quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

AMOR A DEUS E AO PRÓXIMO





AMOR A DEUS E AO PRÓXIMO


P – Jesus destacou a importância especial dos mandamentos da Lei de Moisés para os hebreus: “Amarais o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento” e “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” – respectivamente, Deuteronômio, capítulo VI, versículos 4-5, e Levítico, XIX: 18. Por que, então, não foram ambos incluídos nos Dez Mandamentos da Lei de Deus?

R – Porque o Cristo, ao confiar o Decálogo a Moisés, sabia que os hebreus não estavam preparados para vive-los: eles só entendiam o “olho por olho, dente por dente”, dadas as condições do seu pouco adiantamento espiritual; preferiu que esses mandamentos figurassem entre as leis civis e religiosas de Moisés, até que, indo pessoalmente aos homens, Jesus pudesse dizer: “Toda a lei e os profetas se acham contidos nestes dois mandamentos” (Evangelho segundo Mateus, XXII: 40). E, pouco depois, concluir: “Eu vos dou o Novo Mandamento: amai-vos uns aos outros como Eu vos amei uns aos outros” (Evangelho segundo João, XIII: 34). Só mesmo o Cristo poderia dar este Novo Mandamento, que substitui todo o Decálogo, de acordo com a Quarta e Última Revelação confiada à LBV. Na verdade, quem for capaz de viver o Novo Mandamento, como Jesus o viveu, cumprirá facilmente os Mandamentos da Lei de Deus. Por isso escrevem os Evangelistas, assistidos pelos Apóstolos e por Moisés: - Amar a Deus é render homenagem ao princípio do amor, à cauda da vida. Criatura ínfima, que pode o homem (ou o Espírito que anima essa forma grosseira) fazer, como testemunho de reconhecimento ao Onipotente, por todos os tesouros que lhe pôs nas mãos, a fim de que deles se utilizem incessantemente? AMAR, porque o amor inspira a submissão, a gratidão e o respeito; porque o amor é o laço – o único – a ligar a criatura ao Criador. E esse amor deve manifestar-se de todos os modos, porque representa a criação inteira. Para amar a Deus, deve o homem limpara seu coração, seus Espírito e seu corpo de todas as nódoas, pois o amor induz à aproximação e tudo o que é impuro não pode aproximar-se de Deus. Deve limpar o corpo porque este é o instrumento com que o Espírito, reencarnado, cumpre suas provas e depura o coração na sua marcha ascensional, através do progresso físico, e por conseqüência o do envoltório corporal, liberta-o da liga impura da matéria cada vez mais, no curso das vidas sucessivas. Para amar a Deus, tem o homem trabalhar continuamente por elevar a sua inteligência, alargar os seus conhecimentos, dilatar sua ciência, porque a ignorância não pode aproximar-se da Onisciência, e tudo o que é AMOR tende a se unir. Amar a Deus é fundir-se na Humanidade, é absorver-se no amor fraternal, por isso que todo homem, como todas as criaturas do Senhor, provém do mesmo princípio, tende ao mesmo fim, é uma parte do Ser dividido ao infinito, para elevar-se do infinitamente pequeno ao infinitamente grande, na individualidade e na imortalidade.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

NONO E DÉCIMO MANDAMENTO




NONO MANDAMENTO


P – Qual a explicação do CEU da LBV para o Nono Mandamento da Lei de Deus?

R – Falam os Evangelistas, assistidos pelos Apóstolos e por Moisés: - Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” – Não é o que entra no homem que o contamina ou macula. O que entra pela boca, e vai ao estômago, desce aos intestinos e é lançado fora. O que contamina o homem é o que lhe sobe do coração à boca; são as palavras que levam o mal ao próximo e desafiam a justiça de Deus. A verdade, em toda sua magnitude, deve inspirar as palavras daquele que ama a Deus e procura caminhar pelo reto pensamento. Como ensina o Mestre, todos darão contas das palavras ociosas, ou envenenadas, que proferem. Este Mandamento, apropriado a uma época em que – pelo testemunho de um só homem – um outro podia, em certos casos, ser condenado à morte, se estende avolumando-se de novos princípios, a todos os séculos, até ao fim dos tempos. No período da era hebraica, de que falamos, quando este Mandamento apareceu, bastava que um homem acusasse a outro de blasfemo, ou pecador, para que o acusado sofresse a pena de lapidação, E essas tradições, esses costumes dos hebreus, por longos séculos, e sob diversos aspectos e pontos de vista diferentes, deixaram traços que ainda se notam nas vossas legislações humanas: civis, políticas e religiosas. Não levantar falso testemunho é, em toda ocasião, em todo lugar, em todos os casos, render homenagem à Verdade. É desfraldar, sem vexame nem vacilação, o estandarte da Justiça. É não temer altear o facho de luz e destruir o alqueire que a cobre, para faze-la brilhar aos olhos de todos. É relembrar as palavras de Jesus: fazei aos homens o que quereis que eles vos façam, porque o mal volta sempre a quem o faz. Não pronunciar falso testemunho é marchar, sempre, de acordo com a própria consciência. É testemunhar o Cristo diante dos homens, sejam quais forem as conseqüências, porque o Bem nunca será vencido pelo mal.



DÉCIMO MANDAMENTO


P – Como interpreta o CEU da LBV o Décimo Mandamento da Lei de Deus?

R – O CEU estabelece a diferença entre a Lei de Deus, confiada por Jesus ao legislador hebreu, e alei (ou as leis) de Moisés. Porque a LBV não admite as alterações introduzidas no Decálogo Divino pela Besta do Apocalipse. Os Dez Mandamentos são aqueles que se encontram nos livros de Moisés: Êxodo, XX: 2 a 17, e Deuteronômio, V: 6 a 21, no Velho Testamento da Bíblia Sagrada. Não fazem parte do Decálogo estes mandamentos dados por Moisés ao seu povo: “Amarais o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento” (Deuteronômio, VI: 5), e “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Levítico, XIX: 18). A lei de Moises é que se refere o Evangelho segundo Mateus, XXII: 34 a 40, nestes termos: “Entretanto, os fariseus, sabendo que ele fizera calar os saduceus, reuniram-se em conselho. E um deles, intérprete da lei (de Moisés), para tentá-lo, perguntou-lhe: “Mestre, qual é o grande mandamento da lei”? Respondeu-lhe Jesus: “Amarais o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento”. Este é o primeiro e grande mandamento. O segundo, semelhante a este, é: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Destes dói mandamentos dependem toda a lei (de Moisés) e os profetas”. Assim já se podia entender o Décimo Mandamento da Lei de Deus: “Não cobiçarás a casa de teu próximo; não cobiçarás a mulher de teu próximo, nem seu servo, nem sua serva, nem seu boi, nem seu jumento, nem coisa alguma que seja de teu próximo”. Ensinam os Evangelistas, assistidos pelos Apóstolos e por Moisés: - Este Mandamento revela ao homem que não basta evitar qualquer ação má; cumpre-lhe vencer o mau pensamento, porque para Deus, em muitas circunstâncias, vale tanto quanto o próprio ato. Efetivamente, o homem que concebe um mau designo, mas não o pode executar, seja por temor das leis, seja porque o impeçam os acontecimentos, não é tão culpado quanto aquele que consegue executa-lo? Faltou-lhe a ocasião – eis tudo. Homens, limpai os sepulcros de vossos corações; purificai os vossos pensamentos; que nenhum deles seja de ordem a vos fazer corar diante de vossos irmãos, pois o que não ousais confessar a homens falíveis, como vós, está exposto aos olhos do Supremo Juiz, que lê claramente no mais recôndito de vossas almas!

