terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

JESUS, O CRISTO DE DEUS




JESUS, O CRISTO DE DEUS


P – Diz a Igreja de Roma que Jesus é Deus. Qual a orientação do CEU da LBV?

R – É exatamente a mesma do Espírito da Verdade: – Uns vêem em Jesus, ao mesmo tempo, um homem igual a eles no concernente ao envoltório corporal, isto é, revestido de um corpo material, humano, sujeito à morte como qualquer homem do vosso planeta, concebido e gerado no ventre da Virgem Maria, e O PRÓPRIO DEUS “milagrosamente” encarnado no seio de uma virgem, mercê de concepção e geração por obra do Espírito Santo e, EM RAZÃO DISSO MESMO, como conseqüência de gravidez e parto por obra do Espírito Santo. Esses vêem, em Jesus, um Homem-Deus, atribuindo-lhe a divindade, com a declaração de ser ele Deus mesmo, feito homem, mortal como eles próprios, realmente morto no Gólgota, e ressuscitado graças a ter o Espírito novamente entrado num cadáver humano. Outros vêem, em Jesus, apenas um homem carnal como eles, um homem do planeta Terra, fruto da obra humana de José e Maria, realmente morto no Gólgota e não ressuscitado. Eis, na era cristã, sob o véu da letra, as duas crenças humanas que sobreviveram a todas as hipóteses, a todos os sistemas, a todas as interpretações, a todas as controvérsias e contradições humanas, e que separam e dividem – em meio à multidão dos que duvidam e pesquisam – aqueles a quem se chama cristãos ortodoxos e os denominados livres-pensadores. O que assim é, como tudo o que foi e teve curso, desde o aparecimento de Jesus no mundo, havia de o ser diante e depois das revelações hebraica e messiânica, sob o império da letra – a título transitório – com o fim de preparar e conduzir os homens ao advento do Espírito. Com efeito, as revelações hebraica e messiânica, obra da vontade divina para o progresso da Humanidade, devem ser explicadas segundo o espírito que vivifica, pois não há nada oculto que não seja descoberto, e jamais rejeitadas, porque a letra – que deu os frutos que devia dar – agora mata. Para o desenvolvimento do Espírito, para a marcha gradativa da Humanidade na via do progresso físico, intelectual e também moral, tudo tem, de acordo com a presciência de Deus, sua razão de ser nas revelações sucessivas e ascensionais. Essas revelações sempre se conformam na medida do que o homem pode compreender sob a influência do meio, preconceitos e tradições, com o nível das inteligências e necessidades de cada época, sendo ministradas a princípio – durante a longa infância da Humanidade – sob a capa do mistério, sob o véu da letra, e depois – nos tempos precursores da sua virilidade – segundo o espírito, isto é, EM ESPÍRITO E VERDADE. Tudo, de há muitos séculos, fora preparado para esse objetivo, mediante a era e a revelação hebraica, como também pelos Espíritos em missão entre os gentios, ou seja, para a vinda de Jesus ao planeta e o desempenho da sua missão terrena. A revelação hebraica anunciara a vinda do Messias sob duplo aspecto do ponto de vista de sua origem e de sua natureza: a princípio, dando-lhe origem e natureza humanas, devendo ele ser póstero de Abraão, pertencer à casa de David; depois, intencionalmente, apresentando-o sob a dúvida, o impreciso, a obscuridade e o véu da letra, com origem e natureza extra-humanas, estranhas às leis de reprodução da Terra, devendo ser concebido e gerado por uma virgem, milagrosamente, com um caráter divino; deveriam os homens cognomina-lo “Emmanuel”, isto é, DEUS CONOSCO. De acordo com as interpretações dadas às profecias, segundo a letra, os judeus aguardavam o Messias predito e prometido, filho de David, tendo-o por um libertador material, chamado a lhes proporcionar a reconquista de sua independência e de sua nacionalidade, e mais ainda – a expansão do seu domínio e do seu império sobre todos os povos e nações do mundo. Mas a verdade começaria a surgir após o desempenho da missão terrena de Jesus. Antes de findo o primeiro século da era nova, aberta pelo Cristo, o Apóstolo Mateus, Marcos (discípulo do Apóstolo Pedro), Lucas (discípulo do Apóstolo Paulo) e o Apóstolo João que haviam reencarnado em missão para esse propósito já tinham escrito os Quatro Evangelhos, sob a influência e inspiração dos Espíritos do Senhor – cada qual em seu gênero e no tempo em que suas palavras deveriam sucessivamente manifestar-se considerando os níveis das inteligências e aspirações daquela época. Os Evangelhos eram destinados a, reciprocamente, explicar-se e completar-se. E chamados pela vontade de Deus, a conservar e transmitir às gerações futuras, sem interrupção, a grande obra da Revelação Messiânica: eram o código da renovação do mundo, monumento imperecível que, em seu caráter de OBRA DA VERDADE, realizada pela vontade divina, deveria com o passar dos tempos ver cair-lhe aos pés tudo quanto, apócrifo ou falso, se havia de produzir ou ser fruto dos erros humanos; obra que viria a ser a fonte e a regra da fé, a princípio sob o véu da letra, mas depois, sob o reinado do Espírito, à luz do Novo Mandamento, na era nova do CRISTIANISMO DO CRISTO. Agora o mundo inteiro pode compreender que Jesus, o Cristo de Deus, não é Deus nem jamais afirmou fosse Deus. Todas as suas palavras, intencionalmente veladas pela letra, ou mesmo não veladas, dispostas a servir à sua época e a preparar o futuro, a constituir – pelo espírito que vivifica – base da vindoura revelação, por ele predita e prometida, do Espírito da Verdade, protestam contra a divindade que lhe atribui a casta sacerdotal organizada. Jesus não é Deus, porque DEUS É UM SÓ, porque não há outro Deus senão o Pai, que é o único e verdadeiro Deus – eterno, imutável, infinito, que cria (não, porém, pela divisão de sua essência), Criador incriado, de quem TUDO E TODOS recebem o ser. E Jesus não foi um homem carnal como iremos provar na explicação dos Evangelhos harmonizados e unificados pela vontade de Deus.

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