quarta-feira, 23 de abril de 2014

DEUS E A VIDA UNIVERSAL – V e VI





DEUS E A VIDA UNIVERSAL – V


P – A evolução do Espírito através dos reinos da Natureza é uma verdadeira maravilha! O conhecimento da Lei dos Fluidos é, realmente, de um valor inestimável! Como o CEU da LBV explica a “matéria” do perispírito?

R – Ensina o Espírito da Verdade: – Sob a influência atrativa dos fluidos em geral, os do perispírito variam, incessantemente, acompanhando a marcha progressiva do Espírito cujo envoltório formam, até que o mesmo Espírito haja atingido a Perfeição. Isso se dá, quer se trate de um que permaneceu sempre puro, quer de outro que tenha falido em suas provas. De acordo com as suas tendências e com o grau do seu progresso, o Espírito assimila, constantemente, os fluidos que estejam mais em relação com a sua inteligência e suas necessidades espirituais. QUANTO MAIS INFERIOR ELE É, MAIS OPACOS E PESADOS SÃO OS FLUIDOS PERISPIRÍTICOS. Da maior ou menor elevação do espírito depende a maior ou menor quantidade de fluidos puros na composição do seu perispírito. Assim, os corpos fluídicos formados pelos perispíritos apresentam maior ou menor fluidez, são mais ou menos densos, conforme à elevação do Espírito encarnado nessa matéria. Dizemos “matéria” porque, efetivamente, PARA O ESPÍRITO, O PERISPÍRITO É MATÉRIA. O perispírito, tanto do Espírito que faliu quanto daquele que se manteve puro, forçosamente se modifica de conformidade com as fases da existência e com as provações. Só quando o Espírito atingiu a Perfeição, e só então, lhe é dado modifica voluntariamente o seu perispírito, de acordo com as necessidades do momento, com as regiões que tenha de percorrer, com as missões que o Senhor lhe confia, conservando-se inalterável a essência purificada do mesmo perispírito. Entre os que se transviam, Espíritos há que, no curso do seu desenvolvimento, e por vezes mesmo ao ensaiarem os primeiros passos, teimam em fazer mal uso do livre arbítrio, e se tornam obstinadamente orgulhosos, egoístas, invejosos, indóceis aos seus Guias, contra os quais se revoltam. Esses Espíritos presunçosos e revoltados, cuja queda os leva às condições mais animais da humanidade, são então humanizados, isto é, para serem domados e progredirem sob a opressão da carne, reencarnam em mundos primitivos, ainda virgens da presença do homem, mas preparados e prontos para essas encarnações. Reencarnam em substâncias humanas, às quais não se pode dar, propriamente, o nome de corpos. Os elementos dessas substâncias encontram-se esparsos na imensidade e, pela ação dos Espíritos prepostos a essa missão, se congregam no meio cósmico do planeta onde a encarnação tem de se operar. São substâncias também destinadas a progredir, a desenvolver-se por meio da procriação, nas condições estabelecidas para a execução da lei natural e imutável de reprodução em tal caso. Revestido de seu perispírito e sob a direção e a vigilância dos Espíritos prepostos, o Espírito atrai aqueles elementos destinados a lhe formarem o invólucro material, do mesmo modo que o imã atrai o ferro. Ainda aí se verifica o resultado de uma atração magnética, prevista e regulada pelas leis naturais e imutáveis, constituindo esse resultado uma das aplicações de tais leis. Após a queda e antes de encarnar, o Espírito – pelas suas tendências naturais – têm já composto o seu perispírito, conservando os fluidos (que ele assimilou para tal fim) a influência que lhe é própria. No curso da encarnação, esses fluidos mudam de natureza, sempre de acordo com os progressos ou as faltas do Espírito. Se a encarnação produz melhoria no estado moral, os fluidos que constituem o perispírito experimentam a melhora correspondente. É, para nos servirmos de uma comparação humana, a rapariga do povo despindo suas roupas grosseiras para envergar o vestido de