sábado, 21 de janeiro de 2012

SÉTIMO E OITAVO MANDAMENTO





SÉTIMO MANDAMENTO


P – Qual a explicação integral do Sétimo Mandamento, no CEU da LBV?

R – É a do Espírito da Verdade, aclarando e unificando as Quatro Revelações de Jesus. Falam, pois, os Evangelistas, assistidos pelos Apóstolos e por Moisés: “Não cometerás adultério” – A natureza material do homem o impele para a lubricidade. Nada lhe refreia os desejos, desde que se entregue aos instintos animais. E sabeis que esses instintos dominavam naquela época. Não vedes que, ainda hoje, eles arrastam muitos de vossos irmãos a vergonhosos transviamentos? Os laços que prendem, um ao outro, os Espíritos do homem e da mulher, e que o induzem a perpetuar a espécie, têm origem nobre e pura, de onde a materialidade da encarnação os desviou, mas à qual terão de voltar. A proibição de cometer adultério devia bastar, para conter os excessos.Mas, ainda aí, a interpretação obedeceu às necessidades da época: o homem e a mulher casados, se cometiam adultério, eram punidos, ele com a pecha de infame, ela com a pena de morte. Ora, este Mandamento, segundo o espírito, jamais segundo a letra, se estende a toda quebra de união sagrada. Compreende todos os arrastamentos carnais, sejam quais forem, e que rebaixam a Humanidade ao nível dos instintos do bruto. Não vos dizemos – “Deus criou um homem e uma mulher a fim de provar, a fim de provar que uma só existência eles deviam ter”: esse era o lado moral, o fim moral que, sob o véu da letra, Moisés adotara, colocando-se no ponto de vista dos hebreus. Nós vos dizemos o seguinte: os Espíritos se grupam por atração de simpatia. Cada Espírito escolhe o companheiro, ou a companheira, com quem passará o tempo da sua provação. Os Espíritos encarnam, nascem, geralmente em condições que lhes permitam reunir-se. Os que são reciprocamente simpáticos se encontram destinados à união. Entretanto, as disposições materiais de um ou de outro, como encarnados, podem quebrar acidentalmente a harmonia e lhes retardar a união, quer nos limites da encarnação presente, quer até outra encarnação. Assim é que um Espírito se vê repelido, desprezado ou abandonado por outro que lhe é simpático e o chama, isto é, para o qual ele se sente atraído, mas que se deixou seduzir – ou pelos desregramentos carnais, ou pelo orgulho, ou pela ambição, ou pelo amor do outro. Quando Espíritos simpáticos um ao outro chegam a unir-se na Terra, de acordo com a escolha – feita por eles mesmos, antes de reencarnarem – nada mais haverá que os separe, que rompa os laços dessa união, porque ela se realizou por efeito de idênticas tendências para o Bem. Estes não precisam mais de um Mandamento que lhes diga: “Não cometereis adultério”. Mas, uma vez reencarnados, se eles descuram dos compromissos assumidos na Espiritualidade, compromissos cuja lembrança perderam (se bem que um secreto instinto do coração os relembre) e dos quais a influência da matéria os afasta; se esses Espíritos, homens e mulheres, não procuram na união conjugal mais que uma satisfação passageira, mais que uma combinação matemática ou social, um jogo de interesses ou de orgulho – então os apetites materiais quebram os laços de simpatia espiritual. Neste caso, uma afeição pura não move os corações, os homens e as mulheres procuram compensações na variedade e no mau proceder. E esses diz o Mandamento: “Não cometerás adultério, porquanto, se a ti mesmo impuseste carregar uma pesada cadeia, tens de sofrer todas as conseqüências, tens de, pelo respeito que deves a esse compromisso irrefletido, atenuar a falta que praticaste, contraindo-o, tens de vencer os teus instintos sensuais; tens de dominar a carne e fazer ressurgir a simpatia que deverá reinar, entre o teu Espírito e o da companheira que escolheste, quando começar o dia da liberdade pela volta de ambos à vida espiritual”. Algumas vezes, a união é imposta ao encarnado pela influência e autoridade dos pais, movidos pelo interesse ou pelo orgulho. Tal união constitui, para o que a sofre, uma provação por ele escolhida e que será temporária ou durará toda a vida terrena. No primeiro caso, terá por efeito apenas retardar, no curso da sua encarnação atual, a união simpática por ele escolhida, antes desta; no segundo caso, o efeito será adiar essa união para uma encarnação posterior. E tanto para esse, como para o que se uniu fugindo às suas provas, o Mandamento emprega a mesma linguagem de que usa para com o que, livre e voluntária, mas irrefletidamente, assumiu um compromisso, desviando-se do caminho que devia seguir. Outras vezes, também, certos Espíritos, desejosos de vencer a antipatia que sentem um pelo outro, embora nem sempre seja recíproca, escolhem como provação unir-se humanamente. Ainda a esses o Mandamento diz: “Não cometereis adultério”. Completando nossas observações sobre este ponto, repetimos: destinam-se os Espíritos à união. Antes de reencarnarem, escolhem os que sejam companheiros, a fim de, juntos, passarem o tempo da provação, auxiliando-se mutuamente, ressalvada a possibilidade de uns ou outros fugirem ao cumprimento de suas resoluções na Espiritualidade. Mas quer isto se dê, quer não, a escolha – seja conforme ou contrária as resoluções espirituais – jamais será fruto do que chamais “O acaso”, e sim o resultado da direção impressa às provas. Dessa direção depende ser o Espírito desviado de sua rota, ou livre ou voluntariamente, ou porque sofra a imposição de uma vontade. Feita a escolha, e dado que um dos Espíritos ou ambos se afastem do caminho certo, pode acontecer – ou que venham a encontrar-se, ao cabo de certo tempo, na presente encarnação, na qual os reconduzirá um ao outro a mesma simpatia; ou, então, se o caso resultar de antipatia, a intenção de – por prova – viverem unidos. A escolha, reiteradamente feita, acabará por torna-los capazes de vencer a prova: finalmente, não separa o homem o que Deus uniu, isto é, o Amor triunfou. Quanto ao celibato, para uns é prova; para outros desvios. Os que, por prova, se destinam ao celibato, não escolheram companheira para a vida ou, pelo menos (dizemo-lo para não deixar margem a falsas interpretações), não determinaram que se verificasse sua união terrena com outro Espírito. Para explicar todos os casos em que o celibato constitui transviamento, teríamos de descer a muitos pormenores. Basta esclarecer que há celibatários – por egoísmo, por lubricidade, por indiferença, por avareza e por quietismo, doutrina que, assente numa falsa idéia da Espiritualidade, faz consistir a perfeição cristão na inação da alma, em negligenciar as obras exteriores. Há, ainda, o celibato por voto decorrente da condição imposta a todo aquele, homem ou mulher, que se propõe entrar para as ordens monásticas e religiosas. A imposição desse compromisso nasceu de uma falsa interpretação, e de uma aplicação também falsa, das palavras de Jesus: “Há os que se fizeram eunucos pelo Reino dos Céus; aquele que puder compreender isto, que o compreenda”. Palavras que a Igreja Romana não soube nem pôde compreender. O que, a esse respeito, ocorreu, sob o império do véu da letra, postos de parte todos os absurdos e desvios, teve a sua razão de ser, mas tem de cessar, e cessará na era do CRISTIANISMO DO CRISTO.



