PREGAÇÃO DE
JOÃO, O BATISTA
P – Unificando as Quatro Revelações
de Jesus, pelo Novo Mandamento, a LBV presta um grande serviço à Humanidade.
Como o Centro Espiritual Universalista (CEU) explica a pregação e o batismo do
Precursor de Jesus?
R – Responde o Espírito da
Verdade, harmonizando estas passagens do Evangelho: Mateus, cap. III, vs. 1-6;
Marcos, cap. I, vs. 1-5; Lucas, cap. III, vs. 1-5. Ler e meditar:
MATEUS: 1 – A esse tempo,
veio João pregando pelo deserto da Judéia. 2 - Dizia: “Arrependei-vos, pois o
Reino de Deus está próximo”. 3 – Eis aqui aquele de quem falou o profeta
Isaías, dizendo: “Voz do que clama do deserto: preparai o caminho do Senhor;
endireitai suas veredas”. 4 – João trazia uma veste de peles de camelo e um
sinto de couro em volta da cintura; alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre.
5 – Os habitantes de Jerusalém, de toda a Judéia e de toda a região
circunvizinha do Jordão, iam ter com ele; 6 – e, confessando seus pecados, eram
por ele batizados no Jordão”.
MARCOS: 1 – Princípio do
Evangelho de Jesus, o Cristo, filho de Deus, 2 – como está no profeta Isaías:
“Eis que envio à tua frente o meu Anjo, e ele preparará o teu caminho. 3 – Voz
do que clama no deserto: “Preparai o caminho do Senhor; tornai retas as suas
veredas”. 4 – João esteve no deserto, batizando e pregando o batismo de penitência
para remissão dos pecados. 5 – Toda a Judéia e todos os habitantes de Jerusalém
iam ter com ele e, confessando seus pecados, eram por ele batizados no rio
Jordão”.
LUCAS: 1 – No décimo quinto
ano do império de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judéia;
Herodes, tetrarca da Galiléia; Felipe, seu irmão, tetrarca da Ituréia e da
província de Traconites; Lisônias tetrarca de Abilene; sendo príncipes dos
sacerdotes Anais e Caifás; o Senhor fez ouvir a sua voz no deserto a João,
filho de Zacarias, 3 – e ele percorreu todas as cercanias do Jordão, pregando o
batismo de penitência para remissão dos pecados, 4 – conforme está escrito no
livro das palavras do profeta Isaías: “Voz do que clama no deserto: preparai o
caminho do Senhor; endireitai suas veredas. 5 – Todo vale será aterrado; todas
as montanhas e colinas serão arrasadas; os caminhos tortuosos se tornarão
retos; os escabrosos ficarão planos; e toda a carne verá a salvação do Senhor”.
Os homens sempre se servem
dos termos que lhe são compreensíveis, e os empregam como podem. A Palavra
de Deus é o mesmo que A Inspiração Divina. DEUS NÃO SE COMUNICA
DIRETAMENTE COM OS HOMENS. Por mais puro que seja o espírito encarnado, o
invólucro carnal ergue intransponível barreira entre o homem e a Divindade. Mas
o Senhor envia os grandes Espíritos e, inspirando-os diretamente, os
constitui órgãos transmissores da sua vontade. Deus nunca falou a João, como
nunca falou a Moisés e Elias, como jamais falou a nenhum dos profetas. Uns eram
médiuns videntes e audientes, outros eram médiuns inspirados, de acordo com a
elevação de seus Espíritos. João, no tempo certo, recebeu no deserto a
inspiração do Senhor, para dar começo ao desempenho da missão que lhe fora
confiada. Inspirado, ainda, pelos Espíritos Superiores foi que ele percorreu
todas as cercanias do Jordão, pregando um batismo de arrependimento, e
batizando nesse rio todos os que iam procura-lo para confessar os seus pecados.
O Batista era um Espírito Superior em missão no vosso mundo, predestinado a
abrir os caminhos e prepara-los, a fim de que mais facilmente a luz se pudesse
fazer. Pelo seu caráter ríspido, pelos seus costumes e hábitos em
contraste com os de seus contemporâneos, chamava sobre si a atenção de todos.
Sua palavra, severa e rude, forçava os homens, a se penitenciarem seriamente.
