículo 22: “É por muitas tribulações que nos importa conquistar o REINO DE DEUS”. Mas, quando tivermos entrado nesse REINO, então cessou a tribulação. A tribulação e o REINO não podem existir simultaneamente. O grande estudioso Murdock, ao traduzir do siríaco este versículo, omite a palavra “reino”, e apresenta a seguinte lição: “Eu, João, vosso irmão, e companheiro na aflição e sofrimento que estão em Cristo Jesus”; não fala em “reino”. Wakefield traduz: “Eu, João, vosso irmão e participante convosco em sofrer a aflição do REINO DE JESUS”, etc. Bloomfield diz que “pelas palavras ‘aflição’ e ‘paciência’ são significadas aflições, perturbações que devem ser suportadas por causa e na causa do Cristo de Deus. ‘Reino’ refere-se a que há de ser participante com eles no REINO que lhes está preparado”. Diz ele que “o melhor comentário a esta passagem está em São Paulo, na Segunda a Timóteo, capítulo 2, versículo 12, onde lemos: ‘Se sofremos, também com Ele reinaremos’. De tudo isto podemos concluir com segurança que, posto haja um REINO de graça no presente estado, o REINO a que aludia João é o futuro REINO de glória. O sofrimento e paciência são preparatórios para a sua conquista”. Realmente, para conquistar o REINO DE DEUS é preciso sofrer muito.
O REINO DE DEUS é daqueles que sofrem e amam, já dizia Pietro Ubaldi.

Agora vamos ver o lugar em que se encontra o intérprete da grande visão que lhe foi dada pelo Cristo de Deus. É uma ilha chamada patmos. Uma ilha pequena, estéril, perto da Costa ocidental da Ásia Menor, entre a ilha de Icária e o Promontório de Mileto, onde no tempo de João se encontrava a mais próxima Igreja Cristã. Tem cerca de oito milhas de comprimento, uma de largura, e dezoito de perímetro. Seu nome atual é Patmosa ou Patino. A costa é escarpada. Consta de uma sucessão de cabos, que formam muitos portos. O único usado hoje é uma profunda baía protegida por altos montes de todos os lados, exceto de um, onde é protegida por um promontório. A povoação ligada a este porto está situada num monte escarpado e rochoso, sobranceiro ao mar, e é o único local habitado da ilha. Bem a cerca de meio caminho do monte em que está construída esta povoação existe uma gruta natural na rocha onde João teve a sua visão e escreveu este Apocalipse.
Claro que ele foi aí o grande médium inspirado, foi o vidente e o psicógrafo. O Apocalipse é de Jesus, não nos cansemos de repetir.
Devido ao seu caráter agreste e isolado, Patmos era usada, pelo Império Romano como lugar de exílio, o que explica o ter João sido banido para lá. Ele foi exilado pelo testemunho do Evangelho. Os imperadores, seus áulicos não admitiam que se falasse no nome de Jesus, como também os principais sacerdotes. Supõe-se, geralmente, que o exílio do Apóstolo teve lugar pelo ano 94, sob imperador Domiciano; por isso, a data atribuída à composição do Apocalipse é 95 ou 96.
Pois bem, meus amigos, meus Irmãos, por causa da Palavra de Deus e pelo testemunho de Jesus, o Cristo; este é que foi o grande “crime”, o “procedimento miserável”, “condenável” de João, o Discípulo Amado. Seu “crime” era este: pregar a Verdade e fazer Caridade! É o meu “crime”, é o “crime” de todo Legionário digno deste nome, graças a Deus!
Pois bem, o tiranete Domiciano, revestido então da púrpura imperial de Roma, mais eminente pelos seus vícios do que pela sua própria posição civil, recuou perante este idoso, mas intrépido Apóstolo. Não ousou permitir a promulgação do seu puro Evangelho dentro dos limites do Império. Temos aí a origem do exílio de João, o Evangelista. Domiciano o exilou para a solitária Patmos, onde, se bem que, ainda vivo, se podia dizer que estava fora do mundo. Retendo-o lá, naquela ilha estéril, solitária, e no cruel trabalho das minas, julgava o imperador, sem dúvida, ter-se desfeito do Pregador, e que o mundo não ouviria mais falar dele. A história se repete e, assim, pensavam também, sem dúvida, os perseguidores de Bunyan quando o encerraram na prisão de Bedford. Mas, quando o homem pensa ter sepultado a Verdade no esquecimento eterno, Deus lhe dá uma ressurreição com decuplicada glória e poder. Da escura e acanhada cela, Bunyan irradiou uma luz espiritual que, à seguir a própria Bíblia, defendeu os interesses do Evangelho de Jesus. E, assim, também, da estéril ilha de Patmos, onde Domiciano pensava estar, para sempre, extinto o grande farol da Verdade, veio a magnífica revelação de todo o cânon sagrado, que irradia seu divino fulgor sobre toda a Humanidade, até ao fim dos tempos – é este Apocalipse. E quantos haviam de reverenciar o nome do Discípulo Amado! Deixar-se prender com deleite pelas suas arrebatadoras visões da glória celeste! E jamais ouviram o nome do monstro que causou seu exílio! Quem é que sabe quem foi Domiciano? E, entretanto, aí está o Discípulo Amado, em toda a sua glória, com este maravilhoso Apocalipse! Realmente, já na presente vida se aplicam, por vezes, as palavras da Bíblia Santa, que declaram que o justo ficará em memória eterna, mas o nome do ímpio apodrecerá.
É a pura verdade!