OITAVO MANDAMENTO


P – Como o Centro Espiritual Universalista encara o Oitavo Mandamento da Lei de Deus?

R – Mais uma vez, o CEU adverte que não admite ensinamentos de homens, ou de religiões forjadas pelos homens: devolve ao Cristo o que é do Cristo, expurgando sua Doutrina de todos os preceitos enxertados pelos modernos fariseus, que se intitulam representantes de Deus. Neste planeta, em todas as épocas da Humanidade, um só é O REPRESENTANTE DE DEUS – O Cristo. Todos os profetas, e patriarcas, e apóstolos, e evangelistas foram meros instrumentos do Mestre, O ÚNICO E INSUBISTITUÍVEL MESTRE que a Terra possui. E todos os reveladores só aparecem graças à Caridade daquele que é o Salvador dos terrícolas. No CEU, a LBV une os estafetas do Chefe Planetário, reúne os ensinos que deu aos homens por meio deles, unifica os Evangelhos e o Apocalipse na verdadeira e eterna Doutrina do Novo Mandamento – o Cristianismo do Cristo, jamais o cristianismo caricato dos homens. Falam, agora, os Evangelistas, assistidos pelos Apóstolos e pelo próprio Moisés, a quem o Cristo confiou a Lei de Deus: “Não furtarás” – O egoísmo e a inveja são inimigos ocultos, que todo homem traz dentro de si. Dois inimigos perigosíssimos, que os levam a apoderar-se de tudo o que lhe desperta a ambição – quer material ou fisicamente, quer intelectual ou moralmente. Dois sentimentos satânicos, verdadeiramente possessores, que o excitam a empregar a força ou a astúcia para conseguir o que deseja, usando todos os meios para atingir os seus fins. Impor ao homem respeito à propriedade de outrem, qualquer que ela seja, é forçá-lo a domar esses princípios de todos os males, conduzindo-o à obediência às leis do trabalho, do amor, da caridade e da justiça, banindo de sua alma o egoísmo e a inveja, filhos da ignorância, da pior de todas as ignorâncias – a ignorância da Lei Divina. Só o conhecimento da Verdade dará forças ao homem para vencer a preguiça, a doença, a miséria, os desregramentos, os desvios, todos os excessos do Espírito e da carne, o instinto ou a vontade do roubo de qualquer natureza, tanto do ponto de vista das pessoas quanto das propriedades de ordem material, intelectual ou moral. Ninguém pode nem deve ambicionar O QUE NÃO LHE PERTENCE POR DIREITO DIVINO – tal o objetivo deste Mandamento.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

QUINTO E SEXTO MANDAMENTO




QUINTO MANDAMENTO


P – Como o CEU da LBV explica o Quinto Mandamento da Lei de Deus?

R – Compreenda os Mandamentos do Senhor, em toda a sua grandeza, aquele que quiser obedecer-lhes. Honra a teu pai e tua mãe, porque estes são os chefes que o Senhor te dá, os guias encarnados que prepôs à tua guarda. Mas os que se encarregam da tua educação, que te desenvolve a inteligência, que vigiam a tua adolescência, não são também teu pai e tua mãe – espirituais? E, por vezes, não fazem mais do que o pai e a mãe segundo a carne, que esquecem seus sagrados deveres e deixam o filho, que o Senhor lhes confiou, entregues aos seus maus pendores, quando não chegam até a faze-lo ceder às inclinações más que neles predominam, dando-lhe o exemplo do orgulho e do egoísmo, da luxúria, dos vícios e paixões inferiores que degradam a Humanidade e levam o Espírito à perdição, fazendo-o falir nas suas provas? O chefe de Estado, o juiz que governa com sabedoria e faz justiça a todos, que dispensa sua solicitude até ao mais ínfimo dos seus admiradores, não é um pai a quem deves honrar, pois governa uma grande família? E, falando assim, nossas palavras se estendem a todo aquele que, como superior, qualquer que seja a sua condição, cumpre santamente suas obrigações para com os seus subordinados. A lei do amor e do respeito deve abranger todas as classes e posições sociais. É a cadeia que liga, uns aos outros, todos os membros da família universal. “A fim de que teus dias sejam prolongados na terra que o Eterno, o Senhor teu Deus, te dará”. Estas palavras, aditadas à Lei, constituem acréscimo feito por Moisés ao Quinto Mandamento, tendo ainda por fim levar a obediência, ao respeito à Lei, homens dominados unicamente pelo egoísmo e pelo o instinto do presente. Bem viver, e viver longo tempo, constituía para tais homens a primeira e única preocupação. Pelo ponto sensível, portanto, se impunha prende-los, e Moisés bem o percebeu. Mas deveis tomar a palavra terra em acepção simbólica, para compreender como a vossa vida poderá prolongar-se na morada que o Senhor vos reservou, no sentido de que mais cedo a ela podereis chegar, cumprindo melhor os vossos deveres. Quer dizer: a morada dos homens e mulheres de merecimento são as esferas superiores, que eles atingem à medida que se elevam, e mais cedo chegarão quanto mais esforços fizerem por se aperfeiçoar. “Honra a teu pai e tua mãe, e teus dias serão prolongados na terra que o Senhor te dará”. Mas, compreendei, essa terra não é o solo que pisam os vossos pés. As dificuldades que surgiram na interpretação dos Mandamentos nasceram de não terem querido (ou não terem sabido) os interpretadores distinguir, do princípio exarado na Lei, as adições feitas à Lei; não souberam separar o que veio de Deus do que veio do homem, por intermédio dos Espíritos, com objetivo humano e transitório. O que, na Lei, vem de Deus é imutável, não podem os homens alterar; o que veio por aquela inspiração espiritual foi o meio de que Moisés se valeu para – atendendo ao presente, segundo a letra, e preparando o futuro, segundo o espírito – auxiliar o progresso humano, de acordo com as necessidades da época.