noiva. A matéria que o Espírito anima lhe auxilia o desenvolvimento, quer se trate do Espírito humano, quer se trate da essência espiritual, isto é, do Espírito em formação nos reinos mineral, vegetal e animal. Entre os que se transviam, muitos há também cujo o transviamento só se dá depois de terem sido por largo tempo, durante séculos, dóceis aos Espíritos incumbidos de os guiar e desenvolver; depois de haverem trilhado, até certo ponto mais ou menos avançado de desenvolvimento moral e intelectual o caminho do progresso que lhes era indicado! Esses encarnam em planetas mais ou menos inferiores, mais ou menos elevados, conforme ao grau de culpabilidade, a fim de sofrerem uma encarnação mais ou menos fluídica, apropriada e proporcionada à falta cometida e às necessidades do progresso na elevação espiritual. Assim como Deus criou, cria e criará, em progressão contínua, na imensidade, no infinito e na eternidade, essências espirituais e portanto, Espíritos – também criou, cria e criará, sempre, mundos adequados a todos os gêneros de encarnação, para os que se transviaram, ainda se transviam e depois se transviarão. Assim, sempre houve, há e haverá, por um lado, terras primitivas, mundos materiais, mais ou menos inferiores, mais ou menos elevados, mais ou menos superiores, uns em relação aos outros, e, por outro lado mundos cada vez menos materiais, cada vez mais fluídicos, até os planetas da mais pura fluidez, a que podeis chamar MUNDOS CELESTES, DIVINOS, os quais só tem acesso os ESPÍRITOS PUROS. Os Espíritos que, obedientes aos seus Guias, seguem a diretriz que lhes é apontada para poderem progredir – esses trilham o caminho da elevação através de esferas fluídicas sucessivamente mais adiantadas, onde tudo está em relação com as inteligências que as habitam. Permanecendo dóceis, elevam-se dessa forma pela eternidade afora, depois de haverem passado por TODAS AS FASES DE EXISTÊNCIAS, por todas as provas necessárias a uma ascensão tão alta até chegarem à Perfeição. A essa altura, NULA SE TORNA SOBRE ELES A INFLUÊNCIA DA MATÉRIA. Dizemos “da matéria” porque, para o Espírito, os fluidos do perispírito (e o que ele assimila) nada mais são que matéria. Para atingirem essa Perfeição, os Espíritos que se mantiveram puros na infância, na fase de instrução e ao longo da estrada do progresso, cumpre também que, guiados pelos seus Protetores, percorram (na medida e na conformidade da elevação alcançada), todas as esferas, as terras primitivas, os mundos inferiores e superiores de todos os graus, as moradas inumeráveis dos que, por terem falido, sofrem as encarnações e reencarnações sucessivas, tanto materiais quanto fluídicas em suas diversas gradações, até que, TORNADA NULA SOBRE ELES A INFLUÊNCIA DA MATÉRIA, consigam entrada na categoria dos Espíritos puros. Esse percurso, porém, aqueles Espíritos o executam sempre na qualidade de espíritos, pois seus estudos se fazem no espaço, no grande livro do Universo. Os que faliram, para chegarem à Perfeição, também são obrigados a percorrer, na medida e na conformidade da elevação de cada um, todos os mundos que os Espíritos Puros habitam, assim como os que servem de habitação aos encarnados, em todos os graus da escala espiritual. Com relação aos mundos que os encarnados habitam, bastam àqueles Espíritos os estudos humanos: os dos outros mundos eles o fazem no estado de erraticidade, que se segue a cada encarnação. Cumpre-lhes, nesse estado, percorrer todas as camadas de ar e de orbes que flutuam no espaço, aprendendo aqui, ensinando ali, sempre se elevando às regiões superiores. É a marcha infinita para Deus!



DEUS E A VIDA UNIVERSAL – VI

P – Como devemos compreender para saber, desejamos que o Espírito da Verdade nos esclareça o seguinte: Jesus seguiu os mesmos caminhos de todas as criaturas humanas, até ser UM COM O PAI?