Preparava, assim, os caminhos do Senhor, preparando os do Cristo. Era a cabeça
do rebanho, a caminhar à frente, agitando a campainha, para que todas as
ovelhas perdidas percebessem de que lado podia vir a salvação. A confissão dos
pecados nesse tempo, como mais tarde, nas primeiras horas do Cristianismo, SE
FAZIA DIANTE DE TODOS, PUBLICAMENTE E EM VOZ ALTA. Despertava ,
assim, profundo sentimento de humildade, porque exige grande desprendimento o
ousar alguém confessar, diante de todos, AS FALTAS, AS TORPEZAS, AS INFÂMIAS
QUE PODEM GERMINAR NO FUNDO DO CORAÇÃO HUMANO. Era uma barreira oposta às
recaídas, porque o homem que sabe serem conhecidos SEUS PENSAMENTOS MAIS
SECRETOS, TODOS OS SEUS MAUS PENDORES, terá de refrear sua natureza animal, a
fim de evitar as suspeitas em que poderia incorrer, ao menor desvio. E porque a
confissão era pública, feita sempre em voz alta, Deus a ouvia. Estas
palavras: “Todo vale será aterrado, todas as montanhas e colinas serão arrasadas,
os caminhos tortuosos se tornarão retos e os escabrosos focarão planos” se
aplicam a subversão moral, à renovação espiritual que a Doutrina de Jesus havia
de operar – e opera até hoje – por intermédio do Espírito da Verdade por Ele
prometido ao vosso planeta. Os vales serão aterrados e se elevarão; as
“montanhas”, cuja fronte orgulhosa tenta deter a marcha do progresso, serão
arrasadas. O “nível” passará pela natureza toda, erguendo os pequeninos,
rebaixando os grandes, dando a cada um a medida exata do que lhe caiba, pelo
seu merecimento. E toda carne verá a salvação do Senhor, isto é, todos
os homens e mulheres, que praticarem a sublime moral do Novo Mandamento, se
integrarão no Salvador.
A MENSAGEM E O
TESTEMUNHO DO BATISTA
P – A grande virtude da LBV
é restaurar o Cristianismo em sua pureza primitiva, e isso, realmente, só podia
ser feito pelo Novo Mandamento revelado. Como é que o CEU (Centro Espiritual
Universalista) da LBV interpreta a mensagem de João?
R – O Espírito da Verdade
responderá, harmonizando as seguintes passagens do Evangelho de Jesus: Mateus,
cap. III, vs. 7-12; Marcos, cap. I, vs. 6-8; Lucas, cap. III, vs. 7-18. Atenção
para esses textos bíblicos:
MATEUS: 7 – Mas, vendo João
muitos dos fariseus e saduceus que vinham ao seu batismo, disse-lhes: Raça de
víboras, quem vos ensinou a fugir da ira que há de vir? 8 – Tratai de produzir
frutos dignos de arrependimento, 9 – e não procureis dizer dentro de vós:
“Temos Abraão por pai”, porque eu vos declaro que destas pedras Deus pode suscitar
filhos a Abraão. 10 – O machado já está posto à raiz das árvores: toda árvore
que não dá bom fruto será cortada e lançada ao fogo. 11 – Eu, na verdade, vos
batizo com água, para vos levar à penitência; mas o que vem, depois de mim, é
mais poderoso que eu, e não sou digno de levar-lhe as sandálias; ele vos
batizará com o Espírito Santo e com fogo. 12 – Traz na mão a sua pá, e limpará
bem a sua eira; recolherá o seu trigo no celeiro, mas queimará a palha em fogo
inextinguível.
MARCOS: 6 – João vestia pele
de camelo, usava uma tira de couro em volta da cintura e se alimentava de
gafanhotos e mel silvestre. Pregava dizendo: 7 – Aquele que é mais poderoso que
eu virá depois de mim, e não sou digno de me abaixar diante de seus pés, para
lhe desatar as correias das sandálias. 8 – Eu vos batizo com água; Ele, porém,
vos batizará com o Espírito Santo.
LUCAS: 7 – João dizia ao
povo, que acorria em bandos para ser batizado: “Raça de víboras, quem vos
ensinou a fugir da ira vindoura?” 8 – Daí, pois, frutos dignos do vosso
arrependimento, e não comeceis a dizer dentro de vós: “Temos Abraão como pai”,
porque eu vos declaro que Deus é poderoso para, destas pedras, fazer que nasçam
filhos a Abraão. 9 – Já o machado está posto à raiz das árvores: toda árvore
que não der bom fruto será cortada e lançada ao fogo. 10 – O povo lhe
perguntava: “Que havemos, então, de fazer?” 11 – João respondia: “Aquele que
tem duas túnicas dê uma ao que não tem; aquele que tem comida faça o mesmo.” 12
– Foram, também, publicanos para o batismo, e lhe perguntaram: “Que havemos de
fazer?” 13 – Ele respondeu: “Não cobreis mais do que está prescrito na lei”. 14
– Perguntaram-lhe, ainda, alguns soldados: “E nós o que havemos de fazer?”