SEXTO MANDAMENTO


P – Como o CEU da LBV explica, em toda a sua profundidade, o Sexto Mandamento?

R – A LBV não admite, no Centro Espiritual Universalista, ensinamentos de mestres ou instrutores humanos. Toda a Doutrina do Novo Mandamento é do Cristo, através das Sagradas Escrituras, e dos Espíritos-Guias da Humanidade. Assim, mais uma vez, falam os Evangelistas, assistidos pelos Apóstolos e pelo próprio Moisés, sobre a Primeira Revelação: Os Dez Mandamentos da Lei de Deus. Hoje, o Sexto Mandamento – Não Matarás. Não corte aquele, que nada pode criar, o fio da existência das criaturas do Eterno, Deus Todo-Poderoso. Não deixe o homem que em seu coração se desenvolva o instinto destruidor, pois está longe de saber que responsabilidade assume. Este Mandamento, muito vago em seu enunciado, tem um alcance muito maior do que supondes, e ultrapassa de muito os limites do vosso ser. Em cada uma das fases do seu passado, a Humanidade o interpretou segundo as suas necessidades. Agora, já o pode entender de maneira a lhe ampliar a inteligência e conseqüente aplicação. Nos tempos antigos, o “não matarás” significava para os hebreus: “Não derramarás, sem motivo, o sangue de teu irmão”. Mas a pena de morte vigorava para o menor delito, e o sangue das vítimas oferecidas em holocausto corria incessantemente, sobre o altar e, tanto quanto os animais, não eram poupados os escravos. Mais tarde, a pena de morte se tornou menos aplicada. Só o era àquele cujo crime se tinha por bem comprovado. Os próprios animais passaram a ser, em parte, menos sacrificados, quando nada, nas cerimônias do culto. Entretanto, as guerras, a vingança e a crueldade continuaram – como continuam – a derramar sangue por todos os lados. Hoje, os que ouvem a nossa voz, mesmo aqueles que não a compreendem ou a consideram mentirosa, já se levantam contra a aplicação da pena de morte ao criminoso; lutam pelo momento em que não mais se alinhem homens diante de outros homens, para descarregarem, uns contra os outros, seus mortíferos projéteis; e alguns – os que nos atendem, em nome de Jesus – poupam a vida de todas essas criaturas fracas, que Deus lhe pôs no caminho, a fim de despertar a Caridade em seus corações e lhes fazer compreender a solidariedade universal. Mas, nos matadouros, o sangue ainda corre e, aos magotes, sob os golpes do cutelo assassino, caem as vítimas necessárias à alimentação humana. Brevemente, porém, o sangue deixará de ser derramado na Terra: depois do próximo e último Armagedon, o homem não matará, nunca mais. Amará e protegerá o fraco, quer seja este também um homem, quer seja um animal confiado à sua guarda. Compreenderá o Novo Mandamento do Cristo de Deus – A Lei do Amor – e saberá elevar-se acima das necessidades da carne, as quais ainda precisa satisfazer, porque correspondem à organização atual da máquina, mas que diminuirão gradativamente, à medida que o Espírito crescer em sabedoria e ciência, porque, de par com esse crescimento, também gradualmente se modificará o organismo humano. O progresso físico marcha e se desenvolve, paralelamente ao progresso intelectual, moral e espiritual, com os quais guarda relação. As consciências esclarecidas já se levantam, pedindo a abolição da pena de morte. São esforços generosos, no mundo inteiro. Ainda não chegou, porém, o momento: é preciso que se esclareçam as classes inferiores (não inferiores do ponto de vista das classes sociais, mas do adiantamento espiritual). Cabe a todos vós, homens e mulheres libertos da ignorância, com os vossos exemplos, apressar-lhe o advento realmente glorioso.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

TERCEIRO E QUARTO MANDAMENTO




TERCEIRO MANDAMENTO


P – Qual al explicação que o Centro Espiritual Universalista apresenta para o Terceiro Mandamento da Lei de Deus?

R – Eis o que dizem os Evangelistas, assistidos pelos Apóstolos e pelo próprio Moisés: “Não tomarás em vão o nome do Eterno, do Senhor teu Deus; porque o Eterno, o Senhor, não terá por inocente aquele que em vão houver tomado o seu nome”. Este Mandamento tem sido geralmente afastado de seu objetivo. Ele se liga aos dois primeiros, dos quais é corolário. Não devendo perder de vista a unidade de Deus, não devendo prosternar-se diante de nenhuma imagem para adora-la, também não deve o homem dar o título de Deus, nem atribuir o seu poder, a nenhuma criatura, a nenhuma imitação abençoada, santificada ou entronizada por sacerdotes idólatras. Por extensão, não deve tampouco usar mal do nome do Senhor, desde que esse nome lhe desperta um pensamento sério. Igualmente, se não ainda mais, com referência ao Criador de todos os seres e de todas as coisas, é que se entende a recomendação de Jesus aos homens, para que de nenhuma forma jurassem: nem pelo céu, porque é o trono de Deus, nem pela terra, que é o escabelo de seus pés (linguagem apropriada ao tempo). Cuidai, pois, de suprimir da vossa linguagem esses juramentos feitos “diante de Deus, à face do Céu”, ou qualquer outra expressão leviana, porque todas quase sempre ocultam, mesmo àquele que as emprega, a ínfima confiança que nelas deposita. Esforçai-vos por encaminhar sempre vosso pensamento ao Senhor, quando invocardes o seu nome. Constitui abuso fazê-lo em circunstâncias culposas ou triviais. A invocação do nome de Deus, feita com o coração cheio de sinceridade, atrai o amparo dos Espíritos Superiores que o pai de família investiu no governo de seus filhos, e que lhes transmitem suas vontades, até que – pela purificação e pelo progresso – a inteligência se lhes ache bastante desenvolvida, para não mais precisarem de intermediários.
                     