No versículo 10, vimos João dizer:

10 – Eu fui arrebatado, em Espírito, no dia do Senhor, e ouvi atrás de mim uma grande voz como de trombeta.

Em espírito... Fui arrebatado em espírito...
Embora seqüestrado de todos os que professavam igual fé e quase exilado do mundo, o Discípulo Amado não estava separado de Deus, nem do Cristo, nem do Espírito santo.
E é o meu caso. É o caso de todos aqueles que trazem missão, mas são bloqueados e sabotados pela ignorância espiritual. Mas está certo, é assim mesmo, do contrário não haveria merecimento! Se Jesus viesse em pessoa pregar de novo, que é que fariam com Ele? Pior do que fizeram da primeira vez! Só que, desta vez, Jesus está voltando e não é para ser crucificado não, é para dar a sentença final, é para separar os justos dos injustos, os bons dos maus, as ovelhas dos bodes. Vai separa o trigo do joio. Você tem de escolher, desde já, entre o Bem e o mal, entre o Cristo e o Anti-Cristo. Não há outra escolha.
Pois bem, embora solitário, João mantinha ainda comunhão com o seu Divino Senhor. E a expressão em espírito sugere o mais alto estado de elevação mental, ou espiritual, a que uma pessoa pode ser levada pelo Espírito de Deus. Na verdade, meus amigos, marcava o início da sua visão extraordinária. Isto aconteceu no Dia do Senhor.

Meus amigos, este Dia do Senhor é tão importante, mas tão importante mesmo, que nós vamos falar, exclusivamente quase, sobre ele amanhã. Porque houve um pecado humano que é, realmente, deplorável e se refere ao Dia do Senhor.
Nós não temos, aqui, nenhum fanatismo. Vocês nos conhecem muito bem. Os Legionários são os espíritos mais evoluídos do planeta, porque não se agarram a exclusivismos, sectarismos, radicalismos, intolerâncias, intransigências. A verdadeira Família Legionária, os 144 mil salvos, UM SÓ REBANHO PARA UM SÓ PASTOR – representa o que há de mais elevado em matéria de evolução espiritual.
Amanhã nós vamos ver exatamente isto: o significado do Dia do Senhor e a barbaridade que se processou contra o Dia do Senhor. Isto é muito importante!

QUE A PAZ DE DEUS ESTEJA COM TODOS! E

VIVA JESUS!

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