R – Jesus é um Espírito que, puro na fase da inocência e da ignorância, da infância e da instrução, sempre dócil aos que tinham o encargo de o guiar e desenvolver, seguiu simples e gradualmente a diretriz que lhe era indicada para progredir. Não tendo falido nunca, Ele se conservou puro, atingiu a PERFEIÇÃO SIDERAL e se tornou ESPÍRITO DE PUREZA IMACULADA. Jesus, já o dissemos a todos vós, é a maior essência espiritual depois de Deus, MAS NÃO Á A ÚNICA. É um espírito do número desses aos quais, usando das expressões humanas, se poderia dizer que compõe a GUARDA DE HONRA DO REI DE TODOS OS CÉUS: presidiu a formação da Terra, investido por Deus na missão de a proteger e governar, e a governa do alto dos esplendores celestes, como Espírito de pureza primitiva, perfeita e imaculada, que nunca faliu e permanece INFALÍVEL POR SE ACHAR EM RELAÇÃO DIRETA COM A DIVINDADE. É nosso e vosso Mestre, Guia Supremo da Falange Sagrada dos Espíritos encarregados do progresso da Terra e da Humanidade terrestre. Só Ele vos pode levar à Perfeição, como declarou nestas palavras: – “NINGUÉM VAI A DEUS SENÃO POR MIM. SEM MINHA PROTEÇÃO, NADA PODEIS FAZER”. Agora, procurai compreender o sentido e o alcance destas linhas: “A criação do primeiro homem é uma figura, oriunda da necessidade de apropriar os ensinamentos à inteligência humana. A genealogia de Jesus vai remontar a Adão só figuradamente, do mesmo modo que a criação do corpo do homem, formado de limo, vai remontar ao próprio Deus. Acompanhai-lhe a GENEALOGIA ESPIRITUAL e remontareis a Deus, o Criador ÚNICO de tudo o que é perfeito e puro”. TUDO, repetimos, tem uma origem comum: tudo vem do infinitamente pequeno para o infinitamente grande, para Deus, ponto de partida e de reunião. Tudo provém de Deus e volta para Deus. Observai como tudo se encadeia na imensa Natureza que o Senhor vos faz descortinar. Verificai como em todos os reinos há espécies intermediárias, que ligam entre si todas as espécies, umas participando do mineral e do vegetal, da pedra e da planta; outras do vegetal e do animal, da planta e do bicho; outras, enfim, do animal e do hominal, do bicho e do homem. São elos preciosos que tudo ligam, que tudo mantêm e pelos quais atravessa o Espírito no Estado de formação. Passando sucessivamente por todos os reinos e pelas espécies intermediárias, o Espírito – mediante um desenvolvimento gradual e contínuo, ascende da condição de essência espiritual originária à de espírito formado, à VIDA CONSCIENTE, LIVRE, RESPONSÁVEL – À CONDIÇÃO DE HOMEM. São elos perfeitos, que prendem as coisas umas às outras, a fim de que os homens possa mais facilmente compreender a unidade dessa Criação tão grande, TÃO GRANDE QUE A INTELIGÊNCIA É INCAPAZ DE APREENDÊ-LA COM OS SEUS OLHOS DE TOUPEIRA! O orgulho dos sábios aristocratas protestará: – “O quê? O Homem, o Rei da Criação, provindo de tal fonte, tendo tão ínfima origem?” A Verdade do Evangelho, trazida pessoalmente por Jesus, provocou muito deboche, desencadeou ataques furiosos de escribas e fariseus. Que dilúvio de impropérios não causará a explicação do Apocalipse? Tem de ser assim, exatamente assim. E que importa? Sempre é tempo de queimar a palha no fogo inextinguível. Que a chocarrice da ignorância, procurando assustar e perturbar aqueles a quem temos a missão de esclarecer, por ordem do Mestre e segundo a vontade de Deus, não diga que desse modo o homem leva ao matadouro o Espírito destinado a animar o corpo de seu pai ou de seu filho!

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