QUARTO MANDAMENTO


P – Qual o verdadeiro significado do Quarto Mandamento da Lei de Deus, alterado pela ICAR?

R – O Centro Espiritual Universalista só admite ensinamentos do Cristo, através de seus emissários legítimos. Essa obra de unificação do CEU da LBV não é contra ninguém, mas a favor de todos, com a restauração da verdade. Ouçamos, portanto, a palavra dos Evangelistas, assistidos pelos Apóstolos e pelo próprio Moisés: “Lembra-te do dia de sábado para o santificares. Trabalharás seis dias e farás a tua obra, mas o sétimo dia é o dia de descanso, consagrado ao Eterno, ao Senhor teu Deus. Não farás obra alguma nesse dia, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu servo, nem tua serva, nem teu gado, nem teu hóspede, o estrangeiro que estiver dentro dos muros de tuas cidades”. Este Mandamento, que se transformou numa lei civil de finalidade humanitária, foi imposto aos hebreus para lhes frear o pendor ao abuso do poder. A Lei do Trabalho é indispensável à Humanidade. É pelo trabalho que ela progride, que adquire ou repara. Mas o repouso não é menos indispensável, tanto ao corpo quanto ao Espírito. Dizer aos homens – dai tempo ao vosso corpo de refazer as suas forças; dai ensejo ao vosso Espírito de se libertar dos cuidados da matéria, a fim de que possa elevar-se ao seu Criador e afastar-se do mundo que o retém cativo, para se alcandorar, por meio da esperança e da meditação, às elevadas esferas que o aguardam” – não teria bastado. Este Mandamento veio trazer um sentimento profundo de filantropia, que os homens não souberam apreciar. Os povos antigos, afeitos aos abusos da força, tinham – todos eles – escravos encarregados de trabalhos rudes, acima da sua capacidade normal. Era preciso assegurar a esses servos um repouso necessário, tornando isto uma obrigação para os seus senhores. Os animais, votados ao desprezo, porque tidos como carentes de almas, de inteligência, considerados como coisas, incapazes da sensação da dor, teriam sidos levados, sem este Mandamento, à extrema fadiga pelo excesso de trabalho; as raças se teriam esgotado; as mais úteis ao homem desapareceriam da face da terra, por efeito da degenerescência. Quanto ao estrangeiro que, considerado hóspede, devia ser respeitado, se este Mandamento não o protegesse – certamente seria oprimido no sábado, por todos os trabalhos de que cumpria se abstivessem os fiéis. Violada estaria a hospitalidade, lei santa que os antigos geralmente respeitavam. Observai que em todos os cultos, agora, existe esta salvaguarda da saúde pelo repouso. Mas nós vos dizemos, irmãos: trabalhai, trabalhai com zelo e coragem, mas nunca ultrapasseis os limites das vossas forças. E, sobretudo, jamais sobrecarregueis de trabalho os vossos inferiores. Os hebreus lavavam tão longe a observância do sábado, que a própria terra repousava, não no sétimo dia, mas no sétimo ano. Este método, que parecerá infantil aos modernos agricultores, tinha a sua razão de ser. Sendo menos numerosos os homens, menos as necessidades, possível dar-se à terra o luxo de um repouso que lhe permitia readquirir forças naturalmente, sem os recursos aos artifícios, como adubos em geral – cujo abuso gera muitas das enfermidades de que padeceis, sem lhe descobrirdes as verdadeiras causas. Os rebanhos encontravam pastagens nas terras que repousavam, e a presença deles, ali, bastava para restituir ao solo os sais necessários à reprodução dos vegetais. Voltando ao sábado, meditemos na sentença de Jesus: “O sábado foi feito para o homem, não o homem para o sábado”. Ponde-a em prática, em Espírito e Verdade, porque o Cristo não revogou o sábado: condenou a dureza dos que, zelosos do seu cumprimento, impediam nesse dia até a prática do Bem e da Caridade, como tantas vezes referem os Evangelhos. Em seguida a este Mandamento, no original se lê: “Porquanto o Eterno, o Senhor Deus, fez em seis dias os céus, a terra e o mar, e tudo o que neles há, e descansou no sétimo dia. Eis porque o Senhor abençoou o dia do repouso e o santificou”. Há nestas palavras um comentário acrescentado à Lei de Deus por Moisés, a fim de lhe dar mais força e valor aos olhos dos homens. Elas resumem as explicações que ele deu aos hebreus, para que compreendessem a necessidade do descanso que se lhe prescrevia: tão necessário era o repouso que até mesmo Deus o impusera a si mesmo. Falando a homens pouco adiantados, Moisés usava da linguagem que lhe era possível compreender. E ele próprio, conquanto versado nas ciências e mistérios egípcios, não possuía, como encarnado, os conhecimentos que depois o trabalho dos séculos desenvolveu. Quanto à Criação, ele a dividiu em seis épocas e não dias; e o fez, não por efeito de pesquisas científicas, mas sempre com o objetivo de gravar, no coração dos hebreus, o respeito definitivo à Lei de Deus. Este Mandamento, reclamado pelas necessidades da sagrada pessoa humana, impunha o repouso septenário em favor dos fracos; e Moisés obrigou os fortes a se lhe submeterem. Perguntais: - É impossível toda explicação de sábios e sacerdotes, no sentido de conciliares o texto relativo às seis épocas (ou dias0 com os dados atuais da ciência humana? Sim, para eles é impossível, porque a própria ciência não tem sobre isso a última palavra. Os cataclismos, que causaram as transformações do vosso planeta, a ciência ainda não os pode calcular, tanto mais quando, tendo sido parciais, muitas vezes fizeram passar de uma parte para outra os elementos de produção. E ainda não chegastes ao termo deles: muitos cataclismos, parciais a princípio, depois gerais, virão a produzir-se, derrocando o estado atual, para destruir o princípio material e levar o vosso planeta ao ponto de partida, isto é, ao estado fluídico, mas agora ao estado em que os fluídos estarão expurgados de todas as moléculas materiais.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

PRIMEIRO E SEGUNDO MANDAMENTO




PRIMEIRO MANDAMENTO


P – Como o CEU da LBV explica o Primeiro Mandamento da Lei de Deus?

