segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

NONO E DÉCIMO MANDAMENTO




NONO MANDAMENTO


P – Qual a explicação do CEU da LBV para o Nono Mandamento da Lei de Deus?

R – Falam os Evangelistas, assistidos pelos Apóstolos e por Moisés: - Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” – Não é o que entra no homem que o contamina ou macula. O que entra pela boca, e vai ao estômago, desce aos intestinos e é lançado fora. O que contamina o homem é o que lhe sobe do coração à boca; são as palavras que levam o mal ao próximo e desafiam a justiça de Deus. A verdade, em toda sua magnitude, deve inspirar as palavras daquele que ama a Deus e procura caminhar pelo reto pensamento. Como ensina o Mestre, todos darão contas das palavras ociosas, ou envenenadas, que proferem. Este Mandamento, apropriado a uma época em que – pelo testemunho de um só homem – um outro podia, em certos casos, ser condenado à morte, se estende avolumando-se de novos princípios, a todos os séculos, até ao fim dos tempos. No período da era hebraica, de que falamos, quando este Mandamento apareceu, bastava que um homem acusasse a outro de blasfemo, ou pecador, para que o acusado sofresse a pena de lapidação, E essas tradições, esses costumes dos hebreus, por longos séculos, e sob diversos aspectos e pontos de vista diferentes, deixaram traços que ainda se notam nas vossas legislações humanas: civis, políticas e religiosas. Não levantar falso testemunho é, em toda ocasião, em todo lugar, em todos os casos, render homenagem à Verdade. É desfraldar, sem vexame nem vacilação, o estandarte da Justiça. É não temer altear o facho de luz e destruir o alqueire que a cobre, para faze-la brilhar aos olhos de todos. É relembrar as palavras de Jesus: fazei aos homens o que quereis que eles vos façam, porque o mal volta sempre a quem o faz. Não pronunciar falso testemunho é marchar, sempre, de acordo com a própria consciência. É testemunhar o Cristo diante dos homens, sejam quais forem as conseqüências, porque o Bem nunca será vencido pelo mal.



DÉCIMO MANDAMENTO


P – Como interpreta o CEU da LBV o Décimo Mandamento da Lei de Deus?

R – O CEU estabelece a diferença entre a Lei de Deus, confiada por Jesus ao legislador hebreu, e alei (ou as leis) de Moisés. Porque a LBV não admite as alterações introduzidas no Decálogo Divino pela Besta do Apocalipse. Os Dez Mandamentos são aqueles que se encontram nos livros de Moisés: Êxodo, XX: 2 a 17, e Deuteronômio, V: 6 a 21, no Velho Testamento da Bíblia Sagrada. Não fazem parte do Decálogo estes mandamentos dados por Moisés ao seu povo: “Amarais o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento” (Deuteronômio, VI: 5), e “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Levítico, XIX: 18). A lei de Moises é que se refere o Evangelho segundo Mateus, XXII: 34 a 40, nestes termos: “Entretanto, os fariseus, sabendo que ele fizera calar os saduceus, reuniram-se em conselho. E um deles, intérprete da lei (de Moisés), para tentá-lo, perguntou-lhe: “Mestre, qual é o grande mandamento da lei”? Respondeu-lhe Jesus: “Amarais o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento”. Este é o primeiro e grande mandamento. O segundo, semelhante a este, é: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Destes dói mandamentos dependem toda a lei (de Moisés) e os profetas”. Assim já se podia entender o Décimo Mandamento da Lei de Deus: “Não cobiçarás a casa de teu próximo; não cobiçarás a mulher de teu próximo, nem seu servo, nem sua serva, nem seu boi, nem seu jumento, nem coisa alguma que seja de teu próximo”. Ensinam os Evangelistas, assistidos pelos Apóstolos e por Moisés: - Este Mandamento revela ao homem que não basta evitar qualquer ação má; cumpre-lhe vencer o mau pensamento, porque para Deus, em muitas circunstâncias, vale tanto quanto o próprio ato. Efetivamente, o homem que concebe um mau designo, mas não o pode executar, seja por temor das leis, seja porque o impeçam os acontecimentos, não é tão culpado quanto aquele que consegue executa-lo? Faltou-lhe a ocasião – eis tudo. Homens, limpai os sepulcros de vossos corações; purificai os vossos pensamentos; que nenhum deles seja de ordem a vos fazer corar diante de vossos irmãos, pois o que não ousais confessar a homens falíveis, como vós, está exposto aos olhos do Supremo Juiz, que lê claramente no mais recôndito de vossas almas!

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