Respondeu-lhes: “Não pratiqueis violência contra ninguém nem façais denúncia
falsa, e contentai-vos com o vosso soldo”. 15 – Estando o povo na expectativa,
pensando consigo mesmo que talvez João fosse o Cristo, 16 – disse ele a todos:
“Eu, na verdade, vos batizo com água, mas logo virá quem é mais poderoso que
eu, e não sou digno de lhe desatar as correias das sandálias; Ele vos batizará
com o Espírito Santo e com fogo. 17 – Traz na mão a sua pá, e limpará bem a sua
eira, para recolher o trigo no seu celeiro; mas queimará a palha em fogo
inextinguível. 18 – Assim João anunciava ao povo o Evangelho de Jesus.
João era o Precursor da
Verdade, e ele mesmo o declarou. Suas aspirações não iam nem deviam ir
além da missão que lhe cumpria desempenhar. Mediunicamente ligado aos Espíritos
Superiores, a cujo número pertencia, os quais o assistiam e inspiravam, era
dirigido em todas as circunstâncias pela intuição, e possuía a humildade que
deveria guiar a todos vós na Terra. Tinha consciência do que aguarda o Espírito
na sua volta à Pátria Espiritual; mas, acima de tudo, tinha absoluta
consciência da sua missão de Precursor. Esta consistia, em preparar os homens
para o arrependimento, servindo-se de um símbolo que lhes daria a compreender a
purificação e de que necessitavam: LAVAVA SEUS CORPOS, A FIM DE OS DISPOR A
LAVAREM SEUS CORAÇÕES. Purificava-lhes o invólucro material, para os compelir à
purificação de sues Espíritos, exortando-os – em resposta às perguntas que lhe
faziam – à prática da Justiça, da Caridade, do Amor. Sua missão, portanto, era preparatória:
Jesus viria completá-la. João era a voz do que clama no deserto, até que as
populações se reunissem para ouvir a pregação da Verdade. Estas palavras “Não
comeceis a dizer, dentro de vós mesmos, TEMOS ABRAÃO POR PAI, porque destas
pedras Deus pode fazer que nasçam filhos a Abraão; o machado já está posto à
raiz das árvores; toda árvore que não dá bom fruto ele a corta e lança ao fogo”,
se referem a todos os tempos – ao tempo em que o Batista falava, aos tempos que
se seguirem, até ao fim dos tempos, isto é, até a volta do Cristo de Deus. Os
sacerdotes judeus não reconheciam como filho do Senhor senão aqueles que viviam
curvados ao seu jugo, da mesma forma que a Igreja de Roma não admite salvação
para os que não lhe obedecem cegamente. Que representa Abraão para os hebreus?
O chefe da família (ou povo) que vai herdar o Reino de Deus. Por aquelas
palavras inspiradas ao Precursor, deus quer que fique bem claro serem seus
filhos TODOS OS QUE VÃO A ELE, DE CORAÇÃO LIMPO. É como se dissesse: “Não
entram no meu Reino os filhos de Abraão que desprezaram minhas leis e
desfiguraram meus preceitos, como também os que, no futuro, as desprezaram e os
desfigurarem. Todo aquele, porém, que ouve a minha voz e arranca a árvore má,
produtora de maus frutos, e só deixa no coração a boa semente, que há de
fertilizar a terra, este está no caminho que a mim conduz, esse é meu filho
para sempre. Filhos de Abraão não são os que me dizem “Senhor! Senhor!”,
mas tão somente aqueles que cumprem a minha Lei, quaisquer que eles sejam.
Todos os limpos de coração é que olho como filhos, e só eles terão entrada no
meu Reino!” E aí está o símbolo da árvore: a que não der bom fruto será cortada
e lançada ao fogo. Já compreendeis o sentido oculto destas palavras que,
apropriadas às inteligências daquela época, eram destinadas a despertá-las da
ignorância. A árvore que não dá bons frutos é o Espírito encarnado que sucumbe
nas suas provas. Depois da “morte”, quando o Anjo da Libertação lhe houver
ceifado a existência, será lançado ao fogo, isto é, será – primeiro – ao
entrar em expiação no mundo espiritual, submetido a sofrimentos ou torturas
morais, proporcionados e apropriados aos crimes que haja cometido; depois
– à reencarnação que, abrindo-lhe a caminho da reparação, e ao mesmo tempo,
meio de purificação e de progresso.
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