R – Antes de tudo, vamos concentrar toda a nossa atenção nos Dez Mandamentos que Moisés recebeu do Cristo: 1- Não terás outros deuses diante de mim. 2 – Não farás imagens esculpidas das coisas que estão em cima, nos céus; nem embaixo, sobre a terra; nem nas águas, sob a terra. Não te prostrarás diante delas, não as adorarás nem as servirás, porque eu sou o Eterno, teu Deus, Deus zeloso que puni a iniqüidade dos pais nos filhos na terceira e na quarta gerações daqueles que me aborrecem, e que uso de misericórdia na sucessão de mil gerações com os que me amam e guardam os meus mandamentos. 3 – Não tomarás em vão o nome do Eterno, do Senhor teu Deus; porque o Eterno, o Senhor, não terá por inocente aquele que em vão houver tomado o seu nome. 4 – Lembra-te do dia de sábado para o santificares. Trabalharás seis dias e farás a tua obra, mas o sétimo dia é o dia de descanso, consagrado ao Eterno, ao Senhor teu Deus. Não farás obra alguma nesse dia, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu servo, nem tua serva, nem teu gado, nem teu hóspede, o estrangeiro que estiver dentro dos muros de tuas cidades. 5 – Honra a teu pai e tua mãe. 6 – Não matarás. 7 – Não cometerás adultério. 8 – Não furtarás. 9 – Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. 10 – Não cobiçarás a casa de teu próximo; não cobiçarás a mulher de teu próximo, nem seu servo, nem sua serva, nem seu boi, nem seu jumento, nem coisa alguma que seja de teu próximo. Esta é a Lei de Deus, que se caracteriza pela sua imutabilidade por ser perfeita e eterna, para todos os povos e nações da Terra. A ninguém é dado alterar o Decálogo Divino, como fez a Igreja de Roma, porque o próprio Jesus declarou: “Não vim revogar a Lei de Deus”. Essa loucura da ICAR já está enquadrada no Primeiro Mandamento, que taxativamente ordena: Não terás outros deuses diante de mim. Porque o Senhor Todo-Poderoso é o Deus só e único, o Criador incriado que não tem princípio nem terá fim, aquele que é, aquele de quem, por quem e em quem TUDO É. Portanto, não desvie o homem do seu Criador o pensamento, para concentrá-lo na criatura (mesmo quando se intitula vigário de Deus) e lhe render culto e homenagem devidos tão somente ao Senhor, não porque Ele seja um Deus vingativo, mas porque o homem é um espírito fraco, que facilmente se afasta do caminho certo e penosamente volta a este. É a explicação dos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e pelo próprio Moisés.



SEGUNDO MANDAMENTO


P – Qual a explicação que o Centro Espiritual Universalista (CEU da LBV) dá ao Segundo Mandamento da Lei de Deus?

R – O CEU não deu, não dá nem dará nenhuma orientação baseada em religiões criadas pelos homens. Por isso é que afirmou André Luiz: “Jesus segue na vanguarda do nosso movimento”. Estamos, como toda a Humanidade, desiludidos de “mestres” e chefes religiosos, por mais inspirados que sejam. O CEU está diretamente subordinado ao Espírito da Proclamação de 7 de setembro de 1959, quando determinou, por inspiração divina: “A Religião do Novo Mandamento, cuja orientação universal pertence a Deus, ao Cristo e ao Espírito Santo, pode ser explicada, mas nunca regulamentada ou administrada por seres humanos”. Assim, para explicar as Quatro Revelações, da Gênese ao Apocalipse, damos sempre a palavra ao Espírito da Verdade. Eis a sua explicação do Segundo Mandamento: “Não farás imagens esculpidas das coisas que estão em cima, nos céus; nem embaixo, sobre a terra; nem nas águas, sob a terra. Não te prostrarás diante delas, não as adorarás nem as servirás, porque eu sou o Eterno, teu Deus, Deus zeloso que puni a iniqüidade dos pais nos filhos na terceira e na quarta gerações daqueles que me aborrecem, e que uso de misericórdia na sucessão de mil gerações com os que me amam e guardam os meus mandamentos”. A unidade de Deus, sendo o princípio fundamental da fé, teve de ser resguardada pelos teólogos. Nossas palavras remontam até à origem da crença: todos os que se achavam à frente do culto a possuíam firme, embora espalhassem outra entre o povo. A idéia da UNIDADE DE DEUS se perpetuou em todas as idades, no seio de todos os povos, ainda que sem o caráter de generalidade. Quer dizer: embora não fosse geral, era partilhada pelos espíritos intelectualmente mais adiantados (se bem que menos virtuosos), que governavam os povos, quer como sacerdotes, que como filósofos ou sábios. A proibição de fazerem imitações das coisas criadas não significa, para os homens, a obrigação de se privarem de tais reproduções: proibiu-se-lhes, apenas, que se prostrassem diante delas e as servissem, a fim de que a unidade do princípio criador fosse mantida sempre. Mas os homens, materiais por natureza, tinham necessidade de representações também materiais para alimentarem sua fé. Daí a adoração, o culto prestado a representações sem nenhuma importância, isto é, simulacros colocados nos templos como ornatos. Transportai-vos ao Templo de Salomão e, nos quatro cantos do altar, vereis anjos de asas espalmadas, outros voltados para o Oriente, outros para o Ocidente. A representação artística e simbólica não era interdita: era-o, apenas, o culto voltado a essas representações. Aqui, entre parênteses, uma nota do Unificador: esta é a explicação da alínea e do Artigo 2º dos Estatutos da LBV – “edificar o TEMPLO DA BOA VONTADE com os símbolos de todas as religiões e filosofias, para demonstrar como se UNIFICAM todas as crenças no Novo Mandamento de Jesus”. Moisés lembrou aos hebreus o poder de Deus, apresentando-o como forte e cioso, isto é, sem admitir a partilha de seus direitos e com a força de os fazer respeitar, mas sem ferir o inocente para punir o culpado até a terceira e a quarta gerações, nem concedendo graça aos culpados através de mil gerações, por favor a um justo que houvesse servido de tronco a essa posteridade. Fraqueza da inteligência humana! Essa punição e essa misericórdia, verdadeiras monstruosidades se entendidas segundo a letra, são – segundo o espírito – a expressão sublime da justiça e, ao mesmo tempo, da bondade infinita de Deus. A explicação e a justificativa de compreender-se aquela sentença desse duplo ponto de vista, vós as encontrais na Lei da Reencarnação, que mostra o castigo a cair sempre, de geração em geração, sobre o Espírito culpado, e a misericórdia de Deus sempre a descer, através das gerações, sobre o Espírito que se depura e progride para o Bem. Os Espíritos geralmente se agregam, formando categorias de seres similares. Ora, compreende-se que esposos culpados atraiam para o seu lar Espíritos pouco adiantados, dispostos a seguir o caminho que eles trilham; do mesmo modo, os que observam a Lei de Deus, e cuja posteridade há de ser cada vez mais virtuosa, atraem, de geração em geração, Espíritos cada vez mais adiantados. Vimos de dizer: “Compreende-se que esposos culpados atraiam para o seu lar Espíritos pouco adiantados, dispostos a seguir o caminho que eles trilham”. Efetivamente, isso é bem compreensível. Antes de tudo, sabeis haver Espíritos que, pouco desejosos de progredir, procuram os laços de simpatia (seja esta oriunda do Bem, seja do mal) que já os prenderam; e outros que, embora impulsionados pelo desejo de progredir, escolhem meios cujas influências perniciosas não podem vencer. Neste último caso, o Espírito é prevenido dos perigos que correrá, uma vez reencarnado, e da queda, quase inevitável, que daí lhe resultará. Se persiste, é por sua livre vontade. Compreendei, de conformidade com esses princípios, a progressão do castigo e da misericórdia. O castigo se verifica na terceira e na quarta gerações porque, pouco a pouco, o Espírito se depura, ou por efeito da encarnação de outros no meio que ele tem preferido, ou por efeito das provações pelas quais aí passa, repetidamente. Desde que um começo de melhora se faz sentir nele, o Espírito entra no rumo do progresso, atrai a si companheiros também mais adiantados e, através de mil gerações, ou muito mais, se vai mostrando cada vez melhor, até atingir, finalmente, a perfeição. Outra nota do Unificador: como se vê logo na Primeira Revelação, dada pelo Cristo a Moisés, a Reencarnação já aparece como a chave de todos os problemas humanos e sociais. É a prova de que todas as religiões anti-reencarnacionistas estão fora da Lei. Nenhuma culpa cabe, portanto, ao codificador do Espiritismo.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

OS 10 MANDAMENTOS




OS 10 MANDAMENTOS


P – O Centro Espiritual Universalista (CEU da LBV) adota os Dez Mandamentos, exatamente como se acham no Pentateuco de Moisés, no Velho Testamento da Bíblia Sagrada. Como a LBV interpreta o Decálogo, a chamada Lei de Deus?

R – A LBV não segue as religiões criadas pelos homens. Portanto, vamos dar a palavra aos Evangelistas Mateus, Marcos, Lucas e João, assistidos pelos Apóstolos e pelo próprio Moisés: Deus não se comunica diretamente com os homens. Entretanto, segundo o modo de ver dos hebreus, era o próprio Deus quem falava a Moisés e era preciso que assim fosse. Espírito elevado, em relação ao povo que dirigia; médium, em certas circunstâncias, vidente, audiente, ou inspirado, e também de efeitos físicos, de acordo com os casos e necessidades da sua missão, Moisés viu-se obrigado a cercar-se de todo mistério e pompas que os impressionassem, para dar força e valor aos Mandamentos que impunha aos hebreus, para lhes gravar na memória e no coração as ordenações e os estatutos que lhes eram indispensáveis naquela época; obrigado a empregar fórmulas capazes de lhes infundir respeito. Seu Espírito revestiu as três personalidades terrenas conhecidas pelos nomes de Moisés, Elias e João, filho de Zacarias e Isabel, e desempenhou as três missões correspondentes a essas individualidades. Vamos, agora, explicar-vos o Decálogo em Espírito e Verdade. Vamos dar uma explicação não restrita aos hebreus e aos chamados “cristãos”, mas geral, passível de aplicar-se a todos os povos e a todas as épocas. Diz a Escritura: “Então, fez Deus que se ouvissem estas palavras: Eu sou o Senhor teu Deus que te salvou do Egito da casa da servidão”. Deus, o Criador de tudo o que é, tirou do nada o Espírito (explicaremos, a seguir, o sentido que deveis atribuir a essas palavras tomada à linguagem humana), para lhe dar o ser, o pensamento, a personalidade. Foi por sua vontade onipotente que o homem saiu das faixas da matéria, para ensaiar seus primeiros passos na senda espiritual. Foi o Senhor quem lhe mostrou o caminho que o salva da escravidão do pecado, iluminando-o com o facho da Verdade. Falando do Espírito, dissemos que Deus o tirou do nada, para lhe dar o ser, o pensamento, a personalidade. O nada, na acepção humana em que empregais esse termo, não existe, é coisa sem sentido, do ponto de vista correlativo de Deus e da Criação. O nada, para o Espírito, é a inconsciência do ser. Assim, o princípio espiritual contido nos minerais e nos vegetais está no nada, com relação ao seu ser. O nada da matéria propriamente dita é a volatilização dos princípios materiais, que devem aglomerar-se para constituir – quer os corpos, quer os planetas. É assim que foi explicado haver Deus feito sair do nada, do caos, o mundo que habitais; foi porque Ele constituiu em um corpo as moléculas esparsas na imensidade. Povos da Terra, levantai os olhos! A “coluna luminosa” que vos há de guiar para fora da servidão, que vos há de conduzir à Pátria da Liberdade, ainda se move à vossa frente. O Espírito da Verdade acendeu o farol em que devem concentrar-se os vossos olhares. Caminhai, caminhai sem descanso, pois tendes de chegar à Terra Prometida, onde correm o leite e o mel da palavra de paz e de amor a Deus.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

O LONGO APRENDIZADO




O LONGO APRENDIZADO


P – Estamos gostando muito das lições simples, e ao mesmo tempo tão profundas, do CEU. De que modo se instruem os Espíritos?
R – Estudando o seu passado e buscando, sempre, novos meios de se elevarem no progresso infinito.

P – Os Espíritos conservam as paixões que tinham na Terra?
R – Os inferiores, sim. Mas os Espíritos adiantados, quando largam o invólucro material, conservam apenas as boas inclinações, esquecendo todo o mal.

P – Os Espíritos necessitam de luz para ver?
R – Só os que ainda se encontram envoltos nas trevas da ignorância. Os que se libertam do mau procedimento, graças ao conhecimento da Verdade, não precisam de luz exterior para ver, pois têm em si mesmos a sua própria luz.

P – As faculdades de ouvir e ver residem em todo o ser espiritual?
R – Sim, todas as percepções são atributos dos Espíritos e fazem parte do seu próprio ser.

P – O poder e a consideração, de que goza no mundo, dão ao homem alguma superioridade no outro mundo?
R – No mundo dos Espíritos si se reconhecem a superioridade intelectual, moral e espiritual.



P – Qual é natureza das relações entre Espíritos bons e os maus?
R – Os bons procuram combater as más inclinações dos maus, a fim de nos ajudar a progredir. Os maus, pelo contrário, procuram induzir ao mal os que ainda são inocentes.

P – Os Espíritos antipáticos chegarão a ser simpáticos?
R – Evidente. Todos serão simpáticos, a medida que pratiquem o Bem, de reencarnação em reencarnação.

P – O Espírito pode recordar-se das suas existências passadas?
R – Sim, se ele desejar, da mesma forma que um viajante relembra as peripécias de sua viajem.

P – O corpo é um obstáculo à livre manifestação das faculdades do Espírito?
R – Sim, do mesmo modo que um vidro opaco se opõe a livre emissão da luz.

P – Depois da morte, os Espíritos conservam o Amor à pátria?
R – Sim, mas de outro modo: para eles, a Pátria é o Universo, sem ódios nem guerras.

P – Os Espíritos continuam sensíveis à recordação daqueles a quem amaram na Terra?
R – Muito, e essa recordação aumenta sua felicidade, se já são felizes; ou lhe serve de alívio, se ainda são desgraçados.

P – Os Espíritos são sensíveis às honras que se fazem aos seus despojos materiais?
R – Sim, quando conservam as preocupações materiais; não, quando já compreendem a inutilidade dessas coisas.

P – O Espírito, que se considera bastante infeliz, pode prolongar indefinidamente esse estado?
R – Não, pois o progresso é uma necessidade que, cedo ou tarde, é sentida pelo Espírito. Todos devem progredir, eis o destino.

P – Os Espíritos participam de nossas desgraças e se afligem com os males que nos afligem?
R – Os Espíritos bons participam de vossas alegrias e se afligem quando, não suportais com resignação o que chamais de males; eles vêem que, dessa forma não podereis melhorar, tal como o enfermo que recusa os remédios que o podem curar. Eles se afligem pelo vosso egoísmo, porque é daí que se originam todos os males.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

REENCARNAÇÃO





REENCARNAÇÃO


P – Hoje, em nosso posto familiar que é a Igreja de Deus em Casa, o irmão católico não entendeu o que chama de “teoria da reencarnação”. Qual, a respeito, a orientação do CEU da LBV?
R – Não se trata de teoria, mas de uma Lei, atestada pelo fato de poder o Espírito habitar, sucessivamente, muitos corpos.

P – Por que devemos crer na Lei da Reencarnação?
R – Porque somente ela explica as diferenças materiais, morais e intelectuais que se notam entre os homens. Não é criação do Espiritismo: é mais antiga que o planeta que habitais.

P – Quais as diferenças materiais?
R – As de fortuna, saúde, conformação física e tantas outras.

P – Quais as diferenças morais?
R – A variedade dos caracteres humanos, em escala impressionante.


P – Quais as diferenças intelectuais?
R – Os diversos graus de inteligência, que se patenteiam logo na infância. E mais tarde vos falaremos das DIFERENÇAS ESPIRITUAIS.

P – É um fato provado a reencarnação?
R – Sim, pelas aptidões inatas dos homens e pelas Revelações dos Espíritos. Nos tempos mais remotos, os maiores homens a professavam, convictamente. O Decálogo já a incluía, como demonstramos.

P – Jesus também a professou?
R – Sim, em vários pontos dos Evangelhos, como iremos demonstrar examinando toda a Segunda Revelação: Mateus, Marcos, Lucas e João.

P – O Espírito encarna sempre em condições mais felizes que as anteriores?
R – É o que geralmente acontece, mas o contrário também se pode dar.

P – Qual a razão disso?
R – É que, quando o Espírito conhece as causas da situação em que se encontra e o que deve fazer, para sair dela, pede a prova em que melhor possa expiar e reparar suas faltas.

P – Como se explica o fato, tantas vezes observado, da manifestação de grandes talentos em criança?
R – Pelas aptidões inatas, de suas vidas anteriores.

P – Que devemos entender por aptidões inatas?
R – A recordação dos seus conhecimentos de encarnações precedentes. Eis alguns casos: Jesus, aos doze anos ensinando os doutores; Mozart, aos sete, compondo música; Pascal, ensinando matemática aos doze; Mondex, que aos sete não encontrava problema que o embaraçasse; Van de Keerckover, pintor aos dez; Inaudi, hábil calculador aos oito; e tantos, tantos mais.

P – Podemos atribuir também a essa causa a precocidade de certos criminosos?
R – Claro que sim. O criminoso é um espírito imperfeito que se desviou do bom caminho.

P – Os selvagens são seres como nós?
R – Sim: são Espíritos que progrediram pouco, por terem menos encarnações.

P – Qual a necessidade de reencarnarmos muitas vezes?
R – A do nosso aperfeiçoamento, a fim de nos tornarmos dignos da felicidade que nos está reservada por Deus.

P – Onde reencarnam os Espíritos?
R – Na Terra e nos outros mundos, a que chamais planetas e estrelas.

P – É a Terra comparável aos outros planetas?
R – A Terra é um dos menores planetas do Sistema Solar: Urano é 74 vezes maior que ela; Netuno – 100 vezes maior; Saturno – 864; Júpiter – 1.300 vezes maior que a Terra. Este último não está sujeito às vicissitudes das estações nem às bruscas alternativas da temperatura: é favorecido por uma primavera constante, isto é, sem frio nem calor.

P – Que são as estrelas?
R – Sóis, como aquele que é o CENTRO do vosso sistema planetário. Se alguns deles (não obstante serem milhões de vezes maiores do que a Terra) vos parecem pequenos, é porque estão a imensa distâncias do vosso mundo.



P – Para que foram criados esses mundos?
R – Deus não criou nada inútil. Esses mundos são habitados por seres que nem sempre podem ser vistos ou fotografados.

P – É infinito o espaço?
R – Sem dúvida. Se lhe supuserdes um limite, que haverá além dele?

P – Existe o vácuo absoluto?
R – Não: o próprio espaço é ocupado pela substância que a ciência denomina éter.

P – Que é que constitui o Universo?
R – O Universo compreende a infinidade dos mundos que povoam o espaço infinito; todos os seres classificados pelo homem como animados e inanimados; todos os astros; todos os fluidos e todos os seres espirituais.

P – Como se formam os mundos?
R – Pela condensação da matéria disseminada no espaço ou matéria cósmica.

P – Também os mundos desaparecem?
R – Com o tempo, tudo se transforma no Universo, a fim de se cumprir a Lei do Progresso.

P – A constituição física é a mesma em todos os mundos?
R – Não. Às vezes, eles diferem em tudo, e o mesmo acontece com os seres que